segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Sobre espaço, liberdade e música

Todo ser humano que se preze, por mais que "pertença" à determinados grupos sociais/políticos/religiosos/familiares é um ser único e individual. Eu sou! E estes seres podem frequentar muitos espaços diferentes, podem transitar livremente e pensar com seu próprio cérebro, porque apesar de compactuarem das ideias desses grupos não são prisioneiros, eles possuem algo chamado personalidade e andam com as próprias pernas.
Para conviver com estes seres eu recomendo que não tentem muda-los, respeitem seu próprio espaço e o deixem respirar e agir do seu modo. Ele não costumam ser egoístas e são comprometidos com as causas que abraçam. Se você tentar obriga-lo à ser quem não é, aí é que ele irá fugir e parecerá extremamente individualista. Meu conselho é: aceite-o como é. Ele tem vida própria, faz seus horários, come o que tem na mesa e quando não tem nada se vira com alguma comida rápida. Estes seres gostam da liberdade da rua, eles sonham e querem sempre mais do que aquilo que existe nas paredes de um apartamento. Leve-o para viajar, fale sobre outras coisas, faça planos para o futuro, sonhe com ele, mas não o deixe num lugar comum, ele sofre e para de sorrir. Estes seres precisam de sol, de mar, de vida, de liberdade e de muita música.
 

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Adaptações

Todas as certezas e verdades se foram
Aquelas convicções tão imponentes, desapareceram
Deram lugar à insegurança, confusa e cruel
À fragilidade, te fazendo sentir pequena, indefesa
E à um medo absurdo de tudo que virá e tudo que já se foi

Mas ninguém se atreve a confessar
Ninguém admitirá
Morreremos sufocados em sorrisos amarelos tolos
Em palavras amáveis e sem sentido

Toda uma vida de mentiras
Os desequilíbrios emocionais
Aqueles malditos traumas infantis
E os sonhos e planos de independência e aventura
Tudo ficou pra trás

Mas ninguém confessará a frustração
Ninguém dirá em voz alta
Viveremos em branco e preto
Guardaremos nosso pranto no travesseiro

Alguns perguntarão indignados: por quê?
Responderemos entre beijos e abraços condenados:
Somos fortes, nós aguentamos com coragem
Enfrentamos as consequências de nossas escolhas
Temos coração e consciência
Deixamos nosso egoísmo de lado, em prol de algo maior
Chegaremos lá, independente das circunstâncias

Ninguém questionará essa nova realidade
Não, ninguém impedirá que a vida siga seu fluxo
E no final, estaremos orgulhosos de nossos feitos
Abraçados em nossos dias
Que ficarão mais coloridos com o passar do tempo