quinta-feira, 26 de junho de 2014

Janela de um dia bom

São quase 18 horas, eu estou no meu quarto, as cortinas estão abertas. A janela é grande e dá pra ver o sol indo embora. Coloquei Jack Johnson pra ouvir no computador com aquela caixinha da Imaginarium e me sinto muito bem.
No auge dos meus 26 anos tive que reaprender na marra um milhão de coisas que eu simplesmente fui arrogante e orgulhosa demais pra não perceber sozinha. Doeu. Muito! Mas agora, no fim desses mesmo 26 anos, acho que estou muito melhor. Acho, inclusive, que agora dá pra relaxar. Afinal, em todas as minhas auto análises e reflexões, no meio de todo o meu drama e choro desesperado na volta pra casa, no sofá, no travesseiro, percebi que a gente sofre demais por besteira. Queridos, a vida é simples!

- Faça o que pode ser feito e só
- Pare de deixar tudo pra amanhã
- Assim você para de se arrepender
- De qualquer jeito, relaxe...
- Resolva-se com o seu passado, por mais passado que ele seja
- Se precisar peça desculpas e se não precisar, peça também só pra se sentir em paz
- Um dia você realmente vai rir de tudo isso
- E esse sorriso que comprova o quanto você foi tola, sempre vai existir
- Compreender as particularidades humanas e respeitá-las é sua única chance de felicidade
- Ninguém é igual a você, mas você pode achar alguém com pelo menos um pouco de semelhança
- Nada pode de tirar a paz se você estiver em paz
- Você não precisa de alguém do seu lado para ser feliz
- Mas também não precisa ficar sozinha sempre
- Olhe para o céu e agradeça...

O céu continua lindo, eu estou dobrando roupa e vou começar a janta, daqui a pouco as meninas estarão aqui em casa e eu realmente me sinto muito bem...

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Prefiro a paz

Sempre tive dificuldade em perder pessoas. Eu me apego á tudo que há em minha volta, é um defeito. Minha mãe diz sempre que as pessoas não podem viver assim, que eu preciso aprender que um dia, até ela vai me deixar. Mas eu não aprendo! Sinceramente, eu não quero aprender isso. Sinceramente, eu as amo e prefiro a paz de declarar esse meu sentimento do que morrer engasgada com ele.
Não sou boa em ter raiva das pessoas. Minhas guerras todas, sempre terminam com um pedido de desculpas sincero. Eu prefiro correr atrás, me humilhar e pedir perdão mesmo sem estar errada de fato, do que perder a pessoa. Caso do seu Gonzaga. Briguei feio com o velho esses dias, ele não tá nem aí, mas eu tenho pesadelos todas as noites e morro de remorso por ainda não ter ligado pra dizer que sinto muito e que o amo, mesmo não estando errada. Se eu não fizer isso, ele nunca vai fazer.
Entendem?! É um problema, realmente. Eu sofro só pela ideia de fazer alguém sofrer.
Quando o afastamento é uma necessidade, da minha parte, eu até tento, mas sofro mais ficando longe do que aceitando a situação. Vai lá, pode me chamar de idiota. Ninguém imagina em quantos pedaços o meu coração se parte quando as pessoas se magoam comigo. Eu quero viver bem com todo mundo. Sou grossa, mas nunca tenho a intenção de ofender. Eu prefiro mesmo o título de trouxa se vocês preferem chamar assim e não estou me fazendo de boazinha ou sendo falsa. É que a minha raiva passa em questão de minutos e eu quase sempre consigo olhar pelo outro lado.
 
Dessa forma, o que eu queria dizer com essa postagem é que eu prefiro a paz! Sempre!
 
Sabe quando dizem "um dia você vai rir muito de tudo isso"?! Então, um dia a gente vai rir de tudo isso e toda a mágoa, o choro, a raiva e o tempo que perdemos sem falar o que sentimos não terão nenhum sentido. Eu prefiro viver em paz e manifestar meu amor pelo mundo. Obrigada!

terça-feira, 24 de junho de 2014

Areia, papel e lixo

De repente, já passou quase um ano
Parece uma eternidade
Mas foram só uns meses
Parece que aqueles anos todos foram mentira
Nada aconteceu dentro daquelas paredes
Nada existe mais, ninguém lembra

Parece areia
Papel que queima rápido demais
Material descartável
Lixo, apenas
Mas são sentimentos, pessoas
Relacionamentos!

Não há procura
Nem notícias
Muito menos uma visão ou encontro ao acaso
Evita-se falar, pensar e fazer perguntas
E de repente parece que aquele tempo foi apagado

Podia ser bom, mas é só triste
Nossa pequenez diante de tudo
Nossa falta de valor
O fim daquele amor pra sempre
É só triste...
Nossa existência no outro, enfim, não tem nenhum significado


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Peripécias Desimportantes

*As reclamações são as mesmas
Assim como os pedidos

*Ás vezes parece que tudo que a gente precisa é de uma chance de voltar atrás
Refazer tudo
Ou uma chance apenas, nova, inteira

*Mas a vida não é um filme
Não existem máquinas do tempo
Não tem replay
Não dá pra refazer, reescrever

*Obviamente, os ditados populares e filósofos estão corretos
Assim como as frases de efeito

*Quero ir pra praia, agora
Pra Irlanda, Londres, todos os lugares, qualquer lugar
Não quero mais morar aqui
Eu nunca me encaixo
Ainda assim, são raras às vezes em que, quando me encaixo, fico à vontade

*Não tem mais nada a ver com as coisas do coração
Nunca teve
Na verdade eu sempre me senti assim
Mas esquecia que precisava de mudança tentando mudar os outros

*Meu pai só me liga quando minha mãe lembra que ele tem uma filha
Mas obviamente todo mundo vai dizer que eu sou dramática, exagerada e ranzinza

*Eu não queria perder as esperanças
E queria saber o que fazer

* Vai vida, anda logo, me ajuda!

*Ser adulto não é legal

*Continuo sendo careta
E às vezes parece que eu é que estou por fora

*Continuo acreditando em Deus
Mas isso não quer dizer que eu seja uma boa pessoa...
É uma luta diária

*É difícil ter uma opinião diferente de todos e se manter firme e fiel à isso

*Não tenho motivos fortes pra me sentir assim, mas sinto
Não queria ser egoísta e fraca, mas infelizmente sou

*Não quero ficar me arrependendo de tudo, toda hora...
A vida tá passando...

De qualquer forma, vai tudo bem no geral...



segunda-feira, 16 de junho de 2014

Sobre o que pode ser feito

Faça o que tem que fazer
Faça o que precisa ser feito
Mas faça apenas o que puder, não se sobrecarregue
Enfim, faça o que realmente dá pra fazer

Depois de ter feito isso, avalie o que pode ser melhorado
Sem culpa, não há como mudar o que já foi
Sim, se você tivesse feito um milhão de coisas diferentes antes
Provavelmente os resultados seriam outros
Mas já não foi, já era...

Assim, pegue o que você tem em mãos e faça melhor que puder
O que importa realmente é daqui pra frente
Sim, na próxima será bem melhor
Você sabe que pode, não se torture
O que está feito, está feito...

Pronto, é só!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Inferno Astral

Todo mês de junho é a mesma coisa. Não que os outros meses do ano sejam diferentes, mas parece que toda e qualquer coisa fica mais complicada nessa época. Procuro não dar muito crédito e agir como se fosse, sei lá, abril, mas - sempre tem um mas... As dúvidas ressurgem, alguns erros e arrependimentos, um certo desânimo e frustração. Que vida medíocre!
 
Sim, as coisas estão diferentes, há mais maturidade até pra surtar agora e mesmo um pouco de desânimo não impede que as coisas aconteçam de fato. Oras, sem drama, afinal ninguém sabe realmente o que fazer da vida. A gente finge bem, mas no fundo só estamos indo, seguindo em frente, acompanhando o fluxo. E aí é que está também o problema da questão. O que queremos X O que devemos fazer. Eu não ligaria se alguém me dissesse pra onde ir ou por onde começar, sério mesmo.
 
Volto pra teoria do muro: de um lado você vive alegre e contente, sem saber de todas as coisas horríveis que acontecem e sem se envolver em nada. Só vive...heio de sonhos, esperança e é tudo colorido, ali a positividade nunca acaba. É legal morar numa bolha, já estive ali, às vezes é tedioso e a gente inventa contos de fada bem mal contados só pra ter o que fazer. Do outro lado do muro tem muita vida real. Depressão, desespero, contas atrasadas, chefe pegando no pé, sonhos que não saem do papel, solidão, necas de príncipe encantado, sapo ou contos de fada e, mesmo que você se envolva em tudo e tente ajudar, muitas coisas não vão mudar porque não dependem de você. É bem frustrante essa parte da impotência. Eu também já estive aqui desse lado do muro. Tentei levar realidade pra bolha e cores para o outro lado do muro, mas acaba sempre do mesmo jeito: o lado escuro da força vence!
 
Quando eu era só criança - no período antes e depois das minhas tragédias particulares com separações, madrastas malvadas e xixi na cama - vivia na bolha. Era lindo e eu não sei bem como fui parar lá depois de tudo o que aconteceu, mas acho que eu queria um lugar pra me esconder. Aí eu fui crescendo e a realidade foi chegando. A curiosidade e o tédio foram me envolvendo e eu subi no muro pra ver os dois lados, o da bolha e o da realidade. Fiquei ali em cima por muito, muito tempo, até ter coragem de descer até a realidade. Nesse período, tinha dias que eu voltava pra bolha, outros que eu encarava a realidade, mas tudo muito superficialmente, bem egoísta e rápido. E mesmo agora, às vezes ainda parece que eu estou em cima do muro. Sinceramente é mais seguro ali, mas também é mais solitário... Eu me perguntava antes porque eu tinha que escolher um lado e ia ficando...
 
Enfim, o que eu queria dizer mesmo é que eu ainda não sei o que eu quero da minha vida. Não sei se quero abandonar tudo pegar minha bolha e ir pra Irlanda sem me importar com nada ou se quero ficar, lutar pelos meus sonhos, fazer alguma diferença no mundo e ser uma pessoa comum, quem sabe com um carro, um smartphone e um emprego estável. Sempre que eu vou mais pra um lado do que para o outro eu fico assim, achando que estou indo para o lugar errado.
 
É como quando eu fico com raiva e brigo com as pessoas, na hora que eu explodo eu mando o mundo a merda, mas dez minutos depois eu sinto necessidade de pedir desculpas, mesmo que a pessoa tenha me causado algum mal real, eu sinto necessidade de dizer que sinto muito. E pro caso de nós nunca mais nos esbarrarmos por aí, ainda queria dizer que torço por você e espero verdadeiramente que esteja bem. Entendem?!
 
Eu prefiro ser a menina legal da bolha, mas às vezes ela me dá nos nervos de tão sem graça, aí eu pulo o muro e viro a menina do mundo real, tentando fazer a diferença no mundo e aprendendo a lidar com as frustrações, mas as cores da menina da bolha e sua esperança é o que me permite viver aqui, em cima do muro, bem do jeito que eu estou agora. Mas parece que o dia em eu terei que escolher um lado de verdade está cada vez mais perto...
 
 
Bobagem...
 
 
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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Cicatrizes

A pancada sempre vem do nada
É sempre no meio da cara ou bem na boca do estômago
Pra doer mesmo e pra te derrubar
Pra te deixar com a cara no chão, sem ar

Eu sinto, cada músculo
Cada pedaço que se quebra
Que se parte e se vai
Em cada vez que vejo o que já se foi

A pancada sempre vem de repente e arrebenta
Mas eu sinto, cada vez que dói
Todo o esforço, de cada parte do corpo, pra me reerguer
Levanto e sinto cada pedaço que vai cicatrizando
E assim, passa, sempre passa!

"Você tem 5 minutos para mergulhar na tristeza profunda.
Aproveite, desfrute, descarte-a... e siga em frente!"