segunda-feira, 10 de junho de 2013

Revoltas diárias

Dia desses passou no Profissão Repórter uma série de reportagens sobre a falta de creches para as crianças. Nem lembro bem onde era, acho que era São Paulo, mas me surpreendia com a quantidade de crianças que ficam sozinhas em casa porque as mães precisam trabalhar e o quanto elas estão vulneráveis por causa disso. No dia já fiquei revoltada, não com as mães que trabalham fora e deixam as crianças sozinhas, apesar disso ser errado, minha revolta novamente foi para os políticos. Sinceramente o que eles estão fazendo que não percebem essas necessidades?!

E todo dia é isso. De Carambeí, que sempre foi uma cidade tão tranquila, sempre surge algum caso de violência agora. Sexta foi um assalto à um mercadinho da AFCB, hoje algo num posto de gasolina, fora todos os casos de abuso de menores que apareceram recentemente. Ainda tem polícia em Carambeí?! Quantos? Dois como sempre foi? E quando as pessoas chegam feridas ou em estado grave? O posto de saúde já tem condições de cuidar disso? Porque mesmo a gente ainda não tem um hospital grande ou um pronto socorro? Como isso funciona mesmo? Ou algo que mude a segurança na cidade? Desculpe, eu nem moro mais lá, só estou perguntando e desabafando.

Essa burocracia toda que existe para liberar verba para fazer o que é certo me irrita. Porque quando é pra encher o próprio bolso parece que é a coisa mais fácil do mundo.

 E essa madrasta que esfaqueou as crianças? Porque essas coisas todas acontecem justamente com as pessoas mais simples, mais inocentes e as que menos tem condições de se defender e porque, porque a gente não faz nada, ou não pode fazer nada? Vão dizer que isso normal, que acontece em todas as cidades, que o governo está investindo em segurança, que é um fato isolado, etc etc etc.. NÃO É NORMAL! Não está certo e não é justo. Não é justo que existam tantos políticos no Paraná e no Brasil e que a gente pague tanto em imposto e ainda assim nada nunca esteja resolvido. Porque os professores não ganham mais? Porque as creches não são melhores? Porque não se tem educação pública de qualidade desde sempre para que as crianças cresçam e se tornem adultos melhores?

Porque os jovens não pensam antes de beber e dirigir? Porque as pessoas não pensam antes de transar sem camisinha e depois deixar crianças sofrendo no mundo? Porque de repente tudo é tão egoísta, individualista e pequeno? Porque o que importa hoje é o celular e o facebook e mostrar para os outros o que você tem e não o que você é? E porque é tudo tão fútil diante de coisa tanta errada?!

MALDITOS POLÍTICOS BANDIDOS. MALDITOS JOVENS IRRESPONSÁVEIS QUE SÓ FAZEM MERDA NO MUNDO E ACHAM QUE SÃO OS MELHORES DO MUNDO PORQUE TEM UM CELULAR E INTERNET. MALDITOS PAIS QUE ABANDONAM SEUS FILHOS OU QUE FAZEM MAL A ELES.

É só um desabafo, infelizmente eu também não vou mudar nada....

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Agridoce

*Agridoce significa algo que é amargo e doce!

Eu sei, a gente cansa mesmo. Eu sei, é ruim todo esse desgaste. Dá vontade de desistir à todo instante. É desesperador e a única coisa que você realmente quer é jogar tudo para o alto e deixar que se espatife no chão. Pegar o primeiro ônibus, trem ou balão e só sumir de onde se está, de toda a sua desordem e bagunça. Eu sei, mesmo e exatamente como é! E sei também que passa, que sempre passa. A gente explode, chuta o pau da barraca, manda tudo para os ares, se isola no quarto, chora uns três dias e volta. Porque não há mesmo o que fazer. Isso tudo passa. Mas sempre volta à acontecer também, não é a primeira vez, você sabe e sabe também que não será a última. Infelizmente! 

Temos uma mania feia de não desistir das coisas. A gente fica tentando até não poder mais, sempre. Tentando muitas vezes sozinha e quando para e se olha no espelho precisa se encarar e perguntar: porque? Qual o sentido disso? E a resposta parece tão simples. A solução é simples. Mas ninguém quer aceitar. Já chegamos naquela parte em que sabemos. Ninguém nos enganou, nem nos obrigou a estar ali. Sabemos que as coisas são como são porque são e talvez nunca mudem. E de fato, já nem tem tanta importância. A gente já se contenta com o básico, com o simples e possível. Talvez nem isso aconteça, mas insistimos, damos mais uma chance pro que o coração despedaçado e burro ainda quer. 

Não dá pra escolher a quem amar. A gente só ama. Ele pode ser um sonhador aventureiro e você uma certinha pé no chão e vocês vão descobrir que são completamente opostos um do outro e que ainda assim são muito parecidos. Pode ser que vocês tentem se concertar e que briguem em busca de paz. Pode ser que vocês não encontrem saída e desistam no meio do caminho. Mas também pode ser que vocês percebam a oportunidade única que têm nas mãos. Uma oportunidade de ser o ponto de equilíbrio um do outro. Ela de poder relaxar e se aventurar um pouco mais e ele de se fixar em algum lugar. Depende do quanto você a ama e do quanto é capaz de ceder e aceitar. Eu costumo tentar olhar as coisas pelo lado bom, independente do quanto essas mudanças de percurso me aborreçam, depois que passa a explosão eu geralmente procuro a luz no fim do túnel e tento de novo. E vou tentar até não poder mais mesmo. O risco é todo meu!