terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dos dias que virão

Janelas, cortinas, dias coloridos, nublados.
Coisas inevitáveis, inesperadas.
Vontades, medos, loucuras...
E mais um mês vai começar...

Bem vindo, Setembro!


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

É sempre bom lembrar

De quem você é
Do que você quer
Pra onde está indo
Onde quer chegar
E quem vai com você

Pra variar, é sempre bom lembrar
de voltar à estaca zero
De recomeçar
De saber se virar

É pra não esquecer
Que tudo sempre pode mudar
Que ninguém é responsável
Por seus sonhos e seus sentimentos

Não esqueça de desconfiar
De colocar os pés no chão
De voltar pro seu lugar
Daquilo de não esperar

Baldes de água fria cairão sobre sua cabeça
Mil braços sacudirão seus sonhos
Vozes de um milhão de pessoas gritarão:
Acorde!

É sempre bom lembrar
Daquilo que dá pra tocar
Do que é concreto, cimento
E que é só você e o tempo...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Janela de Dias Inevitáveis

Afinal, eles chegam...
De alguma forma
Mais cedo ou mais tarde.

É aquilo que você sabe que existe
Mas não reconhece

Aí eles surgem...
Inesperados!
Inevitáveis!

E só resta compreender
Só resta a adaptação...

Porém, assim como veio acabou
E os dias inevitáveis se vão
Passam...




quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Janela de Dias Coloridos



Eu sou a garota mais feliz do mundo!
Agora!

Fora tudo mais que eu penso. As pretensões, frustrações e pressões profissionais. Fora minha desesperança e os dias de fúria. Exatamente agora. Por um motivo que pode até parecer tolo, ou contestável. Algo que pode passar daqui 10 minutos. Nesse instante em que me permito sonhar sinceramente, sem amarras e sem medo. Por uma frase que se quer foi notada e que provavelmente foi dita sem pensar... Me sinto muito feliz, como a tempo não sentia.

Eu me deixo não pensar no depois, me deixo não desconfiar até das vírgulas.
Eu acredito. Eu espero. Eu sonho. Eu sinto e... Isso basta!

"Eu nunca vou achar alguém parecido(a)..."

Em meio às minhas preces mais sinceras, mesmo quando o sono vence: Deixa ser!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Aquilo que não pode ser dito

Parece tão fácil ser substituído. 15 anos de empresa e se é despedido com uma naturalidade cruel. Tanto faz o que ocasionou a demissão. Mas imagino que dá pra lembrar todos dias de dedicação, de amor e entusiamo prestado. Quase como uma separação depois de um longo casamento. Ficam os filhos, os projetos, o estilo, os sorrisos que proporcionou e os lucros que alguém sempre ganha com o nosso trabalho.
Desculpe, mas não me parece justo.
Mesmo que tenha recebido cada hora extra e que a recisão seja a mais correta possível. Mesmo que agora, depois de 15 anos, tenha cometido um erro gigantesco. Ainda não me parece justo. Imagino a revolta que dá pra sentir. Imagino que se fosse uma separação, de início iria querer matar meu ex marido. Mataria!
Claro que a relação que se constrói com uma família e com o seu trabalho é completamente diferente. Mas para aqueles que ainda fazem da empresa seu segundo lar, vale lembrar: Patrão é geralmente como madrasta de filme infantil. Vai te explorar, te envenenar e ficar com o seu dinheiro, com sua vida e provalmente com seu bom humor!
Simplesmente vão contratar outra pessoa para a vaga. Não importa o que tenha feito de bom ou ruim nesses anos todos. Um saí e outro entra. Sempre tem alguém que daria tudo para estar onde estamos. Se pensar, há filas e filas de pessoas que sonham com o seu emprego.
Desculpe, mas isso é perturbador.
Volta sempre a sensação de que não temos muita escolha. Se você não se matar pela empresa, acredite, alguém fará isso por você. É como o cavalo Sansão em a Revolução dos Bichos. O animal que mais trabalhava pela Granja, sonhando com sua aposentadoria, acabou indo para um matadouro. Ninguém se importou e todos acreditaram quando um porco disse que ele tinha morrido no veterinário. Seremos como o burro Benjamim, que apenas fazia o seu trabalho e não se revoltava, dizendo que os burros viviam muito tempo e que as coisas não iriam melhorar? Como a égua fútil que se vendeu por um laço de fita? Como o porco Napoleão que instituiu a ditadura e explorou outros como ele? Como todos os bichos que se importavam e amavam a Granja muito mais que Napoleão? E que no fim viram que de nada adiantou destituir Jones?
Qual a nossa recompensa real?
Está mesmo valendo a pena?
Se não for isso, o que será?
Como resolver?
Pra onde ir?
Desculpe, mas isso não me parece bom.
Tem algo a ver com a indústria cultural e como conseguimos nos iludir com tudo. Tem muito a ver com promover entretenimento e não perceber o quanto somos idiotas. Tem muito a ver com capitalismo selvagem. Tem tudo a ver com marketing e em como fazer lavagem cerebral nos colaboradores.
Uma vez eu disse que não sabia se queria deixar de ser alienada. Se eu pulasse o muro da alienação eu não saberia o que fazer. Era muito fácil acreditar naquela coisa toda de ser alguém na vida, se jogar com paixão no trabalho, estudar cada vez mais, churrasco na casa da sogra no domingo, viajem pra praia nas férias com a família, cinema nas quartas-feiras e só. O comum passa a ser interessante quando se percebe que nada há além da ilusão - que eu também ajudo a criar.

sábado, 14 de agosto de 2010

Doses diárias de esperança

Tentava disfarçar
Mas, no mais íntimo do coração
No brilho dos olhos sonhadores
Nos pensamentos mais distantes
Na cantinho do sorriso mais sincero
A esperança estava lá
É! Ela fingia bem
Mas sabia que, apesar de tudo, ainda esperava
Sua grande chance, aquela grande coisa
Que chegaria um dia, de alguma forma
E por mais que a razão lhe jogasse baldes e baldes de água fria
Em pleno inverno
Ela tinha certeza
Tinha alguma coisa
Tem!
Até para os planos mirabolantes
E ideias mais absurdas
Por mais que tentasse ser realista
Por mais que não quisesse crer
Nem que brigasse com o mundo
Mesmo que fugisse
A esperança estava ali
E não iria embora




Nunca fui muito boa em desistir...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Das coisas inacreditáveis

Cerca de 10 mil quilômetros
O Atlântico inteiro
5 meses, num total aproximado de 22 semanas e exatos 157 dias
O que dá mais ou menos 3.768 horas ou 226 mil minutos

Um único beijo, numa única noite
Um único olhar, por tão poucos segundos
Várias acelerações de batimentos cardíacos
Grandes sonhos, viagens
Milhões de palavras
Ao som da mais diversa e incrível trilha sonora

Mesmo que tudo não passe de loucura
Não é o máximo estar louco?!

Com toda a simplicidade que possa existir
Com a reciprocidade que sempre esperamos
Com os pés no chão e o coração nas nuvens
Com a capacidade de sonhar e tentar algo novo
Compreendendo, fazendo rir, conquistando
Pouco a pouco, todo dia e a cada dia

Descobrindo ao outro e a si mesmo
Pensando, querendo, sentindo, esperando
Gerundiando, pra variar
E o que será?
Nem uma vida inteira responderá
Você pode até não acreditar
Quem acreditaria?!
Mas não pode dizer que não é especial





Música do CD Crazy Love, lançado em novembro do ano passado.
Eu não sabia, mas ele é ótimo!

domingo, 8 de agosto de 2010

Terra de Gigantes

George Orwell escreveu uma vez em A Revolução do Bichos:

"Os animais dividiam-se em duas facções que se alinhavam sob slogans: 'Vote em Bola-de-Neve e na semana de três dias' e 'Votem em Napoleão e na manjedoura cheia'. Benjamim foi o único animal que não aderiu a lado nenhum. Recusava-se a cre, tanto que que haveria fartura de alimento, como em que o moinho de vento economizaria trabalho. Moinho ou não moinho dizia ele, a vida prosseguiria como sempre fora - ou seja, mal."

Eu entendo o Benjamim.
Pode parecer meio pessimista, mas hoje ele é o que parece mais certo!



Por mais que a gente creça, há sempre alguma coisa que a gente não consegue entender...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Reclamar e recomeçar



Você vai reclamar do inverno. Mas ele vai passar... Aí reclamaremos do verão! Vamos reclamar da chuva, mas vai passar... Aí imploraremos por ela nos dias quentes! Reclamaremos de cansaço. Mas as férias vão chegar... Aí 30 dias demorarão demais pra passar.

Reclamamos do emprego, do chefe e do salário. Aí o desemprego traz o arrependimento e achamos que tinhamos o melhor emprego do mundo. Vamos reclamar que não reclamamos do chefe, do salário e do emprego, aceitamos as coisas como elas são, não tomamos nenhuma atitude por medo do arrependimento. Aí a vida vai passar e você continuará com as mesmas reclamações, no mesmo lugar e vai reclamar por nunca ter reclamado.

Você vai reclamar do trabalho e vai tomar uma atitude, pedir a conta. Aí vai começar de novo em outro lugar e perceber que as reclamações são sempre iguais. Aí iremos reclamar de ter perdido tanto tempo reclamando. Mas continuaremos. Reclamando que não temos tudo que queremos, que falta muito pra conseguir, que parece que a vida não anda, não melhora e que não há muito a ser feito. Vai se desesperar, chutar o balde, rodar a baiana, querer fazer tudo numa única semana, dizer que sonhou alto demais e depois vai cair na real e reclamar de si, por ter reclamado tanto.

Vai reclamar que não tem namorado e quando tiver, vai reclamar que ele não saí da sua casa. Vai reclamar que não tem um marido e aí vai reclamar por ter que dividir a vida com alguém. Vai reclamar por não ter um carro e ter que andar de ônibus, a pé, de bicicleta ou de moto nos dias frios. Aí vai reclamar de ter que pagar gasolina, IPVA, seguro e manuntenção. Vai reclamar que não tem uma casa. Aí vai reclamar de ter que pagar luz e água. Vai reclamar por morar longe do trabalho e depois vai reclamar por morar longe de casa. Vai reclamar que nunca cresce. Aí vai reclamar por ser adulto e ter tantas responsabilidades. Reclamará que nunca passa no vestibular. Aí vai reclamar das provas e trabalhos da faculdade. Reclamar do amigos e depois reclamar por estar sozinho. Reclamar da família e morrer de saudade. Vai reclamar dos vizinhos e depois vai reclamar por ninguém atender a sua casa.

Vai reclamar de tantas reclamações e da maneira sem lógica como a vida corre.
Vai reclamar por ter pensando isso e não conseguir se enganar.
Vai reclamar dos otimistas, dos capitalistas e de como as coisas nunca mudam.
Vai reclamar ainda mais por estar reclamando disso e por ser tão mal agradecida.
Aí vai reclamar por não poder reclamar, nem desistir.
Vai reclamar mais um pouco e vai continuar, reclamando, mas vai!

Não é engraçado?!
Reclame o quanto quiser, não vai mudar!
No fim do dia, o dia acaba do mesmo jeito e amanhã você tem que recomeçar!
E o pior é que você vai recomeçar, sempre!
Não importa o quão bravo ou sem esperança esteja...
Sempre vamos recomeçar!

Boa noite!
=)



Desimportâncias

Twitter é uma coisa engraçada né?!

Agora por exemplo: Uns falam do debate - Tá passando na Band. Na verdade eles falam mais mal da Dilma. Eu a acho estranha, mas o Serra e a Marina parecem ter saído do mesmo lugar. Será qua vamos ter um presidente com cara de filme de terror? o.O Não que isso influencie em alguma coisa, mas é estranho ou engraçado, sei lá.

Outros falam da Taça Libertadores da América - Tá passando na Globo. Jogam nesse momento, pela semi final, São Paulo e Inter, jogo de volta. O tricolor paulista tá ganhando de 1 a 0 e foi erro do goleiro.

Tem gente falando do tempo - Não tá passando em lugar nenhum, mas todos sentem. Também quero falar do tempo. Mas não queria reclamar. Tá frio mesmo e é horrível ter moto no inverno. Tava vendo umas fotos da minha aventura solitária para Florianópolis em fevereiro e, sim, tô morrendo de saudades do verão.

Sabia que nevou em Ponta Grossa pela última vez em 1975 por 10 minutos? Eu não! Mas a Carol sabia - o Duh vai dizer que ela estava viva nessa época e ela vai se sentir velha. Uma vez eu disse que ela era uma enciclopédia ambulante e que me orgulhava dela por isso e também sentia um pouquinho de inveja rs. De qualquer forma, fiz quentão com a minha mãe aqui em casa hoje e não tem graça tomar quentão no verão.

Também tem gente falando de um colar com a cara do pânico dos anos 90; uns emos falando de umas bandas nada a ver; piadas; pedidos de presentes; declarações; desabafos; fofocas; indiretas para o chefe (lala); greve; revolta; peripécias desimportantes para quase todos e importantes para um ou outro.

Esse post não tem nenhum sentido. Percebeu?! É, vou dormir então!