segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Manifesto dos apaixonados
E então... O que é que nós sabemos sobre o amor?
Como funciona com você?
E o tempo? E suas garantias?
E a magia, aquela coisa que nos faz acreditar em todos os impossíveis?
Como você faz com o medo?
E quando você sente que seu mundo não será tão bonito sem isso?
E quando você volta a razão e se dá conta de que pode acabar?
Que pode nem ser nada daquilo...
E então, o que é que você sabe verdadeiramente sobre o amor?
São sentimentos tão injustos, que não deviam ser bonitos! Não devíamos nos encher de esperanças, cultivar tantos sonhos, nos envolver tanto. Não! Não devíamos...
Desenhos se formam insistentemente e não há como controlar.
Palavras são ditas sem nenhum discernimento e não há como calar.
E de repente, aqui estamos nós
Totalmente fragéis, vulneráveis, à espera...
Pobres de nós, ouvintes das mesmas músicas, buscando os mesmos rostos.
Pobres de nós, amantes à merce da sorte, nós que desafiamos o "tudo pode dar errado"
Nossos instintos defensivos, trabalhados para que nunca pudessemos sentir, jogados no chão, pisoteados por uma avalanche de vontades, desejos e sonhos.
Pobres de nós, tão apaixonados, cultivando a insônia como companheira, chorando mil prantos por medo de não poder viver nada disso.
E afinal, o que é que se sabe sobre o amor?
Que culpa a gente tem por querer tanto?
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