sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Só saúde e sorte...

Quem diria que esse ano terminaria assim, não é?! Quantas coisas foram necessárias para que chegássemos até aqui?! E então, como foi pra você? Mais motivos pra sorrir ou pra chorar? Quantas pessoas novas você conheceu? Quantas foram embora? Quantos amigos fez? Como estão os velhos? Quantos lugares e shows diferentes aproveitou? Quantas vezes viajou, acampou, esteve com os amigos? Quantas vezes rodou a baiana e teve crises existências? Quantas vezes desistiu? Quantas decepções? Quantas vezes seu coração foi partido e se colou? Quantas vitórias você comemorou esse ano? Quantos céus você admirou, quantas cenas, poemas e beijos observou? E agora que passou tudo, que se tem a chance de recomeçar, não foi divertido e incrível?!

Cada vez que olho pra trás tenho a impressão que cada ano termina melhor que o anterior. Tenho a impressão que a vida tem melhorado muito, que somos capazes de mais do que prevíamos, que nós estamos melhorando! E o bom da vida é isso: Olhar lá no começo, avaliar os fatos e ter certeza que, apesar de tudo e qualquer coisa, temos muito mais motivos pra agradecer e comemorar do que pra chorar ou reclamar!

Como eu posso dizer sem me repetir?! Eu sou uma garota de muita sorte! Nesse ano viajei sozinha pra valer, conheci Floripa, conheci novas pessoas; Desci a Graciosa de bicicleta. Voltei a estudar. A Mileide casou!!! Fui pro Beto Carreiro; pra Itu, vi o Kings Of Leon; fui pra Sampa, vi o Green Day; virei assessora de imprensa, fui pra Umuarama; fui cerimonialista de inúmeros eventos, trabalhei como gente grande; comecei uma coleção de canecas; Fiz tanta festa com tanta gente diferente! Tive minhas crises no trabalho, mas não nego que as coisas melhoraram por lá, temos uma equipe e uma chefe meio doida, ar condicionado no estúdio, parece até que eu tenho ouvintes, hahah! Parei de brigar com o mundo perto da primavera! Superei alguns medos. Li bastante, me diverti bastante, conversei muito, aprendi muito! Tive ainda mais certeza que os melhores amigos do mundo são os meus! Deixei meu coração embarcar por aí e o vi voltar! Nem metade dos planos saíram como o planejado e aí esta a maravilha da vida: Ela acontece e é ótima!

Não importa o nome que se dá: Sorte, falta de juízo, seres iluminados, anjos da guarda, destino, força de vontade ou a vida pura e simples! Eu agradeço por ter bons amigos, por ter uma família doida e incrível, por ter saúde, por ter um trabalho, por ter oportunidades, por estar viva! E espero que 2011 seja ainda melhor pra mim, pra você e para todos nós!

Deseje, tente, corra atrás pra valer, ame, sinta, aproveite, viaje, quebre regras, perca o equíblirio uma vez ou outra, ria, peça ajuda sempre que precisar, peça desculpas sempre que precisar, se preocupe menos, viva mais, lembre-se de celebrar muito mais, dance, COMPARTILHE!

♫ Eu fico com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita...

Feliz 2011! Um ano incrível!





terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cadência apaixonante

Clássicos musicais embalam pernas e pés. Eles vestem meias, sapatos e saltos elegantes. Vão desenhando boas lembranças no salão, no chão da noite. Fogem do comum, dois pra lá e dois pra cá! Tudo é cronometrado. Os passos cadenciados ao toque do teclado, das baquetas que namoram a bateria. A pista se enche. Casais valsam, vão rebolando levemente. É a música que preenche a alma. É a dança que movimenta corações. Sorrisos se abrem enquanto braços se abraçam num presente absoluto. Mãos que repousam uma à outra, conduzem o corpo, nos dão segurança. É a paixão, em notas musicais e na harmonia perfeita da dança!

♫ Flowers every where...

Dance... Não importa o ritmo!

Sinta!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Eu tenho um plano! (Ou divagações sobre planos)

Não, definitivamente não sou um exemplo a ser seguido quando o assunto é paciência. Eu tenho pressa pra quase tudo. Uma sede desesperada por viver e por saber tudo quanto for possível. Minha mãe diz que herdei isso do lado pernambucano da família. Ela também atribui a isso todas as minhas trapalhadas. Aquela coisa do ditado: A pressa é inimiga da perfeição. Concordo. Sinceramente, eu concordo.

Entretanto, a pressa e meus anseios por saber o que vem pela frente, não são de todo culpados. Então é algum tipo de crime querer algo mais da vida?! Não estou reclamando! Longe disso. Também não estou dizendo que não amo a simplicidade de como a vida corre. Acho que deve ser uma coisa mais "Selva de Pedras", mais ligada a área profissional.

A vida segue um curso normal e, no meu ponto de vista, lento! Então se as coisas demoram muito pra ACONTECER eu começo à buscar caminhos alternativos, a pirar na batatinha, à querer realizar o plano por minha conta. Mas e se o meu plano não tiver nada a ver com o que Deus, o Cosmos ou o destino preparou pra mim?! E se eu estiver fazendo tudo errado, quando paro de esperar que a vida aconteça e faço acontecer?! Porque eu não posso ter um plano e correr atrás da sua realização? Eu sou louca de verdade por não conseguir esperar que o mundo gire e tudo aconteça por conta?!

Vai ver eu nasci com essas dúvidas. Elas não saem de mim, não importa o que faça. No fim, a calmaria é falsa. Uma ilusão gerada pelo medo de se mover, de sair do lugar. Ficamos, numa paz disfarçada, mas ficamos... Ainda incompletos.

Eu já perguntei isso antes e já respondi também, mas não entendo porque não posso simplesmente ficar quieta. Tá tudo bem, nunca esteve melhor. Eu devia estar aproveitando, curtindo minha falta de problemas para resolver, haha. Mas não. Quero já um novo desafio e quero ter coragem para enfrentá-los.

Segue minha eterna faca de dois gumes: Em time que está ganhando se mexe ou não? Só se for pra melhorar! O que você faz depois que realiza um sonho? Sonha de novo, mais alto! E se está tudo bem, calmo e comôdo, você não precisa mudar nada agora, porque essa ânsia por novidade? E se você parasse de perguntar e simplesmente arriscasse de uma vez?! E se você arriscar e perder? E se você não arriscar e ficar do mesmo tamanho?
Eu sigo esperando que as coisas aconteçam, porque as coisas acontecem mesmo, naturalmente. Mas sigo assim, também, pelo medo de arriscar. De qualquer forma volta e meia isso me sufoca, me trava e eu me desespero por acreditar que não estou fazendo nada com a vida. Onde está meu plano? Pra onde eu vou agora? Um dia desses me resolvo, rs...

Leio horóscopo, procuro combinações astrais, luas certas, jogo tarô na Internet e com um baralho idiota desses de revistas adolescentes. Vejo a previsão do tempo. Tento ler as linhas da minha mão. Faço testes bobos de personalidade. Queria tanto ter uma bola de cristal... Faço cálculos, planos, para tentar manter em equilíbrio aquilo que depende de mim. A intuição quase nunca falha, mas é claro que eu não posso prever o futuro, muito menos saber com certeza se estou indo bem ou mal. Só resta ir, contar com um pouco de sorte e bom senso e esperar pelo melhor sempre.

Das impressões do dia e suas peripécias II

A recepcionista é orientada para ser atenciosa com todos os convidados, no entanto, se derrete toda quando recebe uma cantada e simplesmente esquece o profissionalismo. Diz sorridente: "Sabe onde é sua mesa? Precisa que eu o acompanhe?" Ele galanteador, beija as mãos da moça e responde: "Sei sim! Mas se quiser me acompanhar, não me importo!" Ela mais que de pressa ignora minha existência e o leva até seu lugar.

Férias, ah as férias! No auge da minha velhice ranzinza, questiono as tardes livres dos inúmeros adolescentes que se amontoam em frente ao shopping e as meninas na porta do supermercado, falando alto, rindo, sem nada pra fazer. Se quer lembro das tardes em que eu e minhas colegas do volei tumultuávamos à entrada do mercado, com música, bolachas trakinas e coca-cola. Nós acreditávamos que seríamos magras e atletas para sempre. Nunca nos passou pela cabeça o quanto aquelas trakinas custariam à sair de nossas pernas em forma! Agora, passo correndo pela porta do mercado, vejo as mesmas meninas com os mesmos hábitos, invejo-as. Estamos envelhecendo, saímos de casa com motivos certos e urgentes.

E então as relações humanas continuam surpreendentes. Uma tarde, num encontro ao acaso no meio da rua, um único abraço. Não há nada a ser dito, nada conforta mais que um abraço. É o suficiente para fazer chorar, para retirar do peito toda a dor, o medo e desabafo sincero. A filha fala do pai, da exaustão e dos sonhos que ficaram pela metade. Você tão egoísta, se cala, chora junto, pede por eles, pede pelos seus e teme o dia que enfrentará seus maiores pesadelos.

As relações humanas são mesmo surpreendentes. Um dia um homem embriagado conta sua história e chora suas alegrias para uma desconhecida. Fala do filho adotivo, que é mais seu do que de qualquer outro. Se enche de orgulho, diz que não teve filhos de sangue porque era imensamente feliz com os filhos adotivos. Fez um brinde, comemorou muito. Disse orgulhoso: "Vou tomar um porre, pelo meu filho hoje!" E o filho todo agradecido, aparece do nada: "Meu pai é o cara!"

Escutando aquela história, meus olhos se encheram d'água, a vida podia ter sido diferente, de algum jeito... Nunca amei meus padrastos e madrastas. Minha relação com eles foi exatamente como nos contos de fada, um pesadelo. Mas não nego que eles contribuíram para minha formação pessoal. Pode ser que tudo que aconteceu tenha me feito crescer. E naquelas circunstâncias, quem sabe o que teria sido de fato melhor... Ninguém tem culpa de nada. Mas se um dia você se tornar madrasta ou padrasto de alguém, por favor seja legal, crianças não merecem sofrer de forma alguma e independente do que seus pais tenham feito, são seus pais e ninguém tem direito de dizer nada sobre eles!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Bastidores

Quem assiste uma cerimonia de casamento ou uma festa de formatura, não imagina o trabalho que dá pra fazer acontecer. Lembro que na minha formatura, era só eu e a Mileide do curso e apesar de querer muito me divertir, até o momento final da entrega do diploma e depois, a entrada e a valsa no baile, eu estava muito tensa, parecia que não dormia à dias! No casamento do Juh e da Podre, nós ajudamos à organizar várias coisas e foi muito corrido. Neste fim de semana, fui espectadora e observei algumas coisas:

As madrinhas e padrinhos são os seres mais queridos do mundo. Sempre chegam antes. A Igreja toda enfeitada e iluminada, as pessoas vestidas e penteadas, aquela expectativa e ansiedade até à entrada dos noivos. Os atrasados entrando pela porta do lado. O amigo que entrou de fininho, trazendo a sacola com arroz e estalinhos pra saída. Uma criança ou outra destruindo a decoração. Parece que os casamentos são todos iguais, mas acredite, não são. Cada um tem uma história diferente, uma surpresa, emoções diferentes. As músicas são parecidas, as leituras são iguais em quase todas. Mas o vestido da noiva, a cor das flores, o olhar dos noivos enquanto seguram a mão um do outro, a vida que os aguarda, a canção especial que o amigo canta, as palavras gentis do sacerdote, isso é único.

No final, passa muito muito rápido. Os noivos saem. Os convidados se dirigem para a festa. Fica o silêncio, a lembrança dos risos, os organizadores da cerimonia, um casal de velhinhos resmungões que limpam a igreja, um segurança e eu esperando a carona. A velhinha reclama com a vassoura: "Olha quanto arroz desperdiçado, tem que varrer aqui, senão amanhã as senhorinhas que vem à missa podem escorregar..." E o velhinho concorda: "Gente mal educada, vão fazer sujeira lá na festa..." Resmungam como se não compreendessem o que acabara de acontecer e como se, há tantos anos juntos, tivessem esquecido que aquilo também já lhes acontecera.

A turma da organização começa a juntar folhas, flores, lustres. Embrulham tudo com cuidado e vão levando para o carro grande que toca - sabe-se Deus porque cargas d'água a canção do indiozinho: "Um, dois, três indiozinhos, quatro, cinco, seis indiozinhos". Cada um dos objetos é guardado enquanto àqueles rostos estampam um sorriso de dever cumprido. Minha carona chega e eu me despeço dos velhinhos e dos organizadores. Vou embora com o desejo de que a vida seja boa para os casais que se entregam corajosamente ao amor e à vida a dois e, que um dia eu também mereça algo assim.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Repetições

Da música On The Radio, Regina Specktor...

É assim que funciona:
Você é jovem até não ser mais.
Você ama até não amar mais.
Você tenta até não poder mais.
Você ri até chorar.
Você chora até rir.
E todo mundo deve respirar
Até o último suspiro.

Não, é assim que funciona:
Você procura dentro de você
Você pega as coisas de que gosta
E tenta amar as coisas que pegou
E então você pega todo esse amor que você fez
E crava em alguém
No coração de outro alguém
Bombeando o sangue de outro alguém.
E andando de braços dados
Você espera que ele não se machuque,
Mas mesmo se isso acontecer
Você simplesmente vai fazer tudo de novo.

E no rádio
Você escuta "November rain"
Aquele solo é terrivelmente longo
Mas é um bom refrão
Você escuta a música duas vezes
Porque o DJ adormeceu
No rádio



No fim, os erros, as atitudes e os resultados são sempre os mesmos. Por mais que saibamos, por mais calejados que estejamos, certas coisas não mudam. Vêm com defeito de fábrica. As possibilidades e probabilidades são, geralmente, avaliadas com antecedência e ainda assim, a verdade é que nunca sabemos o que estamos fazendo e esperamos mesmo que seja diferente, que tenhamos aprendido algo, que seja melhor.

Os mesmos medos e, consequentemente, os mesmos erros. Continuamos indefinidos, pela metade, se repetindo... E o que é que se pode fazer?! Apenas ser paciente. Conviver com nossas trapalhadas e expctativas tolas. Torcer e esperar que nossos erros sejam leves, passem rápido e que ainda errados, tragam alegrias... Que seja possível viver, do melhor jeito, errado ou certo, com o que há agora. E só!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O caos, os fones de ouvido, as dúvidas e as jujubas

Não tirava mais os fones de ouvido. Parecia estar num outro plano astral. Olhando longe, em silêncio, imóvel. Os olhos brilhantes, cheios d'água sem nenhuma explicação. Frequentemente a realidade interrompia e o caos tomava conta. A claridade ardia as pupilas e pisar em chão firme doía demais. Porque não se pode viver sonhado? O que, afinal, você esperava? As cenas, as cores, seus desenhos e trilhas sonoras imaginárias eram tão agradáveis e confortáveis, que a realidade chegava à ser cruel.

As dúvidas são as mesmas: Quem é que diz quando estamos indo longe demais? Quem vai dizer que sonhos não podem ser reais? Quando é a hora de parar? Como a gente sabe se está fazendo certo ou errado? Por onde é que se vai? Quem é que dá o primeiro passo? Qual a medida? Quando é que dá pra ir pra casa?

Peças soltas levam a vantagem de poderem se auto consertar. Ficam em silêncio, filtrando pensamentos absurdos, olhando pro chão, se recuperando. Compartilham seus medos apenas com as paredes do banheiro, dizem baixinho aquilo que não pode ser dito. Provavelmente as respostas também são as mesmas. Amanhã tudo volta ao normal. Esquece-se das perguntas, das respostas e segue-se, como for possível.


Já reparou como as jujubas são amáveis? Cristais de açúcar, cores e sabores adoçando a boca, o dia, a vida... A fuga fica sempre ao alcance das mãos, perto do som, do sonho e das cenas diárias inventadas por um maluco qualquer.




Tornar o amor real é expulsá-lo de você,
Prá que ele possa ser de alguém!


quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Das impressões do dia

Fim de tarde, chovia muito. A noite ia ganhando espaço e as luzes da rua se acendendo. Tudo estava cinza e quente. Na porta, uma velha com traços orientais e lábios vermelhos, fumava um cigarro. A fumaça subia, enquanto ela apertava os olhos ainda mais para a próxima tragada. Ficou observando a minha partida sem expressar um sentimento. Parecia cena de um filme misterioso.

Podia ser que aquela velha chinesa emblemática, me observando da porta fosse algum tipo de sinal. Como aqueles que esperamos encontrar em bolinhos da sorte ou em mensagens astrais. Ou podia ser só uma velha chinesa, com lábios vermelhos, procurando abrigo da chuva forte, enquanto eu esperava meus milagres diários e imaginava mais uma cena...

Mais um dia vai terminar.
Mais um dia em que ela olha pela janela cinza e espera...


"Uma só hora pode consistir em milhares de cores diferentes."
A Menina Que Roubava Livros

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Eu gosto de segundas-feiras


É, eu gosto de segundas-feiras
Geralmente gosto também das terças
As quartas são sempre iguais; e chatas
A quinta já não é tanto
Sexta é sempre véspera de sábado
Mas o domingo...
Domingo é o fim!
Preguiçoso, sonolento, tedioso e interminável

Segunda-feira a vida recomeça
O mundo volta a girar
Tudo acontece
À mil!

Eu gosto de segundas-feiras
E de dias quentes com a brisa soprando os cabelos
E de andar de bicicleta sem as mãos
Dias quentes com chuvas rápidas
De olhar o céu
De acreditar que o pior já passou
E que tudo vai melhorar

Eu gosto de segundas-feiras
E de imaginar cenas de filmes
Fazer tudo com trilha sonora
Gosto de descobertas e de aventuras
De pensar que tudo vira verso, prosa, poesia
Gosto de compreensão e de compartilhar

Eu gosto de segundas-feiras
De trabalhar
De ser meio maluca
De olhar pela janela
De fones de ouvido
De música no último volume
E de dançar como se ninguém estivesse olhando

Eu gosto de segundas-feiras
De me sentir à vontade
De dizer a verdade
De falar o que penso
De avaliar meus passos
Olhar pra frente
Ter fé
E de ser feliz...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Afinal, o que querem as mulheres? II

Não me canso de ver, ouvir, ler, anotar e sentir:
"O que nem Freud nem Einstein conseguiram descobrir. O mundo gira incondicionado pelos passos dessas maravilhosas e desconhecidas mulheres. Em cada uma o passado imprime marcas diferentes e sobre seu futuro só se pode dizer que será infinito de primeiras vezes. A primeira vez que tirar a roupa na frente do próximo homem. A primeira vez que se permitir ver chorando. O primeiro segredo que contar a ele e primeiro que esconderá. São milhares tomando as calçadas todos os dias. Por aonde vão? Encontrar quem? A verdade é que todas elas querem a mesma coisa: Amor!"


"Solidão bombando..."

"Mulher é igual serviço militar, fortalece o cara pr'o resto da vida..."

“Olha essa gente aí, catando migalhas humanas...”

“Mas basta um tiro de laser na selva do olhar
E um convite para um drink
Papinho vazio ao pé do ouvido
Um finge que escuta
O outro, finge que diz
E a conquista do território da nuca
E o descartável sentimento de vitória
E o primeiro beijo…
Logo esquecido, trocado por outros
Nessa mesma pista de dança...
É pra isso que uma mulher sai de casa, para ser desejada!”

“Uma mulher particularmente bela, ama a si mesma e com a mesma intensidade que um homem gostaria...”

"O amor é uma coisa maravilhosa! Mas se dedicar uma vida inteira a uma única pessoa é de um egoísmo infame."

"O que importa quantos amores você tem, se nenhum deles te dá o universo?!"

Tem uma crítica bem legal aqui: Afinal, o que querem as mulheres?




Trilha Sonora: Queens Of the Stone Age!

sábado, 20 de novembro de 2010

Afinal, o que querem as mulheres?

Das coisas que eu mais gostei até hoje na televisão brasileira, eis uma série carregada de paixão, humor e poesia. Afinal, o que querem as mulheres?


Não! Não me pergunte. Mas saiba que se Freud não explica, André Newman (Michel Melamed) se esforça muito em sua tese de doutorado, tanto que acaba perdendo sua linda esposa Lívia (Paola Oliveira). Aí ele termina a tese, que vira um livro e depois um programa de TV. E tudo está envolto numa trilha sonora impecável, cenários e figurinos de deixar qualquer um doido.
Gostei tanto que cheguei a anotar num bloquinho as frases e cenas preferidas:
"Há milênios os homens dedicam-se a inventar a mulher. Das nossas criações que desejam o eterno, essa é a mais poderosa e arriscada ..."
"O amor é uma monstruosidade"
"Só existe o que você pode ver..."
"É de dar vergonha tanto amor, esse delírio"
"Queria te mostrar como é violento você existir"
"O amor é fascínio recíproco de duas pessoas por aquilo que elas têm de mais secreto..."
"Parecemos astronautas nesse mundo. Eu mal consigo me mexer..."
"Você me dá cada vez mais fome!"
"Decifra-me ou devoro-te!"
"Na vida nada é verdade, nada é mentira, tudo depende da cor e do cristal com que se olha"
"A mulher não existe!"
"Como acaba o amor? O amor que acaba retira-se para um outro mundo, como um estrondo que deixa de ressoar. Ninguém sabe nada a respeito, só os outros!"
"Com o que será que ele sonham? Eles sonham com nós dois! Nós somos o sonho dos que agora dormem!"
"Pena de liberdade perpétua!"
"A gente se joga e quando descobre, não tem rede. Não tem ninguém ali!"
"Estamos todos presos do lado de fora de um abraço."
"Na minha vida encontrarei milhares de corpos femininos
Desses milhares, desejarei algumas centenas
Mas dessas centenas de mulheres, estarei sempre amando só uma
E por que essa e não outra?
O que me fará ter medo de perdê-la?
Que parte desse corpo
Que gesto dessa mulher
Que palavra
O jeito de levar a mão a cintura
Uma mecha de cabelo que caí sobre a testa
O livro que lê sozinha na praia
São necessários muitos acasos e uma teia de coincidências para que eu a encontre
Enquanto isso não acontece estou condenado à buscá-la
Em estado de suspensão
Com o espírito confuso
Flutuando como o mar
Soprando como vento
Sem verdade, nem palavra!"
P.S: Corrigido. Prometo não postar mais nada com pressa, hihi! ;)

Poesia e paixão

Numa explosão de sentimentos, gritou
"Por que não posso me apaixonar?"
Fim de uma tarde confusa de verão
A chuva forte brilhava sob seu rosto
A saia clara florida e a blusa de alcinhas caídas nos doces ombros
Completavam o cenário romântico, dramático e cheio de paixão.

Num rompante de emoção, saiu pra rua vazia da chuva
Gritou, chorou, os olhos sedutores ficaram escuros, borrados
Se ajoelhou no chão em meio à rua, como nas cenas de filmes,
Revoltada, perguntando ao ar:
"Por que não posso me apaixonar?"

Por que ela tinha que censurar tudo quanto sentia?
Por que tanta loucura? Pra que tanto medo?
Desistiu, sentou-se e abraçou os joelhos
Os cabelos ondulados molhados da chuva
Desenhavam a face de olhos fechados
De lábios rosados ansiosos pela liberdade do sentir
Da entrega!

Murmurou sonhos e vontades desesperadas:
"Quero poder perder o controle, sair de mim
Sentir cada centímentro de pele, respiração e desejo
Me jogar na vida, com intensidade e paixão
Quero me embriagar de música e poesia
Quero viver todos os instantes e cada segundo
Sem medo, sem culpa, sem controle
Permita-me,
Viver a vida com paixão!"


terça-feira, 16 de novembro de 2010

Obviedades

É claro que temos medo!
Óbvio que pensamos na morte da bezerra
Sofremos por antecipação
Piramos na maionese e viajamos na batatinha.
Das coisas mais óbvias existentes
Malditos medos!

Insistimos em guardá-los em fundos falsos de baús velhos
Naquelas caixas de sapato empoiradas, jogadas as traças
Debaixo da cama junto com o bicho papão
No escuro do ármario
Em cima do forro ou do guarda-roupas
Em gavetas esquecidas

E, é por não enfrentá-los
Que volta e meia um ou outro escapa das sombras

Medos!

Aqueles de fazer chorar
Que reviram à casa
Que já foram enfrentados antes
Desconfiaças tolas
Que atormentam com negatividades
Geram inseguranças
Trazem dúvidas:
"O que é que eu estou fazendo aqui?!"

Então, covarde
Desce as escadas em disparada
Saí porta à fora sem olhar para trás
Foge, mais uma vez
Se esconde em pensamentos tortos e repete Borges:

"Para não cometer erros, evitamos também os acertos."

Se arrepende instantes depois
Cruza os braços diante de si
Adormece e chora...

Medos, paralizantes, exagerados, covardes!
Enfrente-os!

domingo, 14 de novembro de 2010

Ficava ali, repassando cada cena, cada instante
Temia fechar os olhos e acordar
Repetia gestos e palavras pra não esquecer
Nada
Não queria perder nenhum segundo
E se o mundo acabasse de manhã?!




"...Os olhos namoram, quase se tocam
Revelam segredos, brilham
Os olhos namoram a boca, o beijo, o corpo inteiro
O corpo encaixa, num abraço perfeito
Os lábios tecem palavras
Desenham sorrisos..."

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Abstratismo

Sem traço
Sem forma
Incolor

Sem regras
Indefinida
Escrita livre

Vem de dentro
De fora
Do nada
De qualquer lugar

Transcreve em letra corrida
Na tinta fria
Tudo que vem ao coração

Pulsante
Inconstante
Real

Transfere sentido
Nas linhas tortas
De cada vida

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Peripécias desimportantes importantíssimas (Edição sem fórmula)

Viva a vida sem frescura. Só por viver! E só de pirraça deixe os problemas em casa quando for pra rua e na rua quando for pra casa. Viva porque tem que viver, porque é o melhor a fazer... Simplesmente porque é bom demais viver!

Drible os dias cinzas. Coloque risos nos muros das ruas vazias. Grite sem pensar. Exercite o não planejar. Não vem com mau humor logo cedo. Compartilhe o que for bom. Não desanime. Solte os cabelos. Se não conseguir fazer do tombo um passo de dança, improvise um golpe de artes marciais, um salto duplo. Há algo além do arriscar? Permita-se a dúvida pra variar! Feche os olhos e deixe o corpo ir, no ritmo...

Nunca esqueça da compreensão, de se colocar no lugar. Escreva um mantra (ou repita várias vezes a mesma frase: Não pire, não pire, não pire!) Cante no chuveiro. Espere pelo melhor e sonhe sempre, danem-se as decepções! Acredite. Permita-se. Sinta. Solte as mãos e as amarras. Empolgue-se. Vibre! Cale a boca pra não magoar. Peça desculpas, se desculpe. Fale a verdade. Aprenda!

Admire o belo e o bizarro. Perca uns minutos do dia com um abraço, uma brincadeira e ganhe o resto da vida de felicidade. Não se apegue ao difícil, ao estresse, às pressões e às tempestades em copo d'água. Agradeça. Não tema. Encare! Vá pra casa! Viva a vida sem frescura!

Tente, verdadeiramente. Não se arrependa! Não se preocupe tanto com o depois, com as probabilidades de erro. Quem se importa?! Deixa ser o que tiver que ser... Vá! Não se apresse, não se encha de preocupações descabidas, muito menos de compromissos, prazos e cobranças incumpríveis. Nunca é o que parece ser e, para o bem ou para o mal, não há nada que não termine um dia. No fim todas as regras se quebram, os planos escapam entre os dedos, a teoria e a prática não combinam, todas as experiências são válidas, mas nada é igual ao que já foi. O novo prevalece e nós, mutantes, sempre nos adaptamos.

Não acho que tenha uma explicação. Não acho que precisa ser explicado. São sentimentos, coisas que não podem ser evitadas, que nos levam a realizações inusitadas, para as quais se quer sabíamos que tínhamos coragem ou disposição. Eventualmente, o instinto dá o tom e temos a sensação de que somos capazes - sim! - somos capazes de muito mais do que prevíamos! Intenso, divertido, desafiador, por vezes aterrorizante e incrivelmente vivo!

Essa postagem foi escrita ao som de:
Lobão - Blá Blá Blá Eu Te Amo ♫ Não dá para controlar, não dá pra planejar...
Lulu Santos - Casa ♫ Era só fechar os olhos e deixar o corpo ir, no ritmo...
Leoni - Garotos ♫ Então são mãos e braços, beijos e abraços...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Re - Começar

No cinza da tarde chuvosa, esperava
Olhos esperançosos na janela
Ouvidos e mãos atentos à qualquer ruído no telefone
O coração nunca estivera tão agoniado e impaciente

Ela esperava
E agora sorria, como nunca!
Parecia uma criança, pulando e fazendo piadas
Até sentia certa timidez
Medo talvez
Ansiedade, com certeza!
Passou a semana decorando regras comportamentais
Ensaiando palavras, discursos de boas vindas
Leu todos os manuais, tirou 10 em todos os testes
Pra quê?!
Há momentos em que saber, não significa nada
Só agimos, sentimos
No auge da neurose torturou-se
"Até a CPMF volta e você não" (Tati Bernardi)
Como demorava!
Achou que estava acabando
Afinal, o que era aquilo senão uma despedida?
Afastou os maus pensamentos
Abraçou os sonhos com vontade
Decidiu, era um novo começo!
Empolgada, esperava, amedrontada e inexplicávelmente feliz
Das perguntas sem respostas, ficaram:
Como era possível?
Dá pra começar de novo no mesmo lugar?
O que seria agora?
Será mesmo?!
Descobriremos logo...
Vamos,
Tentar pra variar!

domingo, 31 de outubro de 2010

Da simples felicidade

Acho que felicidade deve ser mais ou menos isso.

Sabe?! Quando chegamos aqui, bem nesse ponto em que tudo parece calmo, tranquilo e simples. Simplesmente bem! Mesmo que ainda falte muito, mesmo que não seja nada disso, nem nada perfeito, mesmo que daqui 5 segundos tudo mude ou dê errado, a felicidade deve ser isso: Estar em paz com você mesmo, fazendo o melhor possível, com atenção aos pequenos detalhes.

Felicidade dever ter muito em comum com aquele abraço apertado na mãe, com a conversa pra animar a melhor amiga, com a cidade crescendo, a noite iluminada, o sorriso das crianças da sua vida, a piada sem sentido, o dia, a chuva, as músicas que tocam no seu mp3. Um tipo de esperança inexplicável, um tipo de certeza.

Nesse ponto em que olhamos pra trás e dizemos: "Consegui! Até aqui eu consegui! Olha o quanto eu já caminhei?!"

É, felicidade deve ser isso! Deve ser...



Carnavalizar... ♫

sábado, 30 de outubro de 2010

Adultices

Com certeza é uma das coisas mais naturais do mundo, mas ir ao mercado tem seu valor. Principalmente quando você vai comprar coisas para sua própria casa e, melhor, com o seu próprio dinheiro, aquele que você ganha com o seu trabalho. Dos dias mais empolgantes que já vivi, cito uma ida ao mercado comprar o meu sabão em pó! Viva a indepedência do sabão! Nunca mais seremos escravizados pelo sabão em pó opressor da mãe ou da irmã. Agora o sabão é meu!
Então, um dia você cresce. Um dia você cresce e passa a não esperar tanto dos outros. Faz sua carteira de identidade, seu CPF e carteira de trabalho. Arruma um estágio e abre seu primeiro crediário. Um dia você desce do ônibus em frente a UEPG sozinha, e diz: "É só ir reto até a praça que estarei no calçadão!" Um dia você se vê fazendo vestibular. Depois indo pra faculdade. Arrumando um novo emprego. Um dia você tem plano de saúde e seguro de vida. Se vê formada. Abre uma conta no banco, ganha um cartão de crédito. Compra seu primeiro celular. Faz sua carteira de motorista. Um dia você se vê viajando sozinha, tomando suas próprias decisões. Comprando móveis para o seu quarto separado. Lavando sua própria roupa. Indo ao médico sozinha. Sua mãe não chama mais você pra levantar, nem faz seu café. Com certeza você nunca tem horário pra almoçar, nem sabe que horas vai chegar do trabalho. Mas a vida é sua! Sua! Só sua!
Uma manhã dessas, você pega seu cartão de crédito, o seu celular (comprado no seu nome em algumas vezes e pago com o dinheiro do seu trabalho) o molho de chaves que conta com a chave da sua casa e do seu trabalho e entra no supermercado. Você pega seu próprio carrinho e decide o que levar. É só você! Sua mãe não está ali. O dinheiro é seu. As compras são suas.
Ao andar por aqueles corredores diz baixinho "eu devo estar ficando maluca", mas naõ esconde o sorriso ao pensar em tudo que viveu pra chegar ali e se sentir independente, responsável e segura. Segue lendo rótulos, pesquisando preços, pensando nas contas, no trabalho, nos estudos, nas viagens e em tudo que ainda virá. Sente orgulho de si e garante: " Eu não sou mais criança!" O sabão agora é seu e tem que durar um mês, até a próxima compra.


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Baseado em Filmes Reais

Dúvido que você acreditasse! Se chegassem agora e te contassem, aposto que cairia no riso. Quem sabe desse um bom roteiro de filme. Lembram daquele com a Meg Rian de 98, "Mensagem Para Você"?! (Caraca como o Tom Hanks era magro) Algumas adaptações e tcharammm, teríamos um bom roteiro de comédida romântica. Com final feliz e tudo.
Eu até gosto de finais felizes, claro, quem não gosta?! Mas convenhamos, final é algo muito, muito simbólico, não sei bem a palavra, muito "pronto acabou" e na verdade não é assim. Sempre acontece algo depois do "The End" ou do "E foram felizes para sempre", que ninguém conta, que fica na nossa imaginação. Aquela história, quem assiste filme só vê as melhores cenas, as mais engraçadas. Mas são os protagonistas que vivenciam verdadeiramente as angústias e os medos até chegar no fim.
Já recebeu um email sobre o Romeu e a Julieta, que dizem que se eles tivessem continuado juntos ela engordaria, ele seria um chato e o casamento terminaria em um mês?! É mais ou menos por aí. Não existe nada perfeito. Álias, quem criou o conceito de perfeição? Existem tantas coisas imperfeitas incríveis.
Você deve estar se perguntando o que eu quero com essa postagem, né?!
Não sei bem. Mas se eu te contasse, você não acreditaria! Lá se vão meses e meses, uma festa, uma piada, um beijo e um milhão de acontecimentos que nos trouxeram até aqui. Quem diria?!
Sabe aquela parte do filme decisiva?! Que não dá pra voltar atrás e seria muito idiota se assim fosse? Aquela parte que ou vai ou vai?! - E sempre vai, afinal o filme precisa de um fim, que acontece quando os dois se encontram. O filme é sobre a viagem, o que nos trouxe até o final feliz. Mesmo que depois dê tudo errado, o filme está pronto e é esse final feliz que as pessoas vão assistir. Um novo encontro.
No filme, tudo é muito rápido. Nem parece que já passou tanto tempo, tantas mensagens, tantos sentimentos, dos mais intensos até os mais bobos. Nem aprece que demorou tanto. E quando os dois se encontrarem vai parecer que não é tão difícil. E não é mesmo! As pessoas é que tornam tudo complicado. É só ir!
Ontem assisti "Estão Todos Bem" e chorei feito uma condenada. Nós exigimos demais da vida, demais dos nossos pais, de nós mesmos e dos nossos sonhos. Não precisa ser assim. O importante é estarmos todos bem!
Então, mesmo que estejamos morrendo de curiosidade pra ver como o filme termina e saber se continua ou não, mesmo que estejamos nervosos e ansiosos, eu não me preocuparia com o "como vai ser" , nem com o "E depois?" nem com nada que não seja real. A realidade é tão perfeita na sua imperfeição que eu prefeiro assim. A bagunça torta e louca da vida, o não saber o que vai ser, mas ter certeza que, seja o que for, será ótimo!
Outro filme que assisti e publiquei aqui, em fevereiro acho, foi "Forças do Destino". Hoje lembrei dessa parte: "O que você pode fazer é se comprometer com as pessoas que você ama, esperar que tudo dê certo e que faça bom tempo..." Só isso!
P.S: Eu ainda não sei o que eu queria com essa postagem. Hahaha...

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Festival de Diferenças Semelhantes



Você pode ser o que quiser!

Num único dia uma variedade infinita de cabelos: bagunçados, penteados estranhos, cabeças coloridas, bonés, chapéus, tranças e carecas. Óculos. De todos os modelos e cores. Calçados: De all stares coloridos, à botinhas estilosas. Calças, calções, saias. Camisas, camisetas, coletes, blusas. Estampadas, coladas, diferentes, jeans básico, largos, curtos, xadrez, de renda, de nylon, de couro. Tatuagens. Piercings. Cintos. Mochilas e bolsas. Lenços e cachecóis. Comportamentos. Sotaques. Sons!

Os mais difrentes tipos de pessoas juntas num mesmo ambiente, de repente tão parecidas. Tanto faz se você é de Minas e ela do Sul. Quem liga se você está com um all star colorido uma calça colada preta, uma saia de renda curta e um colete de florzinha. Você pode gostar da doce Regina Spektor e ouvir o rock do kings Of Leon. Pode comer pizza ou ser vegetariano. Vamos sentar na mesma grama, dividir a mesma alegria, dançar e pular pelos mesmos motivos, pagar micos parecidos e contemplar como o mundo é grande, rico em cores, pessoas e sorrisos.

Você pode ser o que quiser! Do jeito que quiser. Gritar Mustafá no meio de uma multidão, né Carol?! Ouvir uma nova gíria: Que pala hein Boy! Pode telefonar para os amigos que não puderam ir, no meio daquela música legal. Pode dividir colchões, abraços e a pia do banheiro. Pode usar uma expressão o fim de semana todo: Que varzéa! Pode observar paisagens, se divertir, ser surpreendido por um flash, dormir de boca aberta, roncar, ter um sapo como porta cd's e ainda assim ser você mesmo. Ser perfeito!

Pode parecer uma visão romântica demais das pessoas. Mas o que de fatos somos nós sem amor? Você pode até ter uma opinião contrária sobre o mundo e sobre como as pessoas podem ser ruins e cometer erros, mas o que é mesmo errado? Aquilo que é diferente pra mim, pode ser igual pra outro milhão de pessoas. O que nos resta é apreciar o que é humano. O que é belo. Viva a diferença, que nos torna tão especiais no meio de nossos iguais.

Abra-se ao novo!



Quanta feira, quarta-feira

Ok, preciso escrever! Comecei umas quatro postagens e parei na metade. Não tem dado tempo pra escrever tudo que penso. A mente de vocês continua falando quando fecham a boca??? Sabe quando você não está falando com ninguém, aparentemente está quieto, mas sua cabeça fica falando com você mesmo? As coisas que tem pra fazer, as coisas boas de lembrar, as ruins pra corrigir, as pessoas, as cores, motivos. Tudo! Não consigo parar e ao mesmo tempo, eu só faço ficar parada. Agora por exemplo eu tenho que terminar um trabalho da pós, escrever dois releases e ir dormir cedo. Mas...

Ao invés de tudo isso, estou aqui!

Foi uma quarta-feira bem produtiva. As pessoas voltam do feriado malucas. De qualquer forma é legal provar que dá conta. Tem valido a pena! Não sei exatamente o motivo, mas estou mais contente com meu trabalho, com minha correria e até com as coisas que saem errado. Os dias estão mais quentes e coloridos. Temos presenciado grandes espetáculos. Surgiram novas músicas e as antigas se renovaram de alguma forma. Até as inconformidades estão mais aceitáveis.

A vida vale a pena, mesmo!





♫ O mundo é perfeito...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Daqui a um mês

Lembram tudo aquilo que eu disse sobre parecer que o mundo não estava girando? Que nada estava acontecendo etc, etc. Pois bem, esqueçam! Talvez por ser quase fim de ano. Quem sabe não é porque a Carol voltou, porque a Mileide se casou, por outra fase de euforia?! Tanto faz! O importante é que o botão "em espera" foi desligado e agora parece que realmente mataremos nossa sede por novidades.

Preparem-se, mais um mês vai começar. O nome dele é Outubro e ele nunca vem pra ficar. Vai acabar em 31 dias contados. É primavera, mês dos librianos e dos escorpianos, mês que começa o horário de verão, que pode decidir o futuro do Brasil. Aniversário de todo mundo em casa. Mês de estreia de Comer, Amar e Rezar nos cinemas. Mês de SWU Brasil. De Bienal do Livro em Curitiba. De Churrascon à Fantasia em PG. Mês de Green Day em SP. De Oktober em Blumenau. Mês de Nossa Senhora. Mês do Dia das Crianças e do Dia das Bruxas! Mês que antecede o Fenata. A Munchen. Uma viagem ao Beto Carreiro. Apenas 3 dezenas de dias para o fim de uma espera, pra saber o que virá.

É Outubro e ele promete muito mais!

Aventuras diárias nos aguardam, com um convite para
observar paisagens só vistas aqui. Convite para dar atenção aos detalhes, aqueles que fazem toda a diferença e nos fazem sonhar e querer constituir projetos para nossas famílias, nosso quintais e nossas cidades pequenas. Vamos tentar melhorar nosso trabalho, nossa rotina. Só pra ir pra casa com um sorriso no rosto, dizendo esse é o meu lugar. Vamos desafiar a falta de grana e se jogar na estrada em todos os fins de semana pra curtir o que vier. E vem muito por aí...

Bem vindo Outubro!





P.S: A dona deste blog tem o imenso prazer de agradecer ao seu Albert e à Dona Dária Fokens por terem posto a Audrey no mundo, rs! Saudades da turma que fazia do ônibus na volta pra casa um lugar tão especial e divertiro, nos primeiro anos da faculdade. Obrigada por estar presente sempre Audrey!

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Divagações sobre o partir


E se no fundo eu quiser ficar?
O que pode ter de tão diferente lá, que não posso encontrar aqui?
Não sei mais se eu quero ir...
Talvez não seja preciso
Acho que agora consigo entender o quanto o meu lugar é meu
Talvez eu não queira e não precise ficar longe disso tudo
Não. Eu não preciso!

Porque é que precisamos ir?
Qual o problema com a nossa cidade pequena?
Com nossa rotina?
Nosso trabalho?
Porque não podemos nos contentar com o quadrado confortável?
Será preciso arriscar em outro lugar sempre?
Não dá pra ficar e tentar mudar por aqui, melhorar, crescer aqui?
É preciso mesmo partir?

Talvez eu só não tenha talento pra ficar longe deles
Talvez seja medo, talvez seja uma fase
Talvez eu não me de bem com o desapego
Podem ser tantas coisas, mas agora, de repente
Eu não quero mais fugir!
Eu nunca precisei verdadeiramente ir
Me pergunto se as chances seriam diferentes se eu fosse?
Eu gosto daqui!
Não quero mais ir

Meu desejo pelo conhecimento
Por novos lugares, pessoas, sabores
A vontade de experimentar, de ousar
A curiosidade, a aventura, as novidades disponíveis aos olhos
Serão saciados nos fins de semanas
Nas horas livres
Nas férias e em todos os feriados, prometo.
Mas hoje, eu quero ficar e transformar o mundo da minha janela!

Relações humanas


Primeiro você nasce. Aí, cresce e entende que veio de dois. Depois, descobre que existem outros como você. Num domingo qualquer, um velhinho ou uma velhinha te pegam no colo, te enchem de beijos e fazem todas as suas vontades. Você já se contentava com isso, até conhecer o irmão da mãe, que tem uma esposa e os 10 irmãos do pai, com suas esposas e maridos. Todos com seus filhos. Mais velhos, mais novos, da sua idade, parecidos, diferentes, primos. Todos têm famílias paralelas. Outras tias e tios, avós e avôs que, mais cedo ou mais tarde, você vai encontrar por aí. Existem também os amigos queridos dos seus pais, que fazem parte da família e, por um ou outro batizado, são compadres deles e seus padrinhos.

Não se iluda, isso é só o começo.

Quando se dá conta, está na 4ª série, ganhando irmãos e primos sem querer. Aquela sua amiga que não saí da sua casa chama sua mãe de tia, assim como você fala com a mãe dela. Querendo ou não, passamos a fazer parte de outras famílias. Estamos nos aniversários, nos casamentos, nos batizados, nos momentos difíceis e, mesmo que cada um siga por caminhos diferentes a medida que se cresce, os tios e tias postiços, são partes fundamentais da nossa existência. Pra mim foram.

Na adolescência surgem novos amigos especiais e novos tios e tias. Alguns nos adotam como afilhados de crisma. Assim, temos mais uma casa pra frequentar nos fins de semana. Os amigos dos seus irmãos, vão formando outras famílias. Casam, têm seus filhos e por tabela você faz parte daquilo também.

Um dia sua irmã casa. Você não ganha só um cunhado. Com ele vêm concunhados, sogros da sua irmã, sobrinhos dela, etc. Até que você vira tio ou tia. Pode ser que nesse período seu pai tenha casado de novo, nasce outra família, um novo irmãozinho, vêm os enteados dele, que se tornam seus irmãos por consideração.

Vamos pra faculdade, trabalhamos, encontramos novas pessoas. Nos apaixonamos por nossos amigos, seguimos com eles pra onde vão. Um dia eles também casam. Você será madrinha de casamento, madrinha dos filhos deles e vai realmente fazer parte de outra família. Estará presente em mais jantares, aniversários e formaturas e, perceberá que é por isso que a vida vale a pena.

Nunca fomos um. Nossa família é enorme. Somos parte de tudo que nos rodeia e é disso que é feito a vida, relações sinceras e interminaveís. Você conhece alguém, que conhece outro alguém, que têm histórias em comum, que te acolhe e se torna parte. Daqui a pouco todos se conhecem e as famílias aumentam. Seguimos com nossas brigas reais, nossas separações e mudanças, nossas difilculdades e medos, o perdão, todas as nossas alegrias e a sensação - uma das melhores que já tive - de realmente fazer parte e saber que jamais estaremos sozinhos.

Eu paro, silencio, admiro como se não acreditasse, agradeço e amo, cada dia mais!

sábado, 25 de setembro de 2010

Sobrecarga de Alienação

Se com a globalização, todo mundo tem opinião sobre qualquer assunto,
qual a melhor receita pra formar sua própria opinião?

Houve um tempo - talvez nos meus sonhos de caloura - em que os meios de comunicação eram os formadores de opinião. Eu acreditava que os jornais eram os donos da verdade, que existia ética e imparcialidade na mídia e que os jornalistas eram os heróis, que traziam as verdades até as nossas casas todos os dias.

Desde a 5ª série quando, sem saber o que estava fazendo, decidi ser jornalista, ouço dizer que comunicadores precisam ter opinião sobre tudo. Acompanhar os noticiários e ler muito para não serem alienados, manipulados ou facilmente influenciados.

Então se começa uma busca cotidiana por informação e descobrimos que não é bem assim. Geralmente, quem manda são os donos dos veículos que você vai trabalhar e não seguir a linha editorial significa desemprego. Jornalistas são seres humanos e têm seus próprios gostos/pontos de vista e por isso não podem ser imparicias. Todos, ou quase todos os veículos de comunicação tem posição política e por isso são tendenciosos em boa parte do que fazem.

Me sinto meio abandonada nesse momento!


E aí? Como você forma sua opinião? Imparcialidade? O que é isso? Como você foge da alienação imposta pela mídia formadora de opinião? Isso ainda tem a ver com a indústria cultural, não tem?!

Em época de eleição, piora. Você lê, ouve e vê tanta coisa que, eu pelo menos, me sinto cada vez mais ignorante. São tantas informações, que quanto mais sabemos, menos sabemos. Aí vem toda aquela discussão sobre quem está dizendo a verdade, o que é a verdade. E a verdade em si nunca aparece. Qual é? Diz aí quem são os vilões reais dessa história? Imprensa? Governo? Lula? PT? Dilma? FHC? Serra? Beto? Osmar? Marcelo Tas? Haha...

Claro que eu e você sabemos que a Globo não é imparcial, que a Veja é de direita, que quase todas as rádios de Ponta Grossa tem ligação com algum partido político. Mas e os cidadãos que talvez não tenham acesso à tudo que rola nos bastidores? A massa? Como falávamos nas aulas. Não era dever do jornalismo "zelar" de alguma forma pela sociedade? Não é a massa que elege os governantes? Será que eles encontrarão uma saída? Bem, eu tenho procurado, mas infelizmente ainda não encontrei. E parece que quanto mais leio, pesquiso e tento não ser alienada, menos opções restam.

Mora da história? Continuamos lendo, nos informando, ouvindo tudo o que for possível. Em breve estaremos loucos e ainda não saberemos nada. Talvez um dia, quando formos menos individualistas. Talvez no dia em que política não seja apenas um jogo de interesses de um ou outro partido. No dia em que governar uma cidade e um país não tenha nada a ver com status e poder, mas sim com o interesse comum e a melhoria das condições de vida de todos. Uma vez me disseram que o que é certo e verdade pra mim, pode não ser pra você. Eu concordo. Por isso vivemos numa democracia. Concorrência, competitividade e oposição são ótimos. Desde que não inclua jogar baixo, manipular e corromper pessoas.





P.S: Vale lembra que essa é só a minha reles opinião.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Estações bem vindas



Ele se foi no Outono
Sem saber que era bem vindo

Passou o Inverno
Gelado, sem sentido

Desenhos foram se construindo
Feitos de longe, abstratos, coloridos

Olhos no relógio
Contagem regressiva

Como havia de ser
Na Primavera, voltará

As cores vão voltar
Chega de esperar

♫ In time, I'll belong to you
It's how it's meant to be...

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Manifesto dos apaixonados




E então... O que é que nós sabemos sobre o amor?
Como funciona com você?
E o tempo? E suas garantias?
E a magia, aquela coisa que nos faz acreditar em todos os impossíveis?
Como você faz com o medo?

E quando você sente que seu mundo não será tão bonito sem isso?
E quando você volta a razão e se dá conta de que pode acabar?
Que pode nem ser nada daquilo...

E então, o que é que você sabe verdadeiramente sobre o amor?

São sentimentos tão injustos, que não deviam ser bonitos! Não devíamos nos encher de esperanças, cultivar tantos sonhos, nos envolver tanto. Não! Não devíamos...

Desenhos se formam insistentemente e não há como controlar.
Palavras são ditas sem nenhum discernimento e não há como calar.

E de repente, aqui estamos nós
Totalmente fragéis, vulneráveis, à espera...

Pobres de nós, ouvintes das mesmas músicas, buscando os mesmos rostos.
Pobres de nós, amantes à merce da sorte, nós que desafiamos o "tudo pode dar errado"

Nossos instintos defensivos, trabalhados para que nunca pudessemos sentir, jogados no chão, pisoteados por uma avalanche de vontades, desejos e sonhos.

Pobres de nós, tão apaixonados, cultivando a insônia como companheira, chorando mil prantos por medo de não poder viver nada disso.

E afinal, o que é que se sabe sobre o amor?
Que culpa a gente tem por querer tanto?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Mesmo que mude


Ela vai se casar!
Vocês acreditam?!
Eles vão se casar!

Acho que essa é a primeira vez que passo por essa situação. Uma das minhas melhores amigas vai se casar! Sábado! Agora! Entende?! Lembro que no começo eu dei força: "Vai lá, liga pra ele!" Depois quando ficou sério, eu fiquei com ciúmes. Me queixava que ela não saía mais com a gente, que mal conversávamos, fiz birra, brigamos. Pensava: "Perdi a minha melhor amiga!" Aí, me adaptei. Conheci melhor o namorado dela, descobri o quanto ele era legal e também a amava. Então me apaixonei de novo. Só que dessa vez por dois. Agora eles vão se casar e eu tô imensamente feliz e orgulhosa.

Ontem eu disse, como numa prece: "Tive muita sorte por ter encontrado pessoas tão boas no meu caminho. Eu tenho os melhores amigos do mundo. Entra ano, saí ano, pessoas vão e vêm a todo instante, as coisas mudam, envelhecemos... Mas algo permanece, em qualquer ocasião:

É sempre amor mesmo que mude... ♫


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Do que é feito o amor

Pra começar - e na singela opinião desda menina sem nenhuma experiência válida - o amor é feito de dois. Não dá pra amar sozinho. Álias, até dá, se você se auto-suportar pra sempre. Mas o amor real, precisa de dois. Ou mais. Pode ser amor de casal, amor de amigos, de família, de verão. Precisa mais que um, sempre.

Tem o seu par (Ou ímpar)?! Então comece!

Amor não se faz sem respeito.
Amor precisa de compreensão.
Precisa ser paciente.
Ah, não existe amor perfeito!

Amor pra sempre
À primeira vista
Amor ardente
Todos precisam de convivência.

Não se faz amor sem dia-a-dia
Pra amar tem que querer compartilhar
Os problemas e as alegrias.
Amor tem que cuidar.

Amor preenche, multiplica
Nunca divide
É de fazer junto!
Nosso, "da gente"!
Amor se faz com tentativas

Ninguém sabe amar
Não ensinam na escola
Não tem receita própria
Nem está a venda na fármacia
Mas não se preocupe
É bem simples!

Abra o coração
Não esqueça dos sorrisos
Acrescente abraços carinhosos
Misture compreensão, respeito e cuidado
Se precisar peça ajuda, pergunte!
Deixe crescer, naturalmente...
Leve ao forno
Sirva quente
Saboreie!

Amor tem que ter apetite
Pitadas de desejo e malícia
Uma pontinha de ciúme
Brincadeira
Acontece, mesmo que ninguém queira!

Amor não precisa ser, mas é
Não tem previsão
Não é pra ser uma prisão
Às vezes não tem começo, às vezes não tem fim
É só olhar e deixar o corpo ir...





P.S: Pode ser que faltem muitos ítens, mas isso se descobre com o tempo! =)

sábado, 4 de setembro de 2010

A sorte do azar


Sexta-feira não é dia de ir pra academia. Alías, no meu mundo dos sonhos não existem academias. As pessoas não envelhecem e não engordam mesmo se o cardápio diário contar com sorvete, brigadeiro e todas as porcarias doces e deliciosas existentes. Mesmo assim, eu fui pra academia e até pratiquei os exercícios corretamente. 30 minutos de esteira, mais 30 de bicicleta e os malditos abdominais! Enquanto estava na bicileta li uma edição antiga da revista O Globo, texto da Martha Medeiros (Que eu acabei de procurar e não encontrei.) Mas dizia mais ou menos o que eu penso sobre sorte e azar e a minha resposta por não acreditar na mega sena! Nãooooo! Não se trata de pessimismo, leia depois você comenta e me critica a vontade.


Nunca joguei na mega! Nem na quina, na quadra, no bicho, cassinos, máquinas caça-níqueis, etc. Baralho valendo R$ 0,10 e bingo de igreja, não vale. No máximo marcava as tele-senas do meu pai e passava na lotérica fazer o jogo da minha mãe. Mas eu, nunca joguei. Acho bonito ver as pessoas fazendo sua "fezinha" diária ou as mandigas da minha mãe pra acertar no bicho. Mas não acho que a vida vai melhorar com isso.


"Jéssicaaaa a Mega vai pagar 90 milhões, tá doida?!"


Segundo a Martha Medeiros só 10% do que ocontece com a gente pode ser considerado sorte. Os outros 90 % dependem de nós mesmos. Você não pode entrar num carro com o Mayke Thaysson, desistir no meio dos amassos e contar com a sorte. Não pode deixar seu carro aberto, com a chave na ignição, em frente de casa e contar com a sorte. Claro que o caso da garota que o Mayke Thaysson abusou e do carro que roubaram não é legal. Mas se as pessoas não tivessem contado com a sorte, teria sido diferente.


Fez sexo sem camisinha e não toma pílula?! "Poutz tô grávida!"Ah vai dizer que você não podia evitar isso?! Roubaram minha bicicleta novinha em frente ao trabalho, em 5 minutos. "Puxa eu não tenho sorte!" Quem mandou não colocar cadeado na bike?! Perdi o celular naquela curva maldita. "Ah eu não tenho sorte!" Não você é uma desastrada! Quem mandou deixar o celular no bolso da blusa lisa?! Entenderam o raciocínio?!
Existem coisas que não podem ser evitadas e se essas ainda não chegaram até você, parabéns você sim é um cara de sorte. Para todas as outras, a culpa é só sua! ( Ou quase isso...)


De qualquer forma, ouso dizer que nesses 23 anos de vida tive muita sorte. Desde aquela noite chuvosa na Santa Casa, quando eu tava nascendo, acabou a luz e a enfermeira me pegou quase no chão (Mães exageram um pouquinho). Mesmo assim, eu não jogo. Continuo achando que o tempo que eu perco jogando e os reais gastos na mega, poderiam estar sendo utilizados de outra forma. Claro, se um dia eu jogar e ganhar o discurso muda! ;)



Mas não se deprima, ter fé e sonhar não faz mal pra ninguém.
Só não abuse!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dos dias que virão

Janelas, cortinas, dias coloridos, nublados.
Coisas inevitáveis, inesperadas.
Vontades, medos, loucuras...
E mais um mês vai começar...

Bem vindo, Setembro!


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

É sempre bom lembrar

De quem você é
Do que você quer
Pra onde está indo
Onde quer chegar
E quem vai com você

Pra variar, é sempre bom lembrar
de voltar à estaca zero
De recomeçar
De saber se virar

É pra não esquecer
Que tudo sempre pode mudar
Que ninguém é responsável
Por seus sonhos e seus sentimentos

Não esqueça de desconfiar
De colocar os pés no chão
De voltar pro seu lugar
Daquilo de não esperar

Baldes de água fria cairão sobre sua cabeça
Mil braços sacudirão seus sonhos
Vozes de um milhão de pessoas gritarão:
Acorde!

É sempre bom lembrar
Daquilo que dá pra tocar
Do que é concreto, cimento
E que é só você e o tempo...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Janela de Dias Inevitáveis

Afinal, eles chegam...
De alguma forma
Mais cedo ou mais tarde.

É aquilo que você sabe que existe
Mas não reconhece

Aí eles surgem...
Inesperados!
Inevitáveis!

E só resta compreender
Só resta a adaptação...

Porém, assim como veio acabou
E os dias inevitáveis se vão
Passam...




quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Janela de Dias Coloridos



Eu sou a garota mais feliz do mundo!
Agora!

Fora tudo mais que eu penso. As pretensões, frustrações e pressões profissionais. Fora minha desesperança e os dias de fúria. Exatamente agora. Por um motivo que pode até parecer tolo, ou contestável. Algo que pode passar daqui 10 minutos. Nesse instante em que me permito sonhar sinceramente, sem amarras e sem medo. Por uma frase que se quer foi notada e que provavelmente foi dita sem pensar... Me sinto muito feliz, como a tempo não sentia.

Eu me deixo não pensar no depois, me deixo não desconfiar até das vírgulas.
Eu acredito. Eu espero. Eu sonho. Eu sinto e... Isso basta!

"Eu nunca vou achar alguém parecido(a)..."

Em meio às minhas preces mais sinceras, mesmo quando o sono vence: Deixa ser!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Aquilo que não pode ser dito

Parece tão fácil ser substituído. 15 anos de empresa e se é despedido com uma naturalidade cruel. Tanto faz o que ocasionou a demissão. Mas imagino que dá pra lembrar todos dias de dedicação, de amor e entusiamo prestado. Quase como uma separação depois de um longo casamento. Ficam os filhos, os projetos, o estilo, os sorrisos que proporcionou e os lucros que alguém sempre ganha com o nosso trabalho.
Desculpe, mas não me parece justo.
Mesmo que tenha recebido cada hora extra e que a recisão seja a mais correta possível. Mesmo que agora, depois de 15 anos, tenha cometido um erro gigantesco. Ainda não me parece justo. Imagino a revolta que dá pra sentir. Imagino que se fosse uma separação, de início iria querer matar meu ex marido. Mataria!
Claro que a relação que se constrói com uma família e com o seu trabalho é completamente diferente. Mas para aqueles que ainda fazem da empresa seu segundo lar, vale lembrar: Patrão é geralmente como madrasta de filme infantil. Vai te explorar, te envenenar e ficar com o seu dinheiro, com sua vida e provalmente com seu bom humor!
Simplesmente vão contratar outra pessoa para a vaga. Não importa o que tenha feito de bom ou ruim nesses anos todos. Um saí e outro entra. Sempre tem alguém que daria tudo para estar onde estamos. Se pensar, há filas e filas de pessoas que sonham com o seu emprego.
Desculpe, mas isso é perturbador.
Volta sempre a sensação de que não temos muita escolha. Se você não se matar pela empresa, acredite, alguém fará isso por você. É como o cavalo Sansão em a Revolução dos Bichos. O animal que mais trabalhava pela Granja, sonhando com sua aposentadoria, acabou indo para um matadouro. Ninguém se importou e todos acreditaram quando um porco disse que ele tinha morrido no veterinário. Seremos como o burro Benjamim, que apenas fazia o seu trabalho e não se revoltava, dizendo que os burros viviam muito tempo e que as coisas não iriam melhorar? Como a égua fútil que se vendeu por um laço de fita? Como o porco Napoleão que instituiu a ditadura e explorou outros como ele? Como todos os bichos que se importavam e amavam a Granja muito mais que Napoleão? E que no fim viram que de nada adiantou destituir Jones?
Qual a nossa recompensa real?
Está mesmo valendo a pena?
Se não for isso, o que será?
Como resolver?
Pra onde ir?
Desculpe, mas isso não me parece bom.
Tem algo a ver com a indústria cultural e como conseguimos nos iludir com tudo. Tem muito a ver com promover entretenimento e não perceber o quanto somos idiotas. Tem muito a ver com capitalismo selvagem. Tem tudo a ver com marketing e em como fazer lavagem cerebral nos colaboradores.
Uma vez eu disse que não sabia se queria deixar de ser alienada. Se eu pulasse o muro da alienação eu não saberia o que fazer. Era muito fácil acreditar naquela coisa toda de ser alguém na vida, se jogar com paixão no trabalho, estudar cada vez mais, churrasco na casa da sogra no domingo, viajem pra praia nas férias com a família, cinema nas quartas-feiras e só. O comum passa a ser interessante quando se percebe que nada há além da ilusão - que eu também ajudo a criar.

sábado, 14 de agosto de 2010

Doses diárias de esperança

Tentava disfarçar
Mas, no mais íntimo do coração
No brilho dos olhos sonhadores
Nos pensamentos mais distantes
Na cantinho do sorriso mais sincero
A esperança estava lá
É! Ela fingia bem
Mas sabia que, apesar de tudo, ainda esperava
Sua grande chance, aquela grande coisa
Que chegaria um dia, de alguma forma
E por mais que a razão lhe jogasse baldes e baldes de água fria
Em pleno inverno
Ela tinha certeza
Tinha alguma coisa
Tem!
Até para os planos mirabolantes
E ideias mais absurdas
Por mais que tentasse ser realista
Por mais que não quisesse crer
Nem que brigasse com o mundo
Mesmo que fugisse
A esperança estava ali
E não iria embora




Nunca fui muito boa em desistir...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Das coisas inacreditáveis

Cerca de 10 mil quilômetros
O Atlântico inteiro
5 meses, num total aproximado de 22 semanas e exatos 157 dias
O que dá mais ou menos 3.768 horas ou 226 mil minutos

Um único beijo, numa única noite
Um único olhar, por tão poucos segundos
Várias acelerações de batimentos cardíacos
Grandes sonhos, viagens
Milhões de palavras
Ao som da mais diversa e incrível trilha sonora

Mesmo que tudo não passe de loucura
Não é o máximo estar louco?!

Com toda a simplicidade que possa existir
Com a reciprocidade que sempre esperamos
Com os pés no chão e o coração nas nuvens
Com a capacidade de sonhar e tentar algo novo
Compreendendo, fazendo rir, conquistando
Pouco a pouco, todo dia e a cada dia

Descobrindo ao outro e a si mesmo
Pensando, querendo, sentindo, esperando
Gerundiando, pra variar
E o que será?
Nem uma vida inteira responderá
Você pode até não acreditar
Quem acreditaria?!
Mas não pode dizer que não é especial





Música do CD Crazy Love, lançado em novembro do ano passado.
Eu não sabia, mas ele é ótimo!

domingo, 8 de agosto de 2010

Terra de Gigantes

George Orwell escreveu uma vez em A Revolução do Bichos:

"Os animais dividiam-se em duas facções que se alinhavam sob slogans: 'Vote em Bola-de-Neve e na semana de três dias' e 'Votem em Napoleão e na manjedoura cheia'. Benjamim foi o único animal que não aderiu a lado nenhum. Recusava-se a cre, tanto que que haveria fartura de alimento, como em que o moinho de vento economizaria trabalho. Moinho ou não moinho dizia ele, a vida prosseguiria como sempre fora - ou seja, mal."

Eu entendo o Benjamim.
Pode parecer meio pessimista, mas hoje ele é o que parece mais certo!



Por mais que a gente creça, há sempre alguma coisa que a gente não consegue entender...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Reclamar e recomeçar



Você vai reclamar do inverno. Mas ele vai passar... Aí reclamaremos do verão! Vamos reclamar da chuva, mas vai passar... Aí imploraremos por ela nos dias quentes! Reclamaremos de cansaço. Mas as férias vão chegar... Aí 30 dias demorarão demais pra passar.

Reclamamos do emprego, do chefe e do salário. Aí o desemprego traz o arrependimento e achamos que tinhamos o melhor emprego do mundo. Vamos reclamar que não reclamamos do chefe, do salário e do emprego, aceitamos as coisas como elas são, não tomamos nenhuma atitude por medo do arrependimento. Aí a vida vai passar e você continuará com as mesmas reclamações, no mesmo lugar e vai reclamar por nunca ter reclamado.

Você vai reclamar do trabalho e vai tomar uma atitude, pedir a conta. Aí vai começar de novo em outro lugar e perceber que as reclamações são sempre iguais. Aí iremos reclamar de ter perdido tanto tempo reclamando. Mas continuaremos. Reclamando que não temos tudo que queremos, que falta muito pra conseguir, que parece que a vida não anda, não melhora e que não há muito a ser feito. Vai se desesperar, chutar o balde, rodar a baiana, querer fazer tudo numa única semana, dizer que sonhou alto demais e depois vai cair na real e reclamar de si, por ter reclamado tanto.

Vai reclamar que não tem namorado e quando tiver, vai reclamar que ele não saí da sua casa. Vai reclamar que não tem um marido e aí vai reclamar por ter que dividir a vida com alguém. Vai reclamar por não ter um carro e ter que andar de ônibus, a pé, de bicicleta ou de moto nos dias frios. Aí vai reclamar de ter que pagar gasolina, IPVA, seguro e manuntenção. Vai reclamar que não tem uma casa. Aí vai reclamar de ter que pagar luz e água. Vai reclamar por morar longe do trabalho e depois vai reclamar por morar longe de casa. Vai reclamar que nunca cresce. Aí vai reclamar por ser adulto e ter tantas responsabilidades. Reclamará que nunca passa no vestibular. Aí vai reclamar das provas e trabalhos da faculdade. Reclamar do amigos e depois reclamar por estar sozinho. Reclamar da família e morrer de saudade. Vai reclamar dos vizinhos e depois vai reclamar por ninguém atender a sua casa.

Vai reclamar de tantas reclamações e da maneira sem lógica como a vida corre.
Vai reclamar por ter pensando isso e não conseguir se enganar.
Vai reclamar dos otimistas, dos capitalistas e de como as coisas nunca mudam.
Vai reclamar ainda mais por estar reclamando disso e por ser tão mal agradecida.
Aí vai reclamar por não poder reclamar, nem desistir.
Vai reclamar mais um pouco e vai continuar, reclamando, mas vai!

Não é engraçado?!
Reclame o quanto quiser, não vai mudar!
No fim do dia, o dia acaba do mesmo jeito e amanhã você tem que recomeçar!
E o pior é que você vai recomeçar, sempre!
Não importa o quão bravo ou sem esperança esteja...
Sempre vamos recomeçar!

Boa noite!
=)



Desimportâncias

Twitter é uma coisa engraçada né?!

Agora por exemplo: Uns falam do debate - Tá passando na Band. Na verdade eles falam mais mal da Dilma. Eu a acho estranha, mas o Serra e a Marina parecem ter saído do mesmo lugar. Será qua vamos ter um presidente com cara de filme de terror? o.O Não que isso influencie em alguma coisa, mas é estranho ou engraçado, sei lá.

Outros falam da Taça Libertadores da América - Tá passando na Globo. Jogam nesse momento, pela semi final, São Paulo e Inter, jogo de volta. O tricolor paulista tá ganhando de 1 a 0 e foi erro do goleiro.

Tem gente falando do tempo - Não tá passando em lugar nenhum, mas todos sentem. Também quero falar do tempo. Mas não queria reclamar. Tá frio mesmo e é horrível ter moto no inverno. Tava vendo umas fotos da minha aventura solitária para Florianópolis em fevereiro e, sim, tô morrendo de saudades do verão.

Sabia que nevou em Ponta Grossa pela última vez em 1975 por 10 minutos? Eu não! Mas a Carol sabia - o Duh vai dizer que ela estava viva nessa época e ela vai se sentir velha. Uma vez eu disse que ela era uma enciclopédia ambulante e que me orgulhava dela por isso e também sentia um pouquinho de inveja rs. De qualquer forma, fiz quentão com a minha mãe aqui em casa hoje e não tem graça tomar quentão no verão.

Também tem gente falando de um colar com a cara do pânico dos anos 90; uns emos falando de umas bandas nada a ver; piadas; pedidos de presentes; declarações; desabafos; fofocas; indiretas para o chefe (lala); greve; revolta; peripécias desimportantes para quase todos e importantes para um ou outro.

Esse post não tem nenhum sentido. Percebeu?! É, vou dormir então!