quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Sobre ser livre

Queria ter escrito essa música! Queria mesmo....


"Eu não faço yoga, nunca tentei pilates
Muitas pessoas não me  querem em suas festas
Tentando encontrar o meu lugar em algum lugar
Eu bebo um pouco mais do que o recomendado
Este mundo não é exatamente o que o meu coração espera
Tentando encontrar o meu caminho, de alguma maneira

Cante , whoa, c'est la vie
Talvez algo de errado comigo
Mas ei, pelo menos, eu sou livre, eu sou livre
Se você perguntar a igreja , então eu não sou crente
Passo domingos dormindo, eu sou apenas mais sonhador
Ainda na tentativa de encontrar o meu lar doce lar
E eu acho que não é muito bom para o dinheiro 
Eu tenho dois pés esquerdo, não, eu não sou nenhum Jackson
Só estou querendo encontrar o meu caminho de alguma maneira..."



 
Se eu fosse dizer algo nessa postagem diria algo sobre paixão pela vida, sobre se sentir bem, finalmente, sobre a liberdade de ser, sobre aquele novo jeito de ver a vida, começando com uma nova trilha sonora!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Caminhos

Um dia as cortinas se abrem e finalmente saímos da escuridão
A frente surgem novos caminhos, cheios de possibilidades
A cegueira havia terminado 
E nada daquilo tinha a ver com algum tipo de milagre

Não foi rápido, nem simples, nem fácil
Alias, não estava sendo...
Era um processo, longo e difícil, mas empolgante
Daqueles que fazem você se superar todos os dias
Que te obrigam a se levantar
E que proporcionam guerras infinitas internamente
É a sua luta e ela nunca termina 
Mas ninguém vai vencê-la por você.

Você luta se quiser, é claro
Mas desconfio que só assim é possível crescer

No momento que nossas convicções e certezas são deixadas de lado
A vida começa!
E é dolorido, se você for apegado a elas
Mas também é valioso
É o instante em que você descobre que não está preso a nada
Que pode ser o que quiser, onde quiser, a hora que quiser e pra quem bem entender
Tudo que estava trancando e que antes não recebia luz 
Se abre, é escancarado pelo vento
É exposto a uma nova realidade
A uma nova vontade

Nada do que existia antes faz sentido
E mesmo assim não é ruim
Porque você está, pela primeira vez na sua vida, consciente
Você enxerga e escuta 
E é como se antes nunca tivesse experimentado esses sentidos
E você sabe!

Mas não sabe tudo, nem enxerga tudo e já não quer isso
E por isso se mantém em estado de aprendiz
E sabe que será assim sempre
E gosta disso
Gosta de ver os caminhos à frente
E de sonhar pela primeira vez com o que é real e possível
De sonhar acordado
E de descobrir, de querer mais e saber que pode mais

E assim recomeça a andar
Um passo de cada vez
Um dia de cada vez...





Essa música levou o prêmio de melhor single no Brit Awards 2014. Nunca tinha ouvido falar em Rudimental, mas recomendo a banda, o clipe e o som! Duvido que você não se contagie com ela!

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Da prece

Não importa o tamanho do seu problema, nem se você o considera ridículo perto de tantas outras coisas. Não importa no que você acredita e se você acredita. Seja ateu, católico, budista, evangélico, espírita. Acho que ter no que segurar quando tudo parece estar desmoronando, faz uma grande diferença. 
Assim, quando você desistir de lutar, quando não puder mais com o peso do próprio corpo, com os pensamentos, quando seus joelhos falharem, quando você não conseguir mais pela sua própria força, pelos seus recursos e motivos, PEÇA AJUDA! Não precisa ser a última alternativa, mas às vezes, quando você está muito cansado, acaba sendo a única. 
Eu espero que você não precise chegar nesse ponto, ainda mais se for um problema pequeno, eu espero que você consiga vencer suas batalhas e que não desanime, mas tenho certeza que a hora que você pedir, alguém, alguma coisa, que seja uma energia inexplicada, vai te ouvir. Eu acredito nisso e faço minha prece enquanto escrevo essa postagem. Às vezes não dá pra fazer tudo sozinho mesmo, às vezes a gente não consegue encarar nossos demônios sem ajuda e admitir isso não é feio. 

                                                   "...Me disseram, porém, que eu viesse aqui
                                              Pra pedir de romaria e prece paz nos desaventos 
                                                     Como eu não sei rezar só queria mostrar 
                                                           Meu olhar, meu olhar, meu olhar..."

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Sobre tempo, mudança, saudades, liberdade e esperança

Fiquei muito tempo olhando pra trás naqueles dias, eu realmente não aceitava que tudo tivesse mudado, não é que fosse tão bom assim, mas eu simplesmente não queria a mudança. Não era apenas uma coisa, uma pessoa ou um período de tempo, era tudo. Os amigos, o namorado, o trabalho, as músicas, as festas. Eu não tinha certeza se conseguiria sair dali, do meu lugar confortável de sempre, eu não tinha certeza se queria e se precisava realmente sair. Mas não tinha mais jeito, o tempo passou muito rápido e estava tudo diferente. Mesmo com a saudade que sinto de todas as coisas que vivi, não dava mais pra ficar com os álbuns de fotografias e as velhas declarações de amor nas mãos. 
Percebi que ano após ano, eu ouvia as mesmas músicas, lia os mesmos poemas, via as mesmas imagens e acumulava exatamente a mesma espera. Eu estava estagnada de um jeito que mal conseguia me mexer. Ficava paralisada em frente ao computador, em silêncio, esperando um sinal, esperando a vida voltar pro lugar, talvez até esperando ele voltar. Mas nada acontecia, então eu me esforçava pra mudar e até conseguia por um ou dois dias, ainda assim, geralmente a semana acabava no mesmo lugar. Absurdo ou não, eu insistia na vida medíocre de antes. Escrevia duas linhas novas, me enchia de orgulho a cada novo acerto, por ter ido mais de duas vezes pra academia e de não perder a hora, mas então me sabotava e voltava pro nada. Estava exausta de brigar comigo e sempre perder.
Num dia específico, depois de perder mais uma manhã avaliando meus erros, acertos e decepções só senti tédio. Não gostei mais do que vi, cansei de olhar minhas repetições. Queria uma música nova, queria um novo poema, uma nova imagem, um novo lugar pra ir e uma nova esperança. Eu não queria recomeçar, eu queria começar, do zero e completamente diferente. Existiam tantas coisas impregnadas no meu coração e no meu jeito de ser, eu sabia que meu passado tinha construído a minha personalidade e caráter e que não poderia jogá-lo inteiramente fora, mas eu precisava de uma carta de alforria e de uma nova janela pra pular, um novo caminho e objetivo. Eu precisava ou sufocaria, morreria abraçada ao tédio e desgosto. 
Não acho que exista algum modelo pronto, uma receita pra começar do zero, na verdade agora mesmo eu nem tenho um plano, mas só pela decisão de viver diferente já acho que evoluí alguns centímetros entre o sofá da sala e a porta de saída. No fundo é tudo uma questão de força de vontade. Você pode até desanimar no meio da sua jornada, mas, como dizem, precisa ser mais forte que a sua melhor desculpa.

Existe um texto que fala que o momento pra ser feliz é agora, que a gente fica sempre adiando isso, colocando um obstáculo na frente da felicidade e eu concordo. Como naquele filme " Up", no fim era só uma casa, demorou pra entender isso, mas era só uma casa cheia de balões coloridos. O que a gente precisa nessa vida é de desapego, começando pelas pessoas e pelas lembranças. Não é pra não se importar e ser egoísta, aliás é o oposto disso, é pra não se prender a nada e nem prender ninguém, é pra se livrar dessa possessividade maldita que nos impede de ir adiante. É pra gente conseguir toda essa liberdade que deseja, sem culpa alguma. 


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Um inclinação feérica

Ela queria a liberdade de jogar tudo para o alto
E nos dias de maior loucura, até jogava
Bebia tequila, dançava até o dia acabar, chorava na mesa do bar
Voltava  a ter 20 anos
Mas de manhã, ao acordar, colocava tudo no lugar
Ela queria se libertar, mas não era sempre...
Às vezes ficava confusa e no fim gostava da sua escravidão particular
Ela sempre reconhecia os erros da noite anterior, mesmo assim não parava de errar
Sempre pedia desculpas, juntava as coisas do chão, quieta
Tinha duas faces, duas personalidades
E amava as duas!

Não, nem tente convencê-la do equilíbrio
Não é que não soubesse, ou que não tivesse tentado
Mas com ela e pra ela, não funcionava
Ela sempre desistia no final
Vivia entre o 8 e oitenta quase todos os dias
E quando decidia ser o oito, sentia falta de ser oitenta
Vice-versa! Não podia...
Volta e meia citava Drummond e ouvia os conselhos de Janis:
"bebo tudo, 
desfaço tudo,
torno a criar, a esquecer-me:
Durmo agora, recomeço ontem"
Não tinha coragem de fugir de verdade, nunca teve
Ainda mais diante dos olhos castanhos e batalhadores de seus maiores amores
Ah não, jamais poderia desapontar aqueles pais...
A rebeldia era só um sonho, no fim ela gostava de ser careta
Não sabia ao certo, "quem sabe numa próxima vida"
Essa já está feita!
Desistiu de desistir, havia dentro dela algo maior
Que a motivava, até sem motivo
Ela não conseguia não ser otimista... uma droga!
E enquanto juntava seus pedaços no chão, citava Drummond novamente:
"Serei as coisas mais ordinárias e humanas, e também as excepcionais:
tudo depende da hora
e de certa inclinação feérica,
viva em mim qual um inseto"
Colada, calada, refeita, estava novamente pronta pra recomeçar
Mais uma vez e quantas mais ainda fossem necessárias!
Foi pra sua luta diária, decidida a vencer
Quando terminasse, finalmente fugiria pra Irlanda atrás do que era só seu!

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Deu tudo errado

É hora de reconhecer e admitir: deu tudo errado! Desde que nascemos nos ensiram muitas coisas, menos a perder... É aquele lance de Geração Y. Nossos pais nos disseram, nos passaram de algum jeito desde sempre, que tinhamos que ser alguém na vida e que tudo era possível, todos os nossos sonhos iriam se realizar e blá blá blá!!! E a gente cresceu assim, eu cresci! Mas deu tudo errado, pronto, todo mundo que disse que eu estava errada, estava certo!
Mas eu achei que estava no caminho certo, em todos os sentidos, achei que a  gente tinha que estudar, trabalhar e se esforçar. Achei que a gente tinha que ser responsável. Eu evitei as drogas como me ensinaram. Fui obediente e educada, eu segui os padrões. Pensei mesmo que estava fazendo tudo certo e  realmente acreditava nesse modo de vida. Fiz tudo que me pediram, do jeito que pediram. Não fiquei grávida antes da hora. Fui pra faculdade antes de pensar em casar, acreditei e acredito em Deus, tive fé, escolhi ser honesta, não fiquei por aí de bobeira, não fui vulgar, nem patricinha, eu não trai nenhum dos meus namorados e nunca dei bola pra caras comprometidos. Eu fiz a minha parte, eu batalhei por tudo sozinha, pra quê?! Deu tudo errado... não tem nenhum sentido. Tudo está sempre acabando, indo embora e o que resta não tem a menor graça. 
Não tô sendo mal agradecida, mas me sinto uma idiota agora e não sei como refazer tudo. Não é nada específico, mas tipo vamos parar de nos auto afirmar o tempo todo, vamos parar com o orgulho, com o egoísmo e com a positividade sem limites! É mentira!!!! A gente nunca vai ser alguém na vida, porque ninguém é alguém na vida! As empresas são só empresas mesmo. Seu chefe é só seu chefe, ele não é seu amigo. Não, você não vai ficar rico trabalhando! Isso não é pessimismo é só um pouco de realidade! Chega de se iludir galera, vamos encarar a vida como ela realmente é! Óbvio que ninguém vai cortar os pulsos ou nunca mais sair do quarto, mas vamos deixar a vida correr mais solta, levar as coisas com menos pressão, já que não vai dar em nada tanta correria e tanto estresse, não vou brigar mais pra ser reconhecida, nem pra ser valorizada, eu aceito as condições, pronto! Chega de orgulho besta! Eu fiz tudo errado e daqui pra frente vou fazer tudo diferente! E foda-se também! 

Se eu não estivesse com pressa faria um texto bem melhor cheio de informações cientificas e psicologicas que explicam meu ponto de vista, but é o que temos para o momento! E agora eu realmente quero largar os betes e ir morar na Irlanda! Sério, no máximo em 2016 eu vou pra Irlanda! 



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Maturidade

Chega um momento na vida que a gente precisa parar de ser mimada e crescer. Com 26 anos e as contas pra pagar a gente já não sai batendo a porta após ouvir uma crítica. Dependendo da punição, até sai da sala de reunião rápido, mas sai com a cabeça baixa e vai chorar no banheiro sozinha e depois remoer a mágoa um pouco mais com um copo de cerveja num bar amigo. Mas bater de frente, com arrogância e impetuosidade como antes, não mais. Agora a gente escuta, analisa de vários ângulos, descobre onde tá errando e arruma. A gente sente claro, mas faz mais que isso, aprende, recomeça e levanta! Com muito mais serenidade do que antes, com muito mais consciência que antes!
De qualquer forma, não permita que questionem a sua capacidade e inteligência. Se precisar reaprender alguma coisa e aceitar uma crítica faça isso, com vontade, dê a volta por cima, por cima! Mas não se esqueça do seu talento e do quanto batalhou pra chegar onde está. Não foi de graça e não foi fácil. Pra tudo mais eu reafirmo: SOU LOCUTORA DE RÁDIO e isso, com toda a humildade do mundo, é inquestionável! 

♫  If can hold on...

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Melo do desespero

Nando Reis que me desculpe, mas em época de IPVA o povo quer mais é dinheiro, hahahahaha:

"Não consigo olhar a fatura dos cartões
E enxergar as contas que me deixam sem ar, deixam sem ar
As várias parcelas, prestações que levam meu dinheiro suado, sem exitar

Outra vez, eu tive que fugir
Tive que me esconder, por não poder te pagar
As loucuras das viagens e férias
Me fizeram esquecer que eu tenho que trabalhar

Mas olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando meu salário chegar
O universo conspira com o cobrador
E mesmo que demore,  sempre vou te pagar

Mas talvez, você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que a dívida é  passageira
Trabalharei de de janeiro a janeiro
Até todas as contas pagar..."

Mudos

Não tenho nada pra dizer e tenho tudo
Todas as palavras e pensamentos
As novidades, as despesas e as normalidades 
Gostaria de te contar, mas não conto
Não conto, porque ainda me faltam sílabas nos lábios
Ou jeito pra voltar a dizer

Mas pelo menos não penso mais maldades
Não sinto ciúmes e nem quero matar você
Seria divertido se um dia eu pudesse te dizer tudo
As cenas e frases que ensaie em frente ao espelho
Pra brigar, fazer as pazes ou fingir que não existe

Por hora continuo fingindo que não existe
E você segue o mesmo plano
Sem estresse, assim fica mais fácil pra todo mundo
Uma hora dessas seremos só pessoas normais
Com um passado mudo e esquecido
Quem sabe amigos, ou só conhecidos...