sábado, 28 de março de 2009

Manhê

Todos os filhos dormem melhor quando sabem que suas mães estão em casa!
Eu fico dividida entre a paz do silêncio e a solidão do medo.
Confesso a falta dela
Mesmo que só tenha passado um dia
Tudo fica empoeirado dentro daquela casa vazia
Nada tem graça
Tenho medo do escuro e não consigo dormir
Volto a ser criança e quero a minha mãe!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Reforçando

Já disse isso antes, mas só pra reforçar:

O universo conspira à nosso favor! Nada acontece por acaso.

segunda-feira, 23 de março de 2009

O que passou, passou!

Apesar de muitas pessoas terem a estranha mania de se torturar - revirar gavetas, agendas, caixas de mensagens em busca de uma lembrança qualquer que possa confortar a alma - certas coisas não podem ser revividas.

A inutilidade dessa tortura é tão grande que o melhor que se pode fazer é simplesmente apagar tudo de uma vez. Não deixar nada para depois. Nenhum vestígio do que já passou. Por mais que possamos nos arrepender, quando o vício e os traumas da abstinência nos fazem bagunçar o quarto todo atrás daquela foto, é necessário compreender que o melhor é se desapegar do concreto e do abstrato. Por mais que nos atiremos em prantos aos travesseiros ao descobrirmos que não existe mais nada, nem o gosto do beijo, tão pouco a cor dos olhos. É o melhor que podemos fazer por nós mesmos.

Há sensações que não podem ser revividas! Nem seria justo. Aprender com o passado? Reavaliar erros e acertos? Sim, claro! Sentir saudades? Às vezes. Porque não? Não se pode fingir que nada aconteceu. Entretanto, se torturar e procurar matar dentro de si um sentimento presente com uma sensação do passado, isso é se auto-iludir, é inútil e irresponsável. Bom mesmo é deixar pra trás o que já passou, viver o agora exatamente como é e não questionar o futuro. Quem sabe o que virá? O que ficou pra trás, já foi. Não há concertos, nem culpados. Há só uma gaveta cheia aprendizado. Isso basta!




Ainda não encontrei o que estou procurando

I have climbed the highest mountains
I have run through the fields
Only to be with you

I have run I have crawled
I have scaled these city walls
Only to be with you

But I still haven't found
What I'm looking for

I have kissed honey lips
Felt the healing in her fingertips
It burned like fire
This burning desire

I have spoke with the tongue of angels
I have held the hand of the devil
It was warm in the night
I was cold as a stone

I believe in the Kingdom Come
Then all the colours will bleed into one
But yes I'm still running

You broke the bonds and you loosed the chains
You carried the cross
And my shame
You know I believe it

sexta-feira, 20 de março de 2009

Dicas para viver melhor

Viva um dia de cada vez

Recomeçe, a cada amanhecer e sempre que possível

Faça tudo hoje, não deixe nada pra amanhã. Não sabemos se o teremos e amanhã pode ser tarde

Entretanto, faça somente o que está ao seu alcance. A dica acima é importante para nos lembrar de não perder tempo, não para nos matar e estressar.

Não se preocupe tanto

Não se culpe tanto

quinta-feira, 19 de março de 2009

Reclames

Cuidado com seus desejos, eles podem se tornar realidade.
( Não sei quem disse isso, mas é realmente verdade).
Nós somos muito estranhos.
Quanto mais dormimos mais temos sono.
Quanto mais ganhamos, mais gastamos.
Queremos amor! Quando ele chega queremos liberdade.
Queremos crescer, mudar, melhorar. Aí uma nova oportunidade surge e temos medo, reclamamos do trabalho e de não termos tempo livre.
Quando temos tempo livre reclamamos que não estamos fazendo nada.
Reclamamos da mãe, do pai e do passarinho, mas quando vamos embora queremos voltar.
Se chove, queremos sol.
Se tem calor, queremos frio.
Se moramos na cidade, queremos uma casa no campo.
Se moramos no campo queremos a cidade.
Quando temos oito anos queremos ser adultos.
Quando temos 25 queremos voltar a ter 10 anos.
Não dá pra entender.
Deus deve tá de saco cheio da gente.
Não sabemos o que queremos, somos tão egoístas e insaciáveis.
Será que nunca vai estar tudo bem????
Sabe, só bem, sem reclamações???
E veja só, o que estou fazendo?
Reclamando! Pior, reclamando das reclamações...
Esse é o principal dom da humanidade.
O dom de nunca estar feliz e sempre descontente com alguma coisa!
E porque?

terça-feira, 17 de março de 2009

Querer

No fundo, nós queremos o que todo mundo quer!
Não é estranho?
Querer, o que todo mundo quer?
Aí não sabemos mais e queremos mais
Queremos diferente, complicado.
Acabamos não querendo
Ou querendo nada.
Só sei que eu quero!
Aquilo que todo mundo pode querer
Que ninguém diz
Mas todo mundo quer
Um bem querer
Um bem me quer

segunda-feira, 16 de março de 2009

O amor envelheceu

Dos 12 para os 22 anos muitas coisas mudaram. Entretanto só agora me dei conta de que o amor também envelheceu. É estranho. Não sou nenhuma expert no assunto, inclusive, sou a mais leiga, mas ainda assim arrisco. Lembro de me apaixonar com extrema facilidade na adolescência. De não escolher tanto. De chorar por pirralhos medonhos. De ter um primeiro amor no prézinho. Lembro que beijei de olhos abertos na primeira vez. Lembro que me comportava como um menino. Não queria competir com as outras meninas. Queria que gostassem de mim pelo que eu era. Era boba, insegura e ciumenta. Achava que iria me casar com meu primeiro namorado.
Mas também lembro que sempre parecia ser pra sempre. Que inúmeras vezes eu planejei meu casamento, os nomes dos meus filhos e qual seria a cor da cozinha. Lembro que eu me entregava ao meus romances. Acreditava neles! Não me importava qual seria o desfecho. Eu sentia mesmo. Era tudo bem mais simples, mais ingênuo. Também era intenso e estressante, mas relativamente mais fácil e verdadeiro. Era só fechar os olhos e deixar o corpo ir.

Agora é tão diferente. Bem mais difícil se apaixonar. Os critérios de escolha também aumentaram. Não tem mais essa de planejar o futuro, até que se prove o contrário tudo pode acabar na mesma noite. Não tem mais aquele brilho nos olhos e a ingenuidade. Agora é tudo muito mais fisíca, sexo, imagem. Infelizmente. Somos naturalmente mais compreensivos e inteligentes quando crescemos e não há como cair nas conversas que tentam passar.
Não lembro mais como é sentir. Talvez a culpa seja minha. Mas é tudo tão óbvio, tão certo, tão real que parece impossível se entregar, se iludir ou sonhar no estilo apaixonada. Não é sentir falta, mas medo de nunca mais sentir. De não acreditar mais no amor. De estar amadurecendo e percebendo que o amor pode ser mais prático, mais palpável. Não aquela coisa maluca da 5ª série.
Enfim, será que é assim que termina? Pessoas vazias de sentimentos, objetivas, realistas e sem o brilho nos olhos? O amor amadurece mesmo? Ou continuamos sendo bobos, inseguros e apaixonados pra sempre? Ao mesmo tempo em que acho que o amor pode ser mais maduro sem deixar de ser amor, penso que quanto mais envelhece, mais chato, mais egoísta e sozinho fica. Como é o amor pra quem já creceu? O amor não tem mesmo idade?

Segunda-feira

Um dia todos os relógios do mundo quebraram e já não existiam mais horas. Ah! como era bom. Não tinha mais despertador às 5 da manhã. Não tinha mais hora para chegar ao trabalho. Nem pra almoçar. Éramos livres para ir e vir como bem entendessemos. Não tinha hora pra começar a aula de inglês, nem para chegar a academia. Não precisava mais cumprir 8 horas de trabalho e 44 semanais. Tampouco estudar tantas horas por dia. Nunca mais contar os minutos que faltavam para acabar o dia, para sexta-feira. Nem importavam os minutos perdidos no trânsito ou numa discussão. Acabou!
Agora era a liberdade de não ter mais horário pra nada. Era a certeza do pijama a hora que quiséssemos. Era poder se espreguiçar a vontade e prolongar aqueles 5 minutinhos. Era dia de celebrar a preguiça. Era a calma e a leveza de um sorriso e um abraço em si mesmo e no seus amados antes de sair de casa. Era lindo... Mas aí o relógio despertou pela 5ª vez, avisando que era o prazo final para ficar na cama e me disse com um terror irônico: "Sem mim, seria o caos. Acorde! Vá trabalhar e pare de sonhar bobagens".

quinta-feira, 12 de março de 2009

O que se aprende com a crise

Em algum momento da vida devo ter lido que o importante não são os momentos difíceis, mas as lições que aprendemos com eles. Acredito nisso. Tenho certeza que podemos superar milhares de dias ruins e que não há dia ruim que não termine. Sei que tempestades sempre existirão e certamente o sol brilhará novamente de manhã. Também acredito na Lei de Marphy, mas isso já é outra história.
Você deve estar pensando que isso é discurso pra boi dormir e no quanto estou sendo hipócrita. Calma, já você me crítica. Sim, é fácil falar que o sol vai brilhar amanhã, é muito simples dizer que tudo vai dar certo, que as coisas vão melhorar e etc, agora explica isso pra alguém à bera de um ataque de nervos. Ela não vai entender, não vai acreditar e, é bem provável, que mande você para aquele lugar. Entretanto, depois que o sol realmente volta a brilhar nos deparamos com várias lições, coisas que aprendemos até sobre nós mesmos.
Bem, após uma série de estudos realizada por nossos pesquisadores, temos a honra de apresentar os resultados da última grande quebra da bolsa de valores, do desabamento das Torres Gêmeas, da Crise Mundial vivida por ninguém mais, ninguém menos que, EU.
O que se tira da crise? O que você aprende quando tá ferrado?
Que sempre haverá com quem contar. Que de fato não estamos sozinhos. Que aqueles que tínhamos certeza que estariam ao nosso lado podem nos descepcionar e quem nem sonhávamos que poderia nos estender a mão, pode nos surpreender quando corre a nos socorrer.
Aprende, que falamos muitas coisas quando estamos com raiva. Palavras que saem sem sentir e que certamente magoam. Que nos arrependemos de ter ficado com raiva, ter magoado e até de ter falado. Que temos capacidade de sobra para achar culpados e fazer julgamentos desncessários.
Reconhecemos que exageramos, mas nunca deixamos de exagerar. Reconhecemos que as vezes fazemos tempestade em copo d'água. Chegamos ao limite, chutamos o balde, viramos a casaca, largamos tudo, choramos feitos desesperados, decidimos ir embora, sumir, morrer, nos arrependemos no miuto seguinte mas continuamos querendo ir embora. E aí que descobrimos que rodar a baiana pode ser uma boa estratégia para que percebam a nossa existência.
Descobrimos que não existem segredos, por isso espalhar boatos é a coisa mais fácil do mundo. Concluímos que nossos chefes tem o dom de falar qualquer coisa para nos acalmar, mesmo sendo a maior mentira do mundo e, vemos que eles acreditam realmente que nós acreditamos neles.
Mas o mais impotante, confirmamos todas as teorias descritas num texto atríbuido à William Shakeaspare e temos enfim certeza de que o sol realmente brilha depois da tempestade e que cada vez que nós achamos que não podemos mais, podemos mais um pouco. Nós realmente podemos vencer batalhas "invencíveis", mesmo sendo impacientes, arrogantes e dramáticos, nós podemos! As melhores oportunidades surgem em meio à crises e nós podemos muitos mais depois de superar um dia difícil!

After the rain, the sun...

10 Dicas do Professor Marins para Viver com Entusiasmo!
  • Afaste-se de pessoas e fatos negativos;
  • Acredite em você. Valorize suas idéias e intuições;
  • Não reclame. Não fale mal dos outros;
  • Cultive o bom humor, o sorriso, a alegria de viver;
  • Não fique parado. Tenha uma atitude de aprender sempre;
  • Coopere. Participe. Ajude. Estenda sua mão aos outros;
  • Comprometa-se. Faça mais do que esperam de você;
  • Preste atenção aos detalhes: o detalhe faz a diferença;
  • Cuide-se. Goste de sua imagem. Invista em você;
  • Não chore. Mude a realidade. Aja!

Verbo da semana: Surpreender!

Eu vou! Por que não?

domingo, 8 de março de 2009

Janela de (vários) dias... estressantes

E, quando menos se espera o seu horóscopo acerta: Atenção cancerianos, finanças em momento crítico (jura, quase nem percebi), você que já saboreou esse gosto acre em passado recente, aliás(Parece que eles realmente sabem que eu ganhava uma miséria e tava no SPC ano passado). Seu íntimo anda distraído com outras coisas, mas deveria cuidar mais do aspecto material de sua vida, por exemplo, cobrando quem lhe deve (Pode apostar, amanhã mesmo aquele FDP que me ferrou com meu chefe e me deve até a família vai se ver comigo). Combata nervosismo e insônia (Bem isso vai ser um pouco difícil, mas eu vou tentar, como vocês sabem que eu tô a ponto de matar alguém e que não durmo bem a dias?)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Terrorismo puro!

Algumas pessoas simplesmente não nasceram para algumas coisas. Não pode ser tão difícil aceitar isso. Confesso, sou uma negação para cozinhar. É assustador, como as pessoas conseguem? É arriscado demais. Ovos, leite, trigo, fermento, amassa daqui, dali e, meia hora depois, "cabum" o pão não cresce. É muita pressão terrorismo puro...
Se pilotar o fogão é difícil, pense como é dirigir um carro. A gente pode matar pessoas com carros sabia. Se o mundo fosse uma planíce e não tivéssimos subidas e descidas eu dirigiria super bem. Mas não. Tem curva, subida, descida, preferencial e cabum eu apago o carro nos piores cruzamentos. Gente, vou continuar tentando, mas confesso, não nasci pra isso. Quem foi o imbecil que disse que a mulher de hoje tem que saber fazer tudo?

E o que virá...

Estamos então todos perdidos. Sem saber pra onde ir e porque ir. A todo e qualquer momento queremos voltar pra onde tudo era simples, aonde só as certezas ou o "dar de ombros" habitava. Foi tão intenso e parecia que nunca acabria. Ninguém se preocupava com o depois. Tanto fazia. Acho que nunca fomos tão felizes. Mesmo com todos os problemas e crises daqueles dias, era simples. Estavamos fazendo alguma coisa, era importante, sabíamos aonde estavamos, porque estavamos e aonde queríamos chegar.
Aí nós chegamos. De repente todas as certezas se foram e ficamos desesperados. Eu fiquei! A viagem só tinha sido programada até ali. Não sabia mais onde estava, nem o que queria, se quer, porque viajava. O que eu buscava se a busca tinha terminado? Completamente sem rumo perdi os sonhos e tive medo de continuar, medo de não saber o que estava fazendo e me perder ainda mais. Fiquei parada, chorando, um tempão ali sozinha, sem documento, sem grana e com fome. Aí me odiei por estar parada, como eu podia parar? No instante seguinte quis me perdoar dizendo que alguma coisa iria aparecer, tentei me convencer de que tudo ficaria bem, que eu era otimista o bastante pra acreditar que tudo cairia do céu. Mas não. Não tive paciência para esperar. Nem coragem para continuar me iludindo. Aí entrei em pânico de novo e depois tive raiva por estar em pânico. Se seguiram séries de loucura e lucidez por horas ali.
Num desses instantes de loucura tive saudade de tudo quanto havia naqueles dias, naquela certeza, naquelas pessoas. Quis voltar desesperadamente! Acreditava que o único ponto de felicidade que teria na vida estava no que já tinha vivido. Depois disso, no meu melhor instante de lucidez me perguntei: Mas e o que virá? Não importa? E tudo que ainda pode acontecer? E os outros sonhos? Acabou mesmo? Vai se condenar a ficar pra sempre no mesmo metro? E o resto do mundo? As viagens? Outras pessoas? Culturas, momentos? Como pode desistir de tudo isso e ficar aí chorando desesperada como se nada mais existisse... E o que virá?
Então tudo se acalmou. Conitnuei parada, mas agora estava concentrada, pensativa, olhando o mapa, buscando um caminho, uma nova certeza. Devagar eu a encontraria. O que virá, não nos pertence. Sinto que há algo bom nos esperando, mas que só chegaremos a isso caminhando. Como numa novela. O autor já escreveu a história, mas os personagens só tem um final feliz passando por todas as outras cenas antes. Nada acontece por acaso!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Aquilo que sempre me falta

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára...

Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...

Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...

O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

Será que é tempo
Que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo
Prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...

Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...

A vida não pára!...
A vida é tão rara!...

Paciência by Lenine

Constatações diversas

Eu o mandei embora, mas ele insiste em voltar...

Crise existencial da braba!

Nada mais tem sentido...

Acho que eu preciso voltar pra escola. Parece que lá eu era tão feliz...

Eu tô tentando, de verdade!

Depois do fim o que vem?

Quando a vida vai mudar, dar aquele salto que a gente sonha desde sempre?

Acho que eu sonhei alto demais...

De fato, a vida é meio vazia, não há aquele grande motivo

Então?

Nos contentamos com a monotomia do dia, com as futilidades, com qualquer coisinha...

Não é o que eu quero!

Nem sei mais...


terça-feira, 3 de março de 2009

Esqueci de perguntar

Mãe, matei meu Drama!

Drama era um cara legal, nunca me deixava, nem quando eu estava de TPM e ninguém queria estar perto de mim. Eu até gostava dele. No fundo ele era interessante, dava uma dose mais pesada pra vida. Como se deixasse as coisas mais profundas, sérias. As pessoas também precisam de seriedade, oras. O problema é que ele se apaixonou por mim de uma maneira que não pude suportar.
Vivemos vários anos juntos. Nos amavamos, éramos felizes, eu e meu Drama. Até minha mãe gostava dele. Incrível. Acho que essa coisa de gostar de drama, era de família. Até onde lembro, todo mundo lá em casa gostava de um bom drama. Crescemos em meio a vários e ouvíamos quase todo dia o drama de alguém. Drama era o que havia.

Entretanto, seu amor por mim era tanto que me fazia mal. Eu não podia mais suportar toda aquela tristeza e choramingação. Queria ficar sozinha um pouco. Respirar... Então, resolvi dar um basta na situação. Chamei-o para uma conversa e, sem nenhum drama, disse: Não dá mais, quero o divórcio! Ele desolado, fez um escândalo, se atirou ao chão, chorou, esperniou, pegou uma faca e ameaçou se matar, disse que não saberia viver sem mim, me acusou, disse que eu não saberia viver sem ele, disse que me mataria, perguntou se tinha outro, falou por horas. Chorou dez vezes mais.

Depois de toda aquela cena, desisti e tentei acalmá-lo dizendo que tudo ficaria bem, que daríamos um jeito e que eu não o deixaria. Aí, o levei pra casa, fiz cafuné até ele pegar no sono. Peguei minhas malas e espalhei gasolina pela casa toda. Antes de sair porta a fora, dei um beijo de adeus dizendo "Meu Drama, amo-te, mas não podia continuar assim, me perdoe". Da janela risquei um fósforo e fui embora. Chega de drama! Agora quero uma comédia.

Janela de um dia.... estressante

Tem dias que eu odeio esse blog. Apesar de gostar, por se tratar de um espaço para desabafar e desbaratinar, sinto que poderia estar fazendo algo mais importante do que só jogar a minha vida no mundo virtual. Quem quer saber?
É tão idiota, não escrevo nada de interessante. Ninguém quer nada disso. Lembro de estudar na faculdade sobre produzir conteúdo inútil... É só pra confundir mais as pessoas. Gerar um amontoado de lixo para congestionar ainda mais o meio. Quero ser útil, porra!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Amanhã

O que será do amanhã?
Responda quem puder
O que irá me acontecer?
O meu destino será
Como Deus quiser

domingo, 1 de março de 2009

Janelas do Dia... Conjugal

Cada um é cada um

Todos são únicos. Cada um é cada um. É fácil ser um. Acaba que parece que o mundo gira ao redor do nosso umbigo. Então, quero falar de mim, você quer falar de você e ninguém presta atenção em nada e tão pouco acredita que o problema do outro seja pior ou mais importante que o próprio. Mas não somos egoístas. Longe disso. Nós?! Nunca.

Só que ás vezes ninguém aguenta escutar as já tão manjadas choradeiras. Aí é fácil enteder porque o silêncio enquanto o outro fala. Devem estar pensando: "De novo essa história? Aí o que será que eu vou vestir amanhã?" Nada demais e até compreensivo. Estamo tão ocupados com nós mesmos que é difícil querer entender o outro. Alguns ficam em silêncio, outros se irritam e tem aqueles que tentam resolver o que quer que seja a todo custo, porque se sentem responsáveis pela felicidade do outro. Só que não é assim. No fundo as pessoas só querem falar, nem precisam ser ouvidas em alguns casos. Mas por pra fora faz parte. Por isso é natural falar sozinho!

Não se trata de "Ninguém me dá atenção" ou "Não conto nada a ninguém porque não quero incomodar". Mas de se auto-avaliar. Será que as nossas reclamações são dgnas de serem reclamadas? Se não nos dermos conta disso, sufocaremos nossos amigos com uma enxurrada de pessimismo e palavras tortas. Eles se preocupam, mas ninguém é obrigado a ouvir nossos dramas à qualquer segundo. Se não estivermos mais disponíveis a ouvir e a falar coisas relativamente importantes, estaremos fadados àquele velho ditado popular: Cada um por si e (talvez) Deus por todos.