segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Última postagem de 2013 - Atraverssiamu

Já é dia 30 e depois será dia 31 e então acabou, finalmente. Acho que nunca quis tanto que algo acabasse. Claro que já tivemos outras épocas ruins e sim, olhando bem, 2013 não foi dos piores, mas agora eu só quero mesmo que ele termine e leve embora todas as mágoas e dores que trouxe. Eu concordo e acredito que todas essas coisas ruins que passamos servem de aprendizado. Só que aprender depois de adulto dói bem mais. Doeu, mas já passou e já está tudo anotado aqui para as próximas. Talvez se eu não fosse tão dramática, quem sabe se eu não fosse tão sensível, como seria se eu simplesmente fosse melhor do que eu sou hoje?! Talvez se eu sonhasse menos, tivesse menos expectativas na vida ou só fosse menos egoísta e teimosa. Não sei, mas com certeza vamos descobrir ano que vem. 
Vamos esquecer o que deu errado, tirar as lições disso e fazer melhor e diferente daqui pra frente. Clichê ou não, é de superação que somos feitos. Desses momentos que a gente chora, briga, grita e se esconde pra pensar e então recomeça, pede desculpas, limpa a casa e vai. Tenho falado muito desse "ir em frente" nos últimos meses e sei que nós vamos. No fim, o ano muda e pode não significar nada, mas também pode significar tudo. Aí vem 365 novas oportunidades de fazer tudo novo, melhor, mais colorido e do jeito certo. Mas se der tudo errado de novo, nós vamos aprender mais uma vez! 
Poxa 2013, você quase me enlouqueceu com tantas analises. Esse negócio de colocar a gente frente a frente com nós mesmos é meio angustiante. Descobrir que não somos tão bons quanto pensávamos ou só observar o quanto temos que melhorar ainda... Mas enfim, valeu! Das viagens e relacionamentos desfeitos, até as conquistas materiais, os amigos recuperados e voltar a estudar, a respirar e viver, valeu tudo. 
Pra 2014 eu espero realmente ser uma pessoa melhor e vou trabalhar por isso desde o primeiro instante. Começo com paz, com o coração limpo e a consciência tranquila. Começo desejando as melhores coisas pra mim e para os outros. Na meia noite de depois de amanhã eu vou olhar pro céu, pisar na areia, deixar a onda bater e, com um sorriso singelo nos lábios, vou agradecer de coração por tudo que aconteceu. Vou fazer a minha prece e pedir pra que todo mundo tenha isso: paz no coração, vontade de ser melhor, consciência tranquila. Que a gente consiga viver um dia de cada vez, dar um passo de cada vez. Que consigamos ser mais compreensíveis com o mundo e mais gentis também. Que a gente seja realmente mais nobre, mais solidário, menos egoístas e vaidosos. Que consigamos ser menos ranzinzas e ver as coisas com bons olhos, olhar tudo pelo lado bom sempre e lembrar todos os dias de agradecer. Que a gente abra o coração e os braços pra receber novos amores e mais abraços. Que busquemos a paz e encontremos felicidade em cada cantinho dos nossos dias. Que eles sejam simples e bons! E que sejamos mais fortes pra atravessar os dias cinzas com dignidade.

Que venham dias melhores e que eles estejam repletos de esperança!
Feliz 2014 pra você e os seus!


Preparei uma pequena seleção musical pra terminar o ano e recomeçar:

♫ Não há tempo que volte amor, vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir... 
Lulu Santos - Tempos Modernos
♫ Deixar pra trás maus pensamentos, desequilíbrios, as amargura, viver em paz todo momento, dentro de casa, no meio de rua... Que tal tentar só um pouquinho? Experimente para ver se dá...
Cidade Negra - A cor do sol
♫ Hoje eu só quero que o dia termine bem...
Luciana Mello - Simples Desejo
♫ The dog days are over... Leave all your love and your longing behind, you can't carry it with you if you want to survive...
Florence - Dog Days Are Over
♫  A moment, a love, a dream, a laugh, a kiss, a cry, our withs, our wrongs...
The Tamper Trap - Sweet Disposition 

E finalmente: 

♫ Our futures paved with better days...





Vai ser melhor! Será bem melhor... =)

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Aquilo de não se perder

Eu sei, ninguém disse que seria fácil, ou como meu velho disse ontem na mesa da cozinha: a vida é dura pra quem é mole, siga em frente sem olhar pra trás! E Os Mutantes ainda cantaram pra gente não se perder por aí. Eu não vou, não. Tem horas que dá vontade de fazer exatamente tudo aquilo que as pessoas esperam e acham que a gente vai fazer: chutar o balde, enfiar o pé na jaca, mandar tudo pelos ares e ser só mais uma menina idiota. Mas eu não quero e não vou me perder de mim. Se era o que você estava esperando, tire seu cavalo da chuva, eu sou forte! 
Batalhei muito pra chegar aqui, pra ser quem eu sou, pra poder andar de cabeça erguida e com a consciência tranquila, com a certeza de que eu sempre fui sincera e fiz o melhor que pude em todas as situações. Não vou jogar tudo pro alto não, mesmo que tenha todos os motivos pra isso, pode ficar tranquilo, eu não vou me perder dos meus ideais, não vou esquecer das minhas promessas e nem vou fazer nada apenas pra dar o troco ou me vingar, não preciso de nada disso, obrigado.
Normal que sejamos humanos e percamos o controle sobre nossas emoções às vezes. Mas ainda mais normal que sejamos humanos, reconheçamos nossos erros, nos perdoemos e consigamos nos levantar. Eu levanto e jogo fora meu egoísmo, meus pré-conceitos, as neuroses, ás mágoas e toda essa culpa. Me desfaço dos maus pensamentos, tento e busco ser melhor que isso, mais forte que isso e não me deixo levar pelo que os outros pensam. Eu vou por mim, como sempre! Não sou uma menina boazinha e isso não tem nada a ver com nobreza, mas com certeza tem a ver com a maturidade que adquirimos na vida! 
Apago todos os rastros e enxergo mais uma vez que isso tudo é pequeno demais, fútil e banal, entendo os motivos mais uma vez, observo o quanto aquela minha teimosia e insistência, esse meu jeito de querer dar jeito à tudo, me desgastaram. Foi um erro, um engano e já passou! Todos ficamos cegos, surdos, loucos e burros ás vezes, mas pra nossa sorte, um dia acordamos e colocamos a casa no lugar.

Há ainda tanto a ser feito, tanto a aprender, mudar, viajar, melhorar, conhecer, crescer! Não vou me perder por aí, independente desse mundo doentio, não vou contribuir com isso, tanto faz se sou a única que penso diferente, tanto faz o que você pensa, não estou aqui pra julgar, mas também não estou aqui pra seguir convenções que não me levam a lugar algum. Eu vou com meus olhos, minha fé, meu coração, meus próprios pés e por minha conta!



♫Atenção, a lição está em cada gesto...

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Leve com você só o que for bom

Às vezes precisamos aceitar realmente as escolhas que fazemos e deixar pra trás o que já ficou pra trás. E tem horas que não dá pra ser tão nobre... Aceite, desista, retire-se e vá em frente!

Você não vai comigo pra 2014! ;)


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Do equilíbrio, da democracia e da oposição

Sempre leio, vejo e escuto brigas entre políticos de "lados" opostos e sempre critiquei isso. Já percebeu como todos estão sempre certos e sempre tem a melhor solução para os problemas do mundo?! E se para o lado A aquilo é bom com certeza é ruim para o lado B. Entendem?! Acho isso feio e acho que todos deveriam trabalhar juntos pelo bem comum. É muito guerra de egos, vaidades e futilidades. Mas aí, pensando bem, não é melhor que seja assim? 

Num país do tamanho do Brasil, num estado do tamanho do Paraná e numa região como os Campos Gerais, em cidades como Carambeí e Ponta Grossa,  qual o tamanho da nossa diversidade? Quantas pessoas com pensamentos e necessidades diferentes devem existir? Todas querendo ter vez e voz. Como atender os anseios dessas pessoas? Como a dona presidente Dilma vai saber o que a dona de casa Maria dos Santos precisa e é melhor pra ela? Como, afinal, o doutor governador Beto Richa vai saber o que o doutor Almeidinha da farmácia da vilinha precisa? Não é melhor então que existam pensamentos opostos para chegar a um senso comum do que é melhor para a população? Maiorias e minorias. 

A oposição é necessária, obvio que não dessa forma competitiva e fútil, do quem ganha mais, mas é importante ter uma segunda opinião, alguém pra questionar e dizer pra gente que aquilo é errado, ou certo, bom ou ruim. E é importante que a gente ouça os dois lados e entenda que podemos mudar de opinião se quisermos. A oposição é extremamente necessária para a democracia funcionar. E acho que todos concordamos que a democracia é melhor que a ditadura. 

Dadas essas constatações digo-lhes que o que todos buscamos e precisamos em todos os setores de nossas vidas, diariamente é de equilíbrio! Quando conquistarmos isso seremos felizes, ou pelo menos, normais! 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Pés no chão, coração de lado

Acabei com tudo
Expectativas, esperanças e ilusões
Joguei tudo fora
Limpei os armários
Fechei as portas e escancarei as janelas
Pulei o muro e corri
Fugi para o mais longe que pude, o mais rápido que pude
Acabou tudo

Abandonei a casa, o barco e a empregada
Fui pra um bar, encher a cara
Me envergonhei, me levantei, chorei
De novo, chorei até não poder mais
Senti a raiva apertar meu estomago
Vomitei abraçada num balde
Queria enfiar minha cabeça debaixo da terra, como um avestruz
Me esconder

Voltei, me olhei no espelho de novo
Parei de chorar
Corri um pouco mais
Recebi abraços, sorrisos e afeto de quem nem esperava
Parei de olhar pra mim, quis ajudar os outros
Parei de me preocupar comigo
Levei mais alguns tombos, nem senti
Penteie os cabelos, fui a luta
Sozinha
Agora
Com a casa limpa, sem ninguém no caminho
Mais forte, consciente

Coloquei os pés no chão e o coração de lado
Ajustei o volume do rádio
Olhei pra frente, pra cima
Fiz minhas preces
Agradeci e continuei
Vai melhorar
Vai passar
Vai melhorar
Vai passar
Acabou tudo, agora é só recomeçar...

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Era uma vez...

Não. Realmente naquela história não haviam culpados. Por mais que a protagonista quisesse encontrar um vilão, não era possível. Por mais que ela tenha criado teorias mirabolantes e distribuído acusações e julgamentos aqui e ali, no fundo, ela só queria uma fuga, uma justificativa para a sua própria culpa. Durante toda a história ela maquiou os reais motivos, com outra pessoa. Ela traçou um plano, criou sonhos baseados no outro, imaginou toda uma vida, que realmente parecia mais simples: ser e agir como todos esperavam. Mas não foi simples. Porque mais cedo ou mais tarde, a escravidão de ser o que não somos nos cansa. E no fim, nem ela suportava mais ser refém de tantas responsabilidades. Não que não quisesse aquela vida, queria. Queria sim, a família, a casa, o casamento, o mocinho dos sonhos. Mas não daquele jeito, forçado.
Certo tempo depois que o ilusório conto de fadas terminou e o mocinho que não era mocinho foi embora, a protagonista começou a cair na real. Essa postagem é sobre esse momento: o momento em que ela baixou a guarda e analisou que não tinha nada a ver com o outro, era só ela, como sempre, com seus medos, inseguranças, sonhos, esperas, ilusões, idiotices e agora, agora parecia tudo tão fútil. Era realmente tudo tão pouco, pequeno, sem graça e sentido que ela só queria ir embora. Ela não tinha mais a quem culpar, não tinha mais desculpas pra não encarar-se no espelho, para não se enfrentar. Ficou muito claro. Ela só estava com medo, não queria enfrentar o futuro sozinha. Queria aquele motivo que todos tem pra ficar onde estavam, queria aquela "normalidade" de uma vida a dois, apenas porque parecia mais fácil, apenas por medo e o quanto aquilo era egoísta e feio. No fim essa protagonista não tinha nada de mocinha, heroína ou princesa. Estava mais pra bruxa má e manipuladora, estava mais pra lobo em pelo de cordeiro. Que vergonha.
Mas então reconhecendo seus atos e tendo o coração nobre que sempre acreditou ter, tentou se transformar. Tudo que ela quis a partir dali foi ser uma pessoa melhor. Com todas as suas forças e desejos do coração. Ela só queria acabar com toda aquela futilidade, com todo o egoísmo. Queria realmente ser nobre e fazer algo de bom pelos outros. Queria mais que uma "vida normal" e segura, conquistada apenas por medo. Queria encontrar seus sentidos e significados agora, suas verdades. Queria salvar o mundo, queria traçar um novo plano e prometeu que dessa vez não se desviaria dele, mesmo que o príncipe encantado, nem tão encantado assim, aparecesse. Ela prometeu não desistir mais de seus ideias. Se comprometeu com ela mesma a ser mais forte na próxima. E foi. Nem tão rápido quanto gostaria, é verdade, mas foi.

Continua...

domingo, 24 de novembro de 2013

Sinto muito

Como somos pequenos diante da vida. Como somos vulneráveis e ridículos humanos. Como somos fúteis e idiotas. Como nos iludimos na correria do nosso dia a dia e achamos que somos algo ou que nossos problemas, tão pobres e mesquinhos, tão egoístas, são importantes. Não são e não somos nada diante da vida. Como as coisas ficam menores diante da morte. Nada mais importa e provavelmente, nada consola os corações que ficam... Sinto muito! Queria poder fazer alguma coisa para amenizar a dor daqueles pais, queria pegar eles no colo, consolá-los, cuidar deles para sempre. Queria poder ficar do lado a todo instante e que minha presença fosse suficiente pra amenizar tudo, mas não é assim... De qualquer forma, meu coração, minha mente e minhas preces são de vocês!

O meu aprendizado se resume nessa oração:

Que a gente nunca esqueça de declarar nosso amor e afeto à todos aqueles que amamos, sempre. E, mesmo para àqueles que nem conhecemos, que consigamos ser gentis e compartilhar um sorriso, fazer o bem, todo os dias.

Que a gente não esqueça da humildade do pedir perdão e de perdoar, sempre que necessário.

Que não esqueçamos o quanto nossos problemas e a correria do dia-a-dia são pequenos e fúteis perto da grandiosidade da vida e do amor das nossas famílias e amigos. 


Que não esqueçamos do quanto somos frágeis e vulneráveis.

Que não esqueçamos de pegar o telefone às vezes e ligar para aquele amigo distante só pra dizer "saudades amigo".

Que a gente esqueça as mágoas idiotas, a arrogância e o egoísmo e consiga ser mais nobre, olhar mais para o lado, para o outro e ser bom.

Que a gente lembre mais de agradecer do que de reclamar, menos de julgar e mais de apoiar.

Que a gente tenha fé, paz e compreensão pra crescer e entender que tudo passa...

♫ O amor vai sempre ser amor, em qualquer lugar...



(P.S) Eu quero ser uma pessoa melhor, eu quero ser uma boa pessoa, eu quero o bem para todas as pessoas, quero que as pessoas não sofram por nada no mundo, quero que saiba que me importo... 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Essencialmente sou

Nunca tive talento pra tristeza. Para o drama sim, que ele faz parte desse meu ser tão sensível. A tristeza me toma às vezes e me arrasa, mas logo passa, eu não insisto nela. Choro o que tenho que chorar, lavo o rosto, olho no espelho e reajo, levanto e vou. Eu não me permito ficar triste, quero ser feliz! Eu quero essa felicidade toda a que tenho direito e sei que ela existe, acredito nela. Acredito em Deus e/ou em algo maior que faz tudo ter sentido. Tenho fé. Acredito na vida e nas pessoas. E carrego comigo essa coisa de olhar tudo pelo lado bom, quase sempre.
Às vezes eu esqueço meu otimismo em casa e às vezes canso, como todo mundo. Às vezes me deixo levar pelas negatividades cotidianas, mas essencialmente eu, quando me encontro comigo não sou triste e não gosto dessa coisa cinza que envolve as pessoas. 
Não me pergunte porque, podem ser que existam milhares de respostas ou resposta nenhuma, mas enquanto muita gente desconfia da vida e da felicidade, eu faço o contrário e sou assim mesmo, sem vergonha de ser. Todas as vezes que me questionaram sobre isso, contrapondo a luz com às tragédias, a fome e a violência do mundo, eu fiquei sem respostas e desconfiei de tudo. 

Um dia o Gessinger escreveu e cantou: 
"Quem dúvida da vida tem culpa e quem evita a dúvida também tem..."

Não evito mais a dúvida e mesmo que para alguns as respostas pareçam vazias, agora eu as tenho e não tenho medo de dizê-las. Pra você pode não significar nada, mas pra mim é tudo. É o tudo que me mantém leve, me faz seguir em frente, me faz sorrir e ser forte, sempre me fez recomeçar e acreditar. É esse tudo e essas respostas todas que me fazem ver mais significado na mão estendida do que no virar as costas. No amor do que na individualidade. Esse tudo e esse tanto de respostas que me faz querer mais do mundo, que me faz dançar até o dia acabar como se ninguém realmente estivesse olhando. E sempre que eu me perco e fico triste, reencontro algo que me lembra de quem eu sou e porque eu sou. Velhos amigos, o meu lugar, as minhas razões, a minha luz.
Eu não tenho talento pra tristeza. Pode ser o fato de ter crescido numa cidade pequena. Pode ser que sejam meus pais e as pessoas que me ajudaram a crescer. Pode ser que as dificuldades realmente formem nosso caráter. Pode ser que tenham sido meus amigos durante a infância e adolescência e pode ser que ainda sejam eles e minha família. Pode ser que seja meu trabalho, meus sonhos e ideais.
Não há nada de errado em acreditar, não há nada de errado em esperar o melhor, em ter fé e ter esperança. Não é ruim sonhar e ter planos. Você pode e deve. E assim como eu não quero ser julgada por esse meu jeito "inocente" ou "estúpido" de ser, sei que existem pessoas que pensam muito diferente de mim e, certamente, essas pessoas também tem seus motivos para serem como são e não precisam de julgamentos e críticas. Ninguém é igual a ninguém e não precisamos ser. Faz tempo que repito isso: o que é verdade para um, pode não ser para o outro e o que absurdo pra mim, pode ser completamente normal pra você. O que o mundo precisa é demais compreensão e fé. E eu acredito nisso!

Escrevi esse texto ao som dessa música: 

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Choque

A bofetada veio do nada
Em seguida um soco a atingiu no estomago
Foi arremessada ao chão, diversas vezes
Ela não sabia porque estava sentindo tudo aquilo
E não se conformava

Parece que foi tão de repente
Aquela frase, um momento que por tanto tempo foi comum
Já não lhe pertencia mais
Ela não fazia mais parte daquela história, daquelas vidas

Sentiu o nó apertar a garganta
Deixou que as lágrimas caíssem
Como uma tristeza podia ser tão grande?
Ela não lembrava mais que era desse jeito
Ou talvez nunca tenha doído tanto antes

Depois da dor, veio a raiva novamente, a mágoa
Quis revidar todos aqueles socos, repetir as palavras
E dizer: a culpa é sua!!!
Mas não disse, porque no fundo, ela sabia a verdade

Sua mente repetiu diversas vezes:
Acabou!
Acabou!
Acabou!

Chorou mais, quis arrancar do peito o coração
Se perguntou porque e se um dia aquilo iria realmente passar
Ela tinha bloqueado todos os tipos de ataque até ali
Apagou todos os registros e fingiu que nada tinha existido
Mas não teve jeito, o passado arrumou um jeito de se fazer presente
E acabar com ela

Pediu aos céus pra que aquilo terminasse
Implorou para esquecê-lo
Com os olhos cheios de lágrimas, repetiu as palavras em sua mente:
Acabou!
E digitou o último ponto final.


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Clara ilusão

Fica cada vez mais claro
Os erros estavam por toda a parte, estampados em nossas caras
Sempre estiveram ali, como as pistas de um crime
Escritos na milésima conversa no bate papo
Em meio às discussões noite a dentro
Nas músicas pedindo mais
No meu medo e na sua sinceridade
No medo que nos paralisava
Naquelas lágrimas pedindo pra ficar, implorando pra ser
Mas, no fundo, já sabíamos.Sabemos!

Ainda assim, nada muda
Nem mesmo agora, depois desses meses e da distância
Não admitimos, não conseguimos ir
E não há nada mais
Nada mais...

Insistimos
Arrumamos maneiras de desobedecer nossa razão
Como adolescentes fugitivos
E continuamos
Prolongamos mais uma vez o nosso ponto final
Aquele adeus tão doído, já declarado antes
Como se fosse possível voltar no tempo 
Como se já não tivéssemos dito coisas demais
Como se existisse alguma maneira de consertar tudo isso
E não há!

Agora está claro
Não existem mais desculpas
Nem um último abraço
Nem se quer um sorriso ou até breve
Nós sabemos
Não há mais com o que se enganar





segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Do presente

Do amor não sei dizer, não sei mais e acho que de fato nunca soube
Do coração, sei apenas que bate, horas lento, horas acelerado
Da saudade, sei que sinto, mas que vai passar
Do medo também... Constantemente!

Sei que me pego pensando diversas vezes
Comparo a felicidade com manhãs de domingo
E faço isso com um sorriso triste nos lábios
Mas também sei que logo será só lembrança...

Da solidão, sei que dói, uns dias mais que outros
Mas ao mesmo tempo, liberta e deixa ser
Do tempo, sei que corre e vai trazendo coisas novas
E então sei que aprendo todos os dias
E na maior parte deles, agora me sinto em paz
Desejo o bem e volto a ser, apenas eu!

Multiplicidade

Nós somos muitos, somos tantos que não cabe numa conta
Somos todos únicos e tão diferentes
Ao mesmo tempo somos similares, tão iguais
Somos tantos que nossa individualidade e egoísmo nos torna ainda menores
Diante dessa massa singular, quem você pensa que é?

Não somos nada, nem ninguém!

Pensamos e nos enganamos com toda a ilusão tecnológica
Somos notados, notáveis indivíduos, felizes com um curtir virtual
Um comentário e a melodia sublime de mais uma mensagem
Todos separados em suas caixinhas de perfis autênticos
Indivíduos egocêntricos

Fora essa vida toda digitalizada, na realidade
Não somos nada, nem ninguém!

Porque essa gente que se junta na praça, na rua, na cultura plural do dia
Esses indivíduos singulares, desconhecidos e estranhos, são iguais
Querem as mesmas coisas, estão ali por um mesmo objetivo
E são muitos! Reais!

Sós, apenas mais um, pequenos e sem sentido
Pobres iludidos com a vaidade
Juntos, somos mais, múltiplos
Mas diante disso, ainda não somos nada, nem ninguém...

E o mundo é imenso!


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Dias de Esperança (Baseado em frases feitas)

Todo mundo sabe:
Não há mal que não acabe

É o mais velho dos clichês:
Tudo passa!
E sim, toda experiência é válida
Já dissemos isso antes

Depois do inverno é que as flores renascem
Ou: "depois da tempestade, o sol brilha mais forte"

Não importa qual frase feita você vai usar
Nem tão pouco se ainda não conseguiu ver a luz no fim do seu túnel
A única coisa realmente relevante em tudo isso e na vida como um todo
É que, de algum jeito, a gente sabe que vai ficar tudo bem 

O sol realmente vai renascer amanhã e tudo vai passar
E a boa notícia é que você vai sobreviver!

Quando a gente observa de cima, dá pra ver bem
Pra cada angústia, existe um dia de sol
Pra cada lágrima, uma lição
Pra cada reclamação estúpida, um sorriso agradecido que te faz repensar
Para toda aquela correria, alguém pra salvar sua vida
Até pra falta de grana, um jeito
Alguma gentileza, que transforma e faz toda a diferença
Pra cada olhar vazio, uma boa conversa 
Pra toda carência, um ombro amigo
Para o seu egoísmo besta, um conselho e um aperto de mão

E sempre tem algo mais a ser feito
Sempre tem algo melhor ali em frente
Alguém precisando mais que você
Alguma oportunidade
Um novo ponto de vista ou o velho ponto renovado
A coragem que te faz ir  a luta
A boa e velha fé na vida, na humanidade
A esperança, que nunca falha e que ainda é a última que morre

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A partir de agora

A partir de agora reconhecerei minhas derrotas com mais frequência
E sem medo
A partir desse instante, admitirei meus erros e falhas 
Com coragem

A vida tem mania de nos dar rasteiras 
Pra nos colocar novamente no chão, no nosso devido lugar
E nós, ah pobre de nós, somos só humanos
Tão ridículos, fracos, medrosos e cruéis

A partir de agora, não vou mais fingir
Estou de olhos abertos e com a mente serena pra me olhar no espelho
Pra encarar a realidade e enfrentá-la
E desse instante em diante, não vou mais chorar e me esconder
Eu vou levantar e vencer

Confessarei meus defeitos de cabeça erguida 
Meus erros fazem parte de quem sou
E eu estou tentando ser uma pessoa melhor

A partir de agora eu vou em frente
De novo e quantas vezes mais forem necessárias
Daqui em diante serei forte, serei franca
A partir de agora me perdoo e reajo
Vou!

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Acaso

Transbordo-me em sons, sentimentos e cenas
Sobram palavras, pensamentos e sonhos
Sinto o medo, a duvida
Me atrevo, me engano, erro, desfaço, faço
Fico!

Mas logo vou em frente
Encaro, desamarro os nós
Desamarro nós
Eu e você, finalizo
Vou!

Paro, penso, pesquiso
Reflito, me pergunto e duvido que você não tenha medo
E que sentindo medo, não sofra
Dou desculpas, me iludo
Sigo!

Escolho ir, vou, recomeço a andar
Corro, fujo, grito
Não tem essa de destino ou acaso
É tudo escolha
Assim, esqueço!

Me refaço
Reaprendo
Dou um jeito
Sonho diferente
Realizo!

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Estagnação

As angústias se acumulam e transformam tudo em tédio
Inércia, apatia e sonolência
Em uma espera de algo que não se conhece
Que não se sabe se vai mesmo chegar

A ansiedade, essa sim vem
Junto com as dúvidas
Destroem você, acabam com as unhas
E expõe as rugas

Novamente, a ressaca
A paralisação necessária
A lentidão do luto
Do fim, do chão
Até o recomeço, até o reagir

Antes de um novo impulso
Um novo desafio, um encanto, um embalo
Uma nova paixão

Qualquer novidade
Qualquer coisa que te tire o chão
Acelere os batimentos, te faça perder o folego
Algo diferente e completamente novo

Que devolva a vontade
E faça sonhar
Finalize a ausência de progresso
E dê movimento e sentido aos dias


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Cotidiano

Sempre tem aquele momento reflexivo no meio de uma música romântica num show, mas dessa vez não foi triste como nas outras. Sei lá, eu só fiquei ouvindo a música, não pensei em ninguém especificamente, não senti saudades e também não me senti sozinha, apesar de estar. Eu só estava normal. Quando me toquei disso aí comecei a pensar... Porque eu não estava chorando? Porque eu não senti a falta de ninguém comigo ali? Porque fiquei sorrindo para o Steven Taylor formiguinha com roupas coloridas no palco? Acho que eu estou melhor, cada dia melhor. Acho que eu amadureci anos desde os meus 20 anos. Acho que estou me recuperando, cada dia mais. Acho que eu entendi tudo que a vida está tentando me ensinar através de socos e chutes, desde sempre e de novo. É vida, eu entendo! Sabe o que eu disse pra mim, enquanto pensava tudo isso? Apenas: NÃO TEM PROBLEMA! 
Minha capacidade de ser otimista e de analisar as coisas pelos dois lado às vezes me surpreende. Não, não tem o menor problema. Agora enquanto escrevo tudo isso fico me perguntando se não estou mentindo pra mim mesma, disfarçando que está tudo bem, que eu tô numa boa e que já superei. Uma amiga me disse, dia desses que eu pareço muito bem e que por estar assim às vezes me sinto culpada e começo a fingir que eu estou sofrendo, que sou a vítima da situação. Quem diria, se sentir culpada por ser feliz e estar bem. Tinha que ser eu! Canceriana dramática e exagerada que sou, tinha que ser mesmo! 
Tudo vai indo bem, obrigado. Ainda temos um milhão de coisas pra acertar do dedo mindinho aos batimentos cardíacos. Se eu tenho medo? É óbvio que tenho! E às vezes, sem me fazer de vítima, tenho crises de abstinência e ciúmes, mas sei lá, agora, exatamente nesse momento eu só estou bem. Nunca gostei tanto de mim como agora, poderia até me dar um abraço. De algum jeito eu sinto que vai ficar tudo bem e que pra variar, vou sair dessa melhor do que entrei.

É verdade, eu não quero perder nada e há tanto ainda a ser feito, conquistado, visto, vivido...

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Chega!

Não quero me fazer de vítima de nenhuma situação aqui ou declamar o quanto "sou especial" por ter determinadas atitudes, mas aprendi a me colocar no lugar do outro. Doeu - afinal, todos os aprendizados, de algum jeito, marcam e transformam a gente - mas o ato de aprender em si, supera qualquer sentimento ruim e depois a gente nem lembra mais de que tamanho era aquela dor. Eu tenho aprendido a não ser egoísta e a compreender as pessoas, a respeitar que cada um tem um tempo pra refletir e fazer suas próprias analises e que, definitivamente, não cabe a nós julgar o que é bom ou mau para o outro, por melhores que sejam nossas intenções. Nós não sabemos nada sobre os outros. Aliás, mal sabemos sobre nós mesmos. Entretanto, isso tudo não significa que me tornei tão nobre a ponto de suportar todas as coisas calada, de não responder, de virar a face. Não! Independente do quão boas as pessoas possam ser, elas costumam nos ferir de vez em quando e, apesar de sermos capazes de compreender isso, não precisamos ser idiotas e insistir na dor.
Todos esses aprendizados doloridos me ensinaram a ser uma pessoa melhor, a tentar pelo menos, mas nenhum deles me tira a convicção e o senso de defesa e justiça. Ninguém precisa revidar, muito menos se vingar, mas todos nós temos o direito de nos proteger, fugir se for mais digno, responder a insistência do outro em nos ferir, mesmo que esse outro não saiba o que está fazendo. A gente pode avisar: nessa parte do meu coração não, aí ainda está doendo. A gente com certeza pode dizer: CHEGA! Assim mesmo em letras grandes, como um num berro.
Uma hora ou outra todas as pessoas que te fazem mal, mesmo sem intenção, vão alcançar essa compreensão e perceber que você já não quer mais ficar ali esperando, aceitando todos esses golpes. Mesmo que você se julgue muito forte a ponto de olhar, de conversar, de levar bofetadas e arranhões e continuar sorrindo, não faça mais isso. Não precisamos passar por isso, por essas humilhações. Dificilmente levantaremos e sairemos dos nossos buracos sozinhos, mas quem te derrubou não pode continuar te estendendo a mão. Você pode pensar que é arrogância, mas é só defesa. Quem já acabou com você duas vezes, não vai se importar de fazer isso uma terceira vez. Não por maldade, volta a dizer, mas só porque ficou fácil e é divertido.
A gente precisa entender como as coisas são, aceitar e admitir a realidade e se proteger se for conveniente. Eu me nego a cair no mesmo metro. Eu me nego a aceitar o sorriso malicioso do meu "inimigo" enquanto me seduz e se prepara pra me derrubar mais uma vez. Eu quero coisas concretas e reais na vida. Eu quero sempre, não só pela falta que faço, ou pela sensação de que se perdeu. Parece coisa de criança, molecagem, de quem faz as coisas sem pensar no intervalo, derruba os coleguinhas por brincadeira e depois os ajuda a levantar, pra amanhã passar uma rasteira de novo e fingir que é legal. 
Te dou o direito de ser você mesmo, sua liberdade e todas as coisas que eu te negava, mas me reservo o direito de não querer mais vê-lo, nem tê-lo por perto, nem saber nada sobre você. Que as pessoas não são iguais e não dão certo, que as pessoas se enganam e se esforçam pra ser quem não são, só pra agradar os outros, que as pessoas não conseguem ficar e fazer coisas básicas, é compreensível, mas que depois de tudo isso, mesmo indo embora, ainda voltam e ficam se fazendo presentes, eu não compreendo. Qual é?!

E, caso ainda não esteja claro, me reservo o direito de dizer, com toda a educação: FODA-SE!

♫ O que eu ganho e o que perco, ninguém precisa saber...

Dos desejos e lições

Eu desejo que na próxima a gente seja mais sincero
Não sincero com os outros, com nós mesmos
Desejo que a gente passe a exercitar hoje tudo que aprendeu até aqui
Que a gente não se auto-engane achando que pode ser quem não é
E mais que a gente não prometa ser quem não é
Mesmo quando fazemos isso sem maldade
Dói em quem acredita, investe e bota fé
Dói se decepcionar, desiludir
Sim a verdade precisa prevalecer, antes tarde que mais tarde ainda
Mas mesmo assim, se a gente não tivesse tentando agradar aos outros o tempo todo
Por mais compreensivo que isso seja
Se a gente não tivesse tentando ser agradável e só fosse natural
Quem sabe o que teria sido...
Eu desejo que a gente consiga admitir, assumir mesmo o que somos e o que queremos
Com toda as nossas convicções
E se o que você quer não for convencional, dane-se, tenha coragem e assuma assim mesmo
Antes de qualquer coisa a gente precisa se amar, se respeitar e saber quem é
Saber até que ponto pode ou não ir
O que consegue ou não mudar, o que acha que pode ou não fazer diferente
Sem auto-engano, só a verdade, a realidade
Sem isso de mentir pra si mesmo
Coragem!

O Renato Russo disse isso nessa música que a Maria Gadú canta:

♫ Fiz questão de esquecer que mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira...


E aí, tem dias que ainda são muito ruins,tem dias que ainda não me conformo e não entendo... Sair desse buraco é trabalho diário e exaustivo. Mas eu vou sair sim e nunca mais vou cair nele... Não desse jeito!

♫ Tudo que eu errei, às águas vão levar...

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Das decisões

É provável que a gente não faça a minima ideia do que as pessoas a nossa volta enfrentam. A gente mal se conhece no fundo. Mas se por acaso você está passando por alguma fase difícil, tentando vencer algum obstáculo, ou já passou por isso em algum momento da sua vida, essa postagem é pra você. É o que eu quero dizer hoje pra mim e para todos que estão na mesma situação que eu, mesmo que de forma diferente. 

Sim, uma hora ou outra você terá que tomar suas próprias decisões e isso vai doer. Com certeza, em algum momento da sua vida você terá que ser adulto, firme, mesmo que seus joelhos estejam tremendo e você não se considere preparado para tal ato. Você vai precisar arrumar forças de algum lugar do seu corpo e da sua mente que você nem sabia que existia pra levantar e mesmo assim, você sabe que virão coisas maiores, piores e mais doloridas do que essa que vive agora, um dia. Não é pessimismo, é só a realidade que a gente não gosta de enfrentar. Ainda assim você vai precisar levantar a cabeça e dizer não, consciente disso! Se negar a cair no mesmo metro, cometer o mesmo erro. Eu não sei como você vai fazer isso, com certeza não tenho uma receita, mas tente ser sincero com você mesmo, se dê um tempo, se olhe no espelho, avalie-se e então abra a boca, erga a cabeça e diga: NÃO ou SIM! Somos totalmente responsáveis por nós mesmos, por nossas escolhas e todos os momentos que vierem, bons ou ruins, serão frutos do que plantamos. E sinto dizer, isso não é clichê! É a mais pura verdade. Seja forte, encare seus fantasmas, seja adulto, enfrente o que vier, faça as coisas com a cabeça no lugar, saiba porque está fazendo, levante-se por você mesmo, depois que conseguir isso, ainda vai doer, você ainda vai chorar, ainda vai ter dúvidas, mas será mais leve, porque você decidiu, compreendeu e se libertou da culpa. Só disse eu entendo, porque entendia e adeus, porque já não podia mais ficar ali. E tudo bem! A gente consegue, eu juro que a gente consegue, não importa o quanto seja difícil, eu tenho certeza que a gente consegue! 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Das preferências

Eu prefiro azul, não que não goste de outras cores
Mas prefiro azul e toda as suas variações
Eu prefiro sem salto ou tênis, mas admiro as mulheres que andam nas alturas
Prefiro estar despenteada, sem maquiagem, de qualquer jeito
Prefiro rock, das baladinhas românticas ao pauleira
Na verdade, eu prefiro música
Prefiro gaita de boca, violão ou bateria
Ah eu prefiro Elvis e a Janis
Prefiro bater o lápis na mesa, o pé no chão e chacoalhar a cabeça
Prefiro fones de ouvido ou música no último volume, pra cantar junto
Prefiro minha cama e meu travesseiro
Pijama fofinho e uma hora no chuveiro
Ah eu prefiro janelas abertas, escancaradas, dias iluminados
Mas também prefiro chuva fraquinha, daquelas que deixam cheiro de terra molhada
Eu prefiro o ar puro, grama, verde, acampamento, praça e parque
Prefiro caminhar, andar de bicicleta e dias quentes
Eu prefiro cachorro
Eu prefiro pular amarelinha ou voar num balão de ar quente
Prefiro força de vontade, com certeza, encarar a vida de frente
Prefiro o otimismo e gente que segue em frente, olha pra cima, sonha, planeja
Eu prefiro fé em Deus, acreditar que algo existe...
Eu prefiro coragem e dizer a verdade, humildade e honestidade
Prefiro defender meus ideais, meus amigos, minha família até o fim
Mas agora eu também tento compreender... Ah eu prefiro a compreensão
Me colocar no lugar do outro, pensar, porque não?!
Eu prefiro ler, poesia, romance, comédia, aventura e suspense
Prefiro uma estante cheia, cheiro de livro novo, bibliotecas, livrarias...
Eu prefiro café e o seu cheiro, antes com leite, agora de qualquer jeito
Prefiro doce, de todos os tipos, a qualquer hora
Mas não dispenso aquela pizza
Na verdade eu prefiro a experiência saborosa da alimentação, independente do prato
Prefiro mesa de bar, cerveja e amigos reunidos
Ah eu com certeza prefiro os amigos, a galera toda, gente feliz, gente que acolhe e abraça
Eu prefiro minha mãe
Meu pai, meus irmãos e minha sobrinha
Prefiro guardar recordações. cartas e boas lembranças
Prefiro baús e gavetas
Eu ainda prefiro ursinho de pelúcia e coleção de caneca
Troco uma noite de balada por filme, sofá e pipoca bem fácil
Prefiro meu sofá e ficar horas na inércia de ver televisão
Eu prefiro ser independente, trabalhadora, boa gente
Prefiro demonstrar sentimentos, abraçar, chorar junto
Prefiro estar presente, fazer parte, me meter mesmo
Prefiro sorriso aberto, abaixo a cara feia
Prefiro ser simpática, cumprimentar todo mundo, sorrir para desconhecidos
Prefiro assim, simples, o bem, a bondade
Prefiro ter esperança
O céu, o sol, praia, cachoeira, noites enluaradas
Prefiro viajar, sozinha ou acompanhada
Prefiro a Irlanda
Conhecer gente, lugares, observar o mundo
Mas também prefiro a estabilidade, meu canto e o meu próprio mundo
Prefiro rádio
Prefiro pagar a vista, mas sempre rola um parcelado
Prefiro ser mão de vaca e consciente
Prefiro correr atrás dos meus sonhos
Estar apaixonada, pela vida, pelas coisas
Prefiro primavera, dias coloridos...
Mas também gosto de cinza
Prefiro andar saltitante e sentir o vento no rosto
Prefiro ficar a vontade, me sentir em casa, ser eu mesma, de verdade
Assim desse jeito que eu sou...
Prefiro tudo isso e muito mais, mas aceito o que vier de bom grado...

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Adaptações

Então, você esqueceu como é ser jovem. Esqueceu completamente como é ser solteiro. Ah depois de 3 anos a gente esquece mesmo. Não devia, porque nesse período você deveria ter continuado sua vida social com seu namorado, não devia porque nesse tempo você deveria ter saído mais com seus amigos, terminado sua pós, cuidado mais de você ao invés de cuidar de vocês dois, mas... Depois desse tempo todo, você não sabe mais ser você mesma, não sabe segurar o copo de cerveja, não sabe como deve agir, não sabe conversar com as pessoas, sem que sejam os amigos de sempre. A gente perde a mão, o jeito, a fala e por um lado é bom. Nunca gostei da bagunça de ser solteiro. Claro, as fases existem, precisamos passar por elas e de certa forma todas são boas, mas...
Qual a alternativa agora? Sim, você não é velha, mas também não é mais uma jovem porra louca. Sim você é solteira, mas com certeza não quer mais aquela vibe de ♫ Eu sou de todo mundo e todo mundo me quer bem... E não se trata nem de querer alguém, é só querer a si mesmo, em primeiro lugar, forte, dona do próprio nariz, consciente dos passos. Eu não sei mais ser solteira, não sou mais tão jovem pra ser solteira como era quando tinha 20 anos. Não quero mais ser solteira daquele jeito. Só quero ser eu mesma. Eu lembro que gostava de ir em festas, de viajar, de ir a todos os shows que pudesse, de acampar, de estar com meus amigos, independente de eles estarem felizes ou tristes, de estarem solteiros ou casados, de estarem sãos ou bêbados. Eu gosto de me sentir a vontade, da liberdade de ser eu mesma, com os meus pudores, com as minhas restrições e com as minhas convicções. Sempre soube até que ponto ir, quando dizer não e a hora de voltar pra casa. Eu não sei mais ser jovem e solteira, porque sou adulta agora. É diferente. Eu vou me adaptar! 

Descobri uma música esses dias, do Train, chama-se Drops Júpiter e fala de alguém que saiu da atmosfera pra se encontrar:

With drops of jupiter in her hair
She acts like summer and walks like rain
Reminds me that there's a time to change
Since the return of her stay on the moon
She listens like spring and she talks like june

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Desconstruir para construir

Quando você está cansada da sua cara no espelho ou da cor da parede, não adianta só passar uma tinta nova por cima. Não adianta só maquiar a situação. Talvez resolva por uns segundos, mas daqui a pouco você vai olhar de novo e não vai gostar do que está vendo. Não muda se não for de dentro pra fora. Nada muda!

Precisa lixar tudo, todas as paredes, ir a fundo naquela rachadura, deixar bem exposta, pra depois quem sabe rebocar de novo, passar uma mão de cal. Tem que tapar os buracos que ficarem pelo caminho, se não a pintura fica feia. E antes de levantar a casa, precisa investir muito na fundação. Dava pra mudar tudo e abrir uma janela na parede, não é?! Quem sabe se a gente quebrasse os muros do quarto? Talvez se a gente se mudasse ou quebrasse a casa inteira e fosse dormir na rua num dia, pra voltar no outro e recomeçar do zero. Como é difícil recomeçar do zero... 

Não canso de me perguntar porque a gente se apoia tanto nos muros alheios e porque eles caem. Não me canso de tentar entender porque a minha cara já não convence, o porque dos meus traumas, meus medos, meus pesadelos, porque dos meus erros tontos, meus dramas, meus defeitos, minhas revoltas, culpas e confusões. Não paro de me perguntar se as minhas mudanças serão permanentes. Não me canso de querer ir embora, fugir, escapar e deixar tudo isso pra trás. De certa forma, eu fico esperando todo dia voltar para o conforto do meu velho quarto, sem ter que sair daqui, sem ter que mexer em nada na casa.

Ah, eu sei que as obras eram necessárias, estava na hora de uma boa reforma, o teto iria desabar de qualquer jeito. Mas quem diria que desconstruir os sonhos seria tão complicado. Sim, depois que tudo estiver pronto e no lugar, novo em folha, vai valer a pena, mas nesses dias em que poeira fica se escondendo pelos cantos, eu preferia nem ter começado. 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Do aprendizado

Quem disse que não se aprende nada?! Quem falou que a revolta é maior que a admiração?! Quanto você pensa que sabe sobre as pessoas a sua volta e quanto sabe de verdade? Geralmente a gente não sabe nada sobre o que se passa no coração e na cabeça das pessoas que conhecemos. As pessoas não postam seus dramas reais nas redes sociais, é chato e ninguém se interessa no fundo. Então começa por aquele velho ditado ou conselho, sei lá: não julgue as pessoas pela capa! Não julgue na verdade, cuide do seu próprio nariz antes de querer cuidar da vida de alguém, sim, isso serve pra mim também. 
Mas vamos ao que interessa, o que eu aprendi nos últimos 3 anos, resumidamente...
* Apesar de não parecer eu sou bem mais realista e sei que a vida não pode ser baseada em filmes de comédia romântica. 
* Aprendi a ouvir o outro lado, mesmo que a minha opinião sobre algum tema não mude, uma discussão saudável amplia nossa mente. Eu brigava no começo, não queria nem ouvir, agora eu ouço e aprendo.
* Tratando-se de relacionamentos vale muito mais uma boa verdade do que um elogio ou uma declaração de amor. Amor por amor não dá certo, precisa lidar com a realidade diária, com os defeitos com os problemas... Sério, eu sei disso agora! Digamos que eu adulteci também no coração agora. Numa próxima oportunidade vou exercitar isso, não precisamos do maior amor do mundo, de toda essa paixão arrebatadora, (não que não seja bom), mas relacionamentos não são baseados nisso. 
* Você pode terminar um relacionamento sem perder a admiração e o respeito pelo outro, isso é possível. Mas pra que você possa se perdoar, se reconstruir vai precisar ficar distante. Não tem problema, leve o tempo que precisar, você já não sente mais mágoa, nem raiva, compreende o ponto de vista da pessoa, se afaste e cuide de você.
* Muitas vezes a gente acha que sabe tudo de tudo. E no fundo não sabe nada, de nada. Aí somos arrogantes e orgulhosos e nos achamos os donos da verdade e que só nós sabemos o que é certo, bom e real e não é assim... Todo ser humano no mundo tem algo a nos ensinar e um motivo pra acreditar nas suas escolhas.
* É necessário se questionar, entrar em conflito com os próprios pensamentos, a gente precisa disso pra crescer. Não dá pra ter aquela velha opinião formada sobre tudo sempre, não é que a gente precise mudar, a gente só precisa saber, entender porque pensa desse jeito, avaliar e analisar tudo de um outro ângulo.
* As pessoas tem direito de ser o que quiserem ser, da forma como quiserem, todas elas, inclusive você!

Essas são só algumas coisas, com o tempo a gente vai reconhecendo muito mais... Amém irmãos!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Da distância

As pessoas realmente tem direito de não gostar de você. Sim, é difícil aceitar isso de começo, a gente fica culpando o outro e se culpando, procurando os erros, tentando entender onde foi que errou, como se fosse assim tão perfeita que não devesse passar por isso. Aí vai passando e a gente vai compreendendo, não é culpa do outro, não é sua culpa também, só não deu, por mais promissor que o relacionamento pudesse parecer, não deu, não tinha compatibilidade suficiente e no fim das contas é isso, as pessoas tem direito de não querer ficar com você! 
Mas tem mais: você também tem o direito de não querer se sentir rejeitado. Aí você se distancia, não é nada pessoal, como o Samuel Rosa disse na música Resposta: ♫ Sem mais eu fico onde estou, prefiro continuar distante... É por você, pra você e nesse momento é só o que sobrou: VOCÊ MESMO! Uma semana de distância real, sem ficar olhando as postagens, sem ficar procurando saber, sem esperar nada e à melhora é significativa. As pessoas tem direto de não querer ficar ao seu lado e você tem o direito de não querer mais estar ali esperando migalhas como um cão magro. A distância faz parte do processo de recuperação. É necessário. Logo tudo voltará realmente ao normal e aí a proximidade não fará mais nenhum tipo de mal. 
Além disso, não se culpe por ser feliz, você também tem direito disso. Não tem um prazo pra recomeçar a vida depois de um pé na bunda, você pode, deve e vai sofrer, mas não fique prologando. Sofra o que tiver que sofrer e recomece mesmo, devagar, sem forçar nada, começa retomando as amizades perdidas, voltando a ser você mesmo, um dia você sai com uns amigos e volta mais cedo, no outro vai e segura o copo pelo lado errado e percebe que não sabe mais ser solteiro e aos poucos você volta a ser só você. Não se culpe por querer recomeçar, por não querer ficar sofrendo chorando em casa. Se puder ser feliz, seja! 

É isso por hoje, continuamos em frente... 







terça-feira, 10 de setembro de 2013

Levantar

Eu só queria dizer que nenhuma situação é permanente, nenhuma. E que hoje você pode estar pra baixo, mas o mundo gira e amanhã tudo será diferente. Não é por maldade também, mas uma hora ou outra a gente levanta daquele tombo dolorido e aí ninguém nos derruba mais. Queria dizer também que as coisas que passaram, já passaram, elas não vão voltar. Já passamos da fase da faculdade, das aventuras noite a dentro e dos rompantes desmedidos. Hoje temos limites, serenidade, maturidade pra levantar dos tombos sem cometer novos erros. Tudo que já passou na nossa vida trouxe algum tipo de aprendizado e no fim das contas foi divertido, mas já passou. Agora estamos limpos e quase novos pra seguir em frente!

domingo, 8 de setembro de 2013

Da força

Essa postagem vai parecer a mais clichê de todas, mas talvez os clichês sejam as maiores verdades já ditas!

Sim, está tudo na sua cabeça. A sua força e a sua fraqueza. Sua coragem e seu medo! É tudo criado por você mesmo. E é por isso que somos nossos maiores inimigos. É difícil ser forte, mas é necessário. Pra quem faz regime, quem quer emagrecer por exemplo, precisa ser forte pra resistir àquele doce, precisa ser forte pra vencer a preguiça e ir para academia. Quem levou um belo de um pé na bunda, precisa ser forte pra não ligar desesperado todos os dias para o ex implorando a volta, é sério! Precisa ser forte para parar de pensar na pessoa e de sonhar coisas incríveis para a vida a dois. Mas também precisa ser forte pra compreender os motivos do outro, para não se sentir magoado e nem ficar com raiva. Precisa ser forte pra não mandar mensagem e seguir em frente sozinho. No trabalho, precisamos ser fortes pra não demorar demais no cafezinho, não querer esganar os colegas e entregar nossos relatórios no prazo. Tudo é disciplina mental, e isso só vem com treino, muito treino, policiar a mente diariamente e controlar nossos impulsos só depende da nossa própria força de vontade. Boa sorte pessoal!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Montanha Russa

É engraçado como a vida da gente muda todo dia. A começar pelo humor, pelos pequenos detalhes. Então uma hora você tá lá em cima, no auge e na outra, despenca em alta velocidade, até chegar bem lá em baixo. Eu confesso que no começo eu gostava mais de altura e arriscava muito mais para estar lá em cima, talvez eu fosse mais destemida. Depois de um tempo eu passei a preferir o equilíbrio e a estabilidade das retas, só por ter pra onde olhar, por saber onde estou, para onde estou indo e aonde quero chegar, com clareza e segurança. Mas conseguir o equilíbrio é quase tão difícil, se não mais, do que estar no alto. De qualquer forma, eu aprendi que estar em baixo também não é tão ruim, a gente cai e cair dói, mas se você caiu pode levantar, ir a luta de novo,  subir degrau por de grau até sair do chão novamente. 
Agora, exatamente agora, eu só quero que esses altos e baixos terminem. Não me importo em ficar no chão, desde que essa bagunça termine, numa hora a euforia e na outra um choro desmedido. Isso causa náuseas e está acabando com meu sistema nervoso. Chega de passeios em montanhas russas! Quero meu equilíbrio de volta, encontrar meu lugar confortável. Chega dessas viagens incontroláveis!



segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Prós e Contras

Como estou num clima mais positivo, apesar da bagunça interna, vou começar pelos prós:

01 - Independência dos sentimentos, atos e humor: uma noite dessas percebi que não é ruim ficar sozinha, o ruim é se acostumar de novo. Depois que passar essa fase de adaptação vai ser mais fácil. Dizem que se a gente repete algo por 30 dias, vira hábito, então estamos quase lá. Entre as vantagens do fim de um relacionamento é que quando as coisas dependem só de você, tudo flui, as coisas acontecem como e na hora em que você quer. Não precisa consultar ninguém, nem saber a quantas anda o humor do outro, é só você e pronto, é até meio egoísta se for pensar assim, mas é melhor. Porque quando você tem alguém, se a pessoa não está bem, automaticamente você também fica mal, e assim por diante. Quando se está sozinho, dane-se! Se você ficar triste, terá que sair dessa sozinho e se estiver feliz também, ninguém tem nada a ver com os seus sentimentos e isso é realmente bom. 
02 - Tranquilidade: parece que a gente fica mais leve. Sério, parece que é mais simples ser sozinho, no auge dos 26 anos a gente já não precisa mais agradar ninguém. Nossos amigos já nos conhecem o suficiente pra saber que somos dramáticos, esquisitos e caretas. E eles não se importam. Não precisamos mais nos encaixar num grupo, fingir que gostamos de balada só pra participar. E aí quando um relacionamento acaba você percebe quantos milhões de coisas você fazia só pra agradar e o quanto isso era pesado. Sim, você pode ser você mesmo, sem medo de ser feliz! E eu não gosto de usar salto, sou careta demais, não gosto mais de bebedeira e nunca gostei de rotina! Amém.
03 - Alta fidelidade: melhor do que se dedicar ao outro é se dedicar a si mesmo. Acho que fui muito relaxada comigo mesma nos últimos 3 anos. Volto a dizer, parece egoísmo, mas não é. E agora vai parecer clichê, mas é verdade, a gente precisa aprender a se amar e a se respeitar primeiro, antes de querer amar outra pessoa. Precisamos ser fiéis e leais a nós mesmos, antes de qualquer outra coisa.
04 - Mudança e recomeço: quando a gente se apaixona faz de tudo pra se adaptar e se moldar a quem está do nosso lado. Essa é a coisa mais errada que você pode fazer! Sério! A gente não pode deixar de ser quem é, é claro que mudamos e evoluímos com o tempo, mas temos que fazer isso por nós mesmos, não "forçados" pra agradar os outros. Aí quando acaba, parece que a gente muda muito, mas não, só estamos voltando a ser nós mesmos, a ser quem éramos e que nunca deveríamos ter deixado de ser. Sejamos mais sinceros na próxima. Quando for conhecer alguém não diga que você curte coisas que não curte só pra se aproximar, não finja que gosta de algo que não gosta, vai fazer mal pra você e pra quem estiver com você. Foi o que eu aprendi! 

Entre os contras, parece que tem bem mais coisas, mas tudo é uma questão de tempo e adaptação:

05 - Ciúmes, obsessão, possessão: quem foi que disse que quando você namora alguém, ama alguém, você se torna dono da pessoa?! Pior, quem disse que a gente continua sendo dono depois que acaba? É horrível mas todas aquelas idiotas que você detestava curtem tudo que o cara posta e você não tem mais nada a ver com isso. Com certeza deve ter um monte de meninas oferecendo colo para o pobrezinho e você realmente não tem nada com isso. A gente fica meio obsessivo, procurando uma migalha da pessoa em cada centímetro da vida, lê as cartas mil vezes, entra no perfil da pessoa todo dia, acha que tudo que ela faz é pra te provocar, etc etc.. Sentir isso, esse ciúme e essa obsessão pela pessoa é enlouquecedor. Mas passa!
06 - Solidão: o telefone nunca mais toca. Você vai segurar vela para muitos e muitos dos seus amigos e por muito tempo. Vai acordar sozinha no domingo. Vai entrar em pânico na balada e quando alguém encostar em você vai fugir e se esconder no banheiro. Quando a correria do trabalho na festa acabar, vai olhar e ver todo mundo se divertindo e constatar que está sozinha. Não é triste, é só real, e no fundo você até prefere estar sozinha. É triste mas a gente acaba constatando o quanto esse lance de conhecer alguém é podre, é pobre! Um monte de gente vai se aproximar de você, com segundas intenções, pra se aproveitar mesmo e isso vai te deixar com raiva. Mas é assim mesmo... O importante é ter consciência dos seus próprios atos e enfrentar isso como um adulto.
07 - Dúvidas e lágrimas: prepare os lencinhos, você vai chorar muito, cada minuto por um motivo diferente. Vai se perguntar onde foi que errou, porque errou, não vai encontrar respostas. Sua família vai dizer que você exagerou, todo mundo vai encontrar uma explicação que não explica nada. Você vai sentir raiva, dele e de você mesma. Vai ficar tão magoada e perdida, como nunca achou que pudesse ficar. Vai se perguntar se era o melhor a ser feito mesmo, mil vezes. Vai se perguntar se ele pensa em você e se te amava mesmo. Vai ter que reconhecer que ele parece mais feliz sem você e vai ter que encarar que mais cedo ou mais tarde teria que acabar mesmo. E uma hora ou outra você vai se perdoar e perdoar ele também e só seguir em frente. Mas é difícil.
08 - As coisas que você queria e que já não sabe se quer: por um lado o que você queria era simples, era só amor e que a pessoa fosse feliz com você, que bastasse e fosse suficiente. Aí você quer esquecer e não quer mais sofrer. Então você pensa que quer ele de volta. E aí pensa que não pode querer isso. Pensa que nunca mais deveria querer ninguém, e em seguida pensa que não quer ficar sozinha pra sempre. Assim, uma bagunça mesmo. 

Moral da história:

É foda pra caralho! Mas vai passar e tudo vai ficar bem! Só isso!

terça-feira, 27 de agosto de 2013

A coragem dos covardes

É preciso muita coragem pra ser covarde
Pra ser honesto e sincero
Eu jamais teria a coragem deles
Mil vezes morrer tentando, do que desistir da luta
Invejo a sensatez e ousadia daqueles que se retiram
Sem ironia

Você precisa ter coragem pra assumir seus erros, mudar ou se doar ao outro
Mas precisa de ainda mais coragem pra dizer: não! Prefiro assim desse jeito...
Você precisa ter força pra encarar a vida e suas dificuldades diárias
Mas é preciso ainda mais força pra não seguir as regras e não se importar em ser do contra

Tem gente que julga e acha feio
Gente que diz que os covardes são fracassados
E que os corajosos triunfarão sobre a terra, até eu já pensei assim
Mas não é verdade, os covardes são muito mais corajosos

Pelo menos eles não mentem
Trabalham só com a verdade e sabem o quanto isso pode doer
Eles não são cruéis, apesar da impiedade com que nos cortam
Estão nos fazendo um bem, nos livrando das ilusões e esperanças
Indo embora quando percebem que não vai dar certo

Os covardes não sonham, eles são realistas
e conseguem viver assim, com tranquilidade
Em mim, causa medo essa "frieza"
E inveja, porque os covardes são claros, objetivos e sinceros
Sem risinhos amarelos, sem ser legal com o mundo
São reais e se você quiser é assim, se não quiser não faz mal

Os covardes são melhores
Porque se aceitam assim e não pretendem agradar ninguém
Os covardes são melhores, eles abandonam as lutas perdidas
Reconhecem que perderam e vão pra casa, em paz

Os covardes são bons, eles nos salvam das mentiras
Nos esbofeteiam com a realidade, nos jogam no chão
E por fim, nos fazem crescer, ser melhores...

Eu prefiro a verdade, mesmo que doa...
Os covardes são mais corajosos!

Tudo bem!

É, a gente já sabe como é... Não é nenhuma novidade, apesar de cada vez ser única e diferente. Apesar de que cada vez as pessoas são diferentes, estão diferentes. Tudo bem! O importante é voltar o olhar pra dentro, procurar aquele caco de vidro, espinho ou fragmento que ficou preso no coração e não deixa a ferida cicatrizar e arrancá-lo. É quase como uma pequena cirurgia, ou quando a gente vai tirar os pontos, mexeu, sangra. É assim, precisa ser assim.

Depois que a gente encontra algum ombro disposto a recolher nossas lágrimas e aquele colo caridoso, onde despejamos toda a nossa mágoa, fica mais fácil e aí tudo bem! É difícil ser colo, ombro e porto, mas existem pessoas, justamente aquelas que a gente não espera, que são e não cobram nada por isso. Às vezes a gente encontra colo num livro, filme ou paisagem. Naquela música tranquila nos fones do ouvido, durante a caminhada de mais de 5 KM. E às vezes os ombros, portos e colos que nos dão, também nos trazem energia e oportunidade pra "perdoar", compreender, esquecer e com certeza, levantar, recomeçar e seguir em frente. Assim, com toda essa redundância mesmo.

No fim e no fundo, é claro que a gente sabe que vai ficar tudo bem. No futuro, isso vai ser mais um fragmento da nossa história, vamos olhar pra trás com saudades e sorrir. Tudo bem...

Queria agradecer àqueles que tem sido meus ombros, colo e porto seguro nesses dias nebulosos, é mais fácil quando tem alguém do lado, é sempre mais fácil quando a gente esquece a mágoa sem motivo, quando paramos de chorar como crianças mimadas e olhamos de outro ângulo, como adultos que somos. É mais fácil quando a gente entende que não foi por mal, só foi... E é mais fácil depois que a gente percebe que não estamos sozinhos, como pensávamos. Tudo bem!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Da realização dos sonhos

Sabe aquela parte do filme em que o protagonista finalmente parou de levar rasteiras da vida e atingiu um objetivo? Aquele momento em que ele finalmente chegou onde queria, venceu a luta, conquistou a mocinha? Nesse momento todo mundo do filme sai na rua cantando e dançando super bem do nada e mesmo que seja só o começo, mesmo que não seja muita coisa, mesmo que não seja nada ainda o protagonista vai andando com a cabeça erguida e aquele sorriso no rosto, numa felicidade de dar inveja mesmo, aí ele descobre que também sabe dançar e cantar super bem.

Então, pode preparar às músicas felizes para hoje às 17 horas!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Convicções

Primeiro fui convencida a entrar
Eu não queria, mas entrei com as minhas próprias pernas e expectativas
Acabei ficando, mais tempo do que imaginava
Fiquei, quis e esperei a realização plena de todas as promessas
Na primeira decepção, me convenci de que era hora de ir embora
Mas novamente fui convencida a ficar
A esperar mais um pouco, onde iria com tanta pressa afinal
Novamente fiquei, por minha conta
No fundo a convicção de que deveria ir embora era maior, mas fiquei
Me deixei enganar tantas vezes mais, quantas foram necessárias
Fui ficando, me convenci de que resolveria tudo

Depois de ser convencida a ficar tantas vezes
passei a acreditar que era o melhor a ser feito
Agora eu não queria mais ir embora
Estava convencida de que tudo iria mudar
Tinha uma crença absurda e uma positividade desmedida
Em querer, em amar, em torcer para que funcionasse
Eu quis, eu fiz todo o possível, eu quis muito

Mas então me convenceram a desistir
Ninguém me obrigou, novamente
Voltamos ao princípio e eu me convenci que estava certa desde o começo
Como pude ser tão cega?!
Tentei em vão convencê-lo de que ainda poderíamos arrumar tudo
Mas ele também se convenceu de que não tinha mais nada a ser feito
Nada a ser dito e apenas garantiu em uma frase o fim: "Eu não consigo..."
Não quis acreditar, briguei, chorei de soluçar e de sentir dores
Pedi que ficasse, disse que aceitaria o que fosse...
Mas fui convencida de que assim era melhor
E por fim acreditei e desacreditei em tudo.

Por minha conta, pelas minhas próprias convicções
Estou convencida de que a culpa não foi minha e que você apenas não quis ficar
Estou convencida de que você não vai voltar e se voltar eu não estarei esperando
Só porque não quero estar!
Estou convencida a parar de esperar ações alheias para tomar minhas próprias atitudes
Me convenci que não fui eu mesma nesse processo todo
E que agora eu só quero ser eu!
Estou convencida de que assim, sozinha, depois de cicatrizar todas as feridas
Você não terá mais acesso ao meu coração e não poderá me convencer de mais nada
E então esterei livre pra ser somente eu e decidir com mais maturidade e atenção
as escolhas que virão!
Serei puramente eu, convicta de que assim realmente é muito melhor!

 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Antes de você

Eu espero que esteja bem, mas às vezes ainda não te desejo nada de bom. Noite passada sonhei que tinha te batido até você ficar com o nariz sangrando e caído no chão, então por isso ainda não podemos nos falar nem ser amigos... Não que isso importe também.

Tô tentando lembrar como eu era antes de te conhecer, antes de você entrar na minha vida. Não é que a culpa seja sua, fiz isso porque quis, mas eu mudei muito pra tentar me moldar a você. Mergulhei tão fundo, me dediquei tanto a nós que esqueci quem eu era, quem eu sou. Não tenho mais amigos, me afastei de todos eles e preciso recomeçar completamente sozinha - isso pra quem não gosta de solidão é bem complicado. Lembro vagamente que eu era uma menina, apaixonada, com um sorriso gigante, com tantos pensamentos positivos e sonhos quanto se pode ter, só faltava abraçar o mundo, fora a cintura - que nunca mais será a mesma.

Não é arrependimento é só raiva por ter sido tudo em vão. Talvez esse tenha sido meu maior erro: deixar de ser eu!

E vejam só onde estou desabafando, é me desculpem, mas não tenho ninguém pra falar sobre essas coisas e ninguém nunca vem aqui mesmo... Enfim, tô tentando não sentir raiva de você e nem achar que você mentiu pra mim e pra você mesmo esse tempo todo, mas tem horas que é inevitável. Não me odeie por escrever tudo isso, eu ainda não quero falar com você ou te ver, às vezes eu só quero que você sofra muitooooo, mas muito, mil vezes mais do que eu agora.


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Oscilações

Não quero mais sentir isso
Não quero mais dias nublados e frios
Eu preferia não sentir nada
Rezo toda noite pra que termine de uma vez, pra que passe
Seria melhor se fosse um curativo sob uma grande ferida
Você precisa arrancá-lo e sabe que vai doer, mas dói só uma vez e passa

Com o coração não é assim...
Parece que nunca mais vai passar, que nunca mais vai parar de doer
Você vive entre picos de tranquilidade, lá em cima
E depressão profunda lá, lá em baixo
Como um elevador com defeito que não sabe pra onde vai
Como um coração com defeito mesmo
Naquelas máquinas de hospitais, oscilando entre estável e defeituoso
Eu não quero mais sentir isso!
Preferia não sentir nada...

Queria apagar tudo, como uma casa em chamas
Que em pouco tempo vira cinzas
Quero que passe logo e que o sol chegue de uma vez
Que a primavera venha e amanheça colorida
Quero a minha vida de volta
O meu coração simples, sorridente e barulhento
Meu controle emocional e minha instabilidade constante
Ter a certeza de que acabou e de que passou

Quero isso, rápido!
Como quando tomamos tequila, queima rapidamente e passa!
Não quero esperar pra ser feliz
Não quero esperar sair dessa
Não quero esperar as cenas do próximo capítulo
Quero sarar, hoje!
Não sentir mais isso ou só não sentir nada...


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Porque os poetas mentem?

Não só os poetas, os compositores, os cineastas, os escritores... porque mentem tanto? Cazuza falou tanto de amor em suas composições, que acho que eu estou com raiva dele agora. Elvis com uma nota de Always On My Mind preenche uma vida. Drummond é o pior deles todos:

"Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?"


Aqueles contos de fada todos, que por mais que você cresça nunca saem de você. Cinderela, Branca de Neve, Rapunzel e até Fiona. Disney, qual é o seu problema?! Crescemos acreditando que existe um príncipe encantado e que se você se esforçar, será recompensado com um final feliz. As revistas disseram durante toda a minha adolescência o que deveria ser feito pra "conquistar o gato". Todo mundo sempre teve um conselho para a sua vida amorosa e sempre deu tudo errado. A verdade é: os poetas mentem!

A questão é: porque? Porque eles mentem? Não acho que façam de propósito, talvez escrevam o que sintam e sentimento não é concreto, não pode ter sentido e explicação. Mas porque, até depois de adulto, a gente acredita?

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Dos direitos e liberdades de cada um

Entre todas as coisas ruins que existem no mundo acho que uma das piores deve ser não poder ser quem você é. Ser obrigado a ser o que não quer. Ficar onde não se quer estar. Fazer coisas que não são da sua vontade. Tive sorte de nascer na minha família e ter a mãe que eu tenho e assim ter tido a liberdade de fazer minhas próprias escolhas. Foi dessa forma que aprendi que não podemos impor nossa vontade aos demais, nem julgar os outros por serem diferentes e exatamente por isso, aprendi que não somos donos de ninguém e não podemos condená-los a infelicidade de viver uma vida que não querem, nem obrigá-los a ficarem onde não querem estar. Foi por isso tudo que eu aprendi que cada um é livre pra ser o que quiser e mudar de ideia quantas vezes forem necessário. Então, eu compreendo e fico contente em dizer que se você não é feliz onde está, com quem está ou com o que está fazendo, você tem todo direito de mudar, de voltar atrás e de ser só o que quiser ser. Fico feliz em dizer: fique a vontade, você pode fazer o que você quiser, ir para onde quiser, fazer só e exatamente aquilo que quiser. Ninguém é obrigado a crescer, nem tão pouco a amar, a ter compromissos e responsabilidades. É a escolha de cada um! E ninguém é obrigado a querer as mesmas coisas que você.

Mudar é sempre complicado e dolorido, mas se pesa mais que o necessário, se fica muito difícil de seguir em frente, então talvez você não precise mudar e comece a perceber que não quer! Se for isso, garanto, você tem todo direito de não querer mudar, a escolha é sua e de mais ninguém. A escolha é tão sua que as consequências dela também são suas. Então se você não quer mudar, crescer ou ter compromissos na vida, tudo bem você tem esse direito e ninguém vai te julgar por isso, mas não seja mimado e aprenda que pra se ter alguma coisa na vida, é preciso perder alguma outra. Aceite os fatos e as consequências dos seus atos, sua falta de atos ou suas escolhas e tente compreender os direitos dos outros também.

O que é verdade pra mim, pode não ser pra você e vice-versa! Nós somos consequência das escolhas do mundo. Um dia seus pais escolheram um ao outro, escolheram se casar, escolheram fazer sexo e você foi a consequência dessas escolhas. Então, até uma certa idade seu poder de escolha é meio nulo, porque você ainda é uma consequência. Mas a gente já começa a escolher sorvete ao invés de fruta, um brinquedo novo ao invés de roupas. Uma tarde livre ao invés da aula. Até que um dia você começa a tomar as suas próprias decisões pra valer e fazer suas próprias escolhas. Você vai carregar muitas influências com você, é claro, mas a escolha final é sempre sua!

Seus pais te disseram pra não usar drogas, mas a escolha é sua. Sua mãe disse que você precisava arrumar um emprego e ser um advogado, mas a escolha é sua. Seu chefe disse pra você votar no PT, mas a escolha é sua. Sua mãe disse pra você não transar com o primeiro idiota que aparecer, a escolha ainda é sua... e por aí vai!

Boa sorte nas suas escolhas, cuide bem delas, são suas!

Minhas escolhas não são melhores que as de ninguém, mas eu não quero sentar no trono de um apartamento, com a boca escancarada cheia de dentes e esperar a morte chegar, desculpem, eu quero mais, sempre!

De qualquer forma, faz o que tu queres ah de ser tudo da lei... ;)  


domingo, 11 de agosto de 2013

De como seguir em frente (Nº "Já perdi a conta" ou "Outra Vez")

É claro que eu gostaria que fosse simples: terminar um relacionamento e seguir em frente, como se nada tivesse acontecido. Seria ótimo, não?! Sem mágoas, sem brigas, sem raiva. Não precisar se afastar dos lugares que vocês iam, nem deixar as pessoas que você conheceu pra lá, nem esquecer das músicas, apelidos, cheiros, toques, não precisar apagar as fotos, não sentir falta, não sentir nada, como se nada tivesse existido. Seria bom se fosse simples, como apertar um botão de uma máquina, "delete!". Seria bem simples se a gente pudesse só terminar, sem sofrer pelo buraco que a pessoa deixa na vida da gente, sem precisar esquecer, sem precisar realmente deixar a pessoa ir. Mas na real não é assim...
Ahhh, eu queria muito ligar e contar todas as novidades, chorar minhas mágoas, desabafar sobre toda a minha falta de sorte no amor, discutir os motivos que faz uma pessoa te amar tanto e não conseguir ficar com você. Queria mostrar o caderno em que escrevo todas as noites antes de dormir, que falam dia após dia como tem sido minha vida sem você. Queria falar tudo que tem acontecido, como tenho vivido, confessar meus pensamentos, meus sonhos, as coisas que me distraem e me deixam empolgada enquanto meu coração tenta neutralizar a dor e se recuperar de mais uma rachadura, a maior, mais profunda e insistente até hoje. Mas, não é assim que funciona.
Se você vai continuar com a pessoa inteira na sua vida, com tudo de bom que ela tinha, não tem porque terminar, né?! Se você vai falar com ela todos os dias, numa boa, se você poderá contar com ela, trocar figurinhas, não faz sentido acabar, certo?! Queria que fosse simples, mas não é! Não é fácil esquecer alguém que se quis tanto. Não é simples desconstruir os sonhos, se conformar, se convencer de que vai ser melhor assim. "Mas não precisa nada disso", alguém vai dizer... Experimenta seguir em frente sozinho, com o coração cheio de mágoa, saudade e lembranças. A gente afunda, morre sufocado, não sai do lugar! Chega um momento que você já não aguenta mais explicar porque acabou e contar a mesma história pela nonagésima vez. Dizer para as pessoas "Não se preocupe, eu vou ficar bem, vai ser melhor assim..." Convencer seus pais, irmãos e amigos de que ninguém teve culpa e ainda tentar poupá-los de mais um fim. Tentar se convencer de que fez todo o possível e de que a culpa realmente não foi sua. Parar de procurar as falhas, os motivos bobos pra tanta mágoa. É muito difícil!  
Óbvio que sara, óbvio que a gente sobrevive, sim, isso passa. Mas demora e dói todo dia até passar. Não é drama. Acho que do quinto dia em diante a gente para de chorar. Depois que passa a raiva é melhor. Vai acalmando tudo. Mas precisa de silêncio, de espaço e de distância. Não, ainda não dá pra ver, pra ouvir e falar de novo. Vai mais um tempo. Às vezes parece que a gente nunca mais vai querer ver a pessoa outra vez, nunca mais vai conseguir conversar. Mas no fundo a gente sabe que uma hora ou outra cicatriza. 
A gente não pode se apoiar um no outro pra sair dessa. Estamos sozinhos e infelizmente, é desse jeito. Não dá pra seguir em frente magoado, triste ou com raiva. A gente precisa curar o coração primeiro, se fortalecer, limpar a casa, tirar todos os destroços do quarto, se reconstruir e então começar de novo, do zero. 

Vai ficar tudo bem é só deixar o tempo e o silêncio agirem...

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Adultices (Parte 2)

Em 2010 eu escrevi um texto sobre uma ida ao mercado, na qual eu comprava meu próprio sabão em pó, foi muito legal, pode relembrar aqui: http://migre.me/fHyH4


Nessa mesma linha, sai da independência do sabão em pó. Hoje devo ter pelo menos uns 10 produtos independentes. Divido um apê com duas meninas, então a TV não é tão independente, nem o chuveiro ou a máquina de lavar. Mas estamos muito perto disso.

Num desses outros dias empolgantes, fui à uma loja de materiais de construção:
Então, um dia você cresce. Um dia você cresce, arruma suas coisas e decide morar em outra cidade. Aluga um apartamento, instala luz e água no seu nome, paga condomínio e faz compras no mercado todo mês. Ninguém mais vai lavar a louça, tirar o lixo ou cozinhar pra você. Não, ninguém mais vai te chamar pra levantar, definitivamente! E quando o cano estourar, ninguém vai arrumar pra você. Quando o chuveiro queimar, quando a chave quebrar e quando chover muito forte, você precisa se cuidar sozinha. E você consegue, vejam só, não é tão difícil. 

Mas aí, depois de tudo isso, você já tem um bom FGTS, uma grana na poupança, nenhuma outra divida, a moto tá paga, o nome tá limpo, pronto, acho que tá na hora de comprar uma casa. Você começa a procurar, se estressa, visita uns 20 imóveis, não acha, acha que nunca vai encontrar e um belo dia você encontra, sua mãe vê e gosta, mas quem decide é você. E você decidiu, assinou um papel e pronto. Sente-se inteligente, madura e responsável, mais independente ainda. Para em frente a todas as lojas de móveis que vê e fica sonhando. E aí chega o dia em que você vai até a loja de materiais de construção escolher o seu piso, para a sua casa! 

Você entra, arrumadinha pra passar aquele ar de que sabe o que está fazendo, cumprimenta o vendedor com a mão firme e o enche de perguntas coerentes. Ele te mostra um, te mostra outro, você finge que sabe tudo que ele tá falando e sorri, mas não sabe o que fazer. Liga pra mãe disfarçadamente, liga pra irmã, mas ninguém pode ajudar, é uma escolha sua, assim como todas as outras. No fim das contas você sabe o que é pastilha de vidro, argamassa, rejunte e porque vai precisar de uma peça de granito na saída do banheiro. Sabe e decidiu sozinha. O banheiro vai ficar lindo! Fecha o negócio, paga em três vezes no cartão de crédito e sai cantarolando da loja, sentindo muito orgulho de si mesma e pensando: "quando foi que eu cresci tanto?!" 

Adultecer continua sendo complicado em muitos outros aspectos, às vezes tenho medo de me arrepender de uma coisa ou outra. Acho que eu não queria errar, sabe?! Nem na cor do piso, nem em nada na vida. Mas todos nós estamos sujeitos a isso. Se estiver errado, depois a gente arranca tudo e troca, muda, arruma! Ando feliz com esses passos tão adultos e seguros. Em breve eles serão mais largos, com direito a minha própria vista na janela! 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Será que um dia a gente aprende?

Nisso de se jogar de cabeça em todo buraco que aparece, a gente vive quebrando a cara. Não adianta, tem gente que te ama pelo que você é, com todos os seus defeitos e fica do seu lado independente das circunstâncias e tem gente que não. Óbvio que ninguém tem culpa de não conseguir, de não querer e ninguém é obrigado a viver uma vida infeliz, mas né?! A gente podia pelo menos perceber que não queria sei lá, no primeiro mês! 

Voltamos aos ditados populares: errar é humano, repetir o mesmo erro é caso de internação. Sei lá, será que um dia a gente aprende? Será que um dia a gente acerta? Será que um dia a gente para de ser coração mole e dar chance pra tanta mágoa acontecer? Tomara que sim, já está mais do que na hora de saber isso só de olhar! Está tudo bem mais claro agora. Quando a gente quer, quer, quando não quer, não quer! Mas chega desse papo, como sempre, vamos em frente e por favor, por favor, mais atenção na próxima!


♫ Eu sempre quis fazer você feliz
Às vezes me deixava pra outra hora 
Eu sempre quis falar o que eu sentia 
Mas dessa vez foi o silêncio que falou por mim
Eu sempre me esforcei pra te incentivar
Tua falta de caminho me detinha a intenção
Eu sempre te deixei bem à vontade
Mas tua falta de vontade me desmotivou
Eu sempre acreditei muito em nós dois
Primeiro em você, depois em mim... Éramos nós
Eu sempre quis fazer a minha parte
Mas você não faz mais parte da metade de nós dois
...
E quanto vale o tempo todo que vivemos
Correndo atrás dos sonhos pra viver só de amor?
E quanto a gente paga pelos sonhos que deixou?