terça-feira, 12 de março de 2013

Coisas velhas e confortáveis

Eu comprei uma blusa nova, mas eu ainda prefiro vestir a mais velha do guarda roupas, aquela com furinho no ombro que todo mundo diz que eu preciso aposentar. É o mesmo caso do all star e da sapatilha, quanto mais velhos melhor! Desculpem, não sou desleixada, eu apenas me sinto mais confortável, feliz e segura com essas coisas que já se moldaram em mim. 
Tentei ser diferente, mas sou igual e acho que prefiro assim, desse jeito bobo mesmo, não quero fazer grandes mudanças no que eu acredito... Sou feliz com meus velhos pensamentos, me sinto confortável com eles. Não é que eu não possa aprender, todo mundo pode. Mas mesmo que eu aprenda, o essencial não muda, porque é você mesmo, exatamente do jeito que seus pais te fizeram e que a vida te construiu. 
Danem-se os questionamentos do mundo, a sociedade hipócrita e opressora, as revoltas, dane-se se está tudo ao contrário, dane-se se minhas opiniões não condizem com o hoje em dia! Danem-se se existem coisas ruins nas coisas boas que eu acredito. Só acredito, nunca tive uma explicação sensata para certas coisas e talvez eu só não precise ter... Acho que eu não queria ter pulado aquele muro! A ingenuidade é uma benção e todo mundo deveria ser criança para sempre...

Não sei o que queria com essa postagem, é só mais um desabafo sem sentido. Eu escrevo aqui porque tenho certeza que não vai se perder no tempo...

quarta-feira, 6 de março de 2013

Sem receita

Eu tenho um amigo, um senhor que deve ter seus 60 ou 70, que perdeu sua queria esposa à pouco tempo. Sempre que ele tem a oportunidade ele lembra dos 34 anos de casado e defende que os dois nunca brigaram, que tinham uma cumplicidade incrível e que se entendiam só pelo olhar. Ele diz que para isso acontecer os dois tiveram que renunciar a muitas coisas e aprender a ser tolerante e paciente um com o outro. Exatamente por isso, um dos seus filhos reclama aos quatro cantos que não quer se casar se não for para ser feliz como os pais. 
Cada um é cada um, obviamente, e para nossa infelicidade não existem garantias. Mas quem é que não quer ser feliz? Quem não busca essa convivência pacífica e cheia de compreensão e se pergunta: onde eu encontro isso hoje em dia? E se revolta inúmeras vezes pelas diferenças e por seus próprios defeitos. Encarar os fatos, renunciar, mudar, ser paciente, tolerante, ser compreensivo, rever conceitos aprendizados, valores. É muita coisa. Ou talvez seja fácil e a gente é que dificulte. 
De qualquer forma, eu sei que não é impossível, eu já vi. Não com os meu pais, que mesmo se dando muito bem hoje em dia, no começo não aguentaram a pressão e acabaram se separando. Mas eu tenho alguns amigos, alguns pais de amigos que conseguiram. Eu acho que realmente é possível conviver com as pessoas e ser feliz. Eu espero que seja... 
Não tenho receita. Provavelmente ninguém tenha. Talvez a gente deva só valorizar as coisas boas, as qualidades. Um amigo me disse esses dias que se as coisas ruins forem maiores que as boas aí pode ser que não dê certo, do contrário, todo mundo tem defeitos e todos podemos aprender, relembrar velhas promessas, querer ser melhor, mudar, não implicar, não irritar, não provocar.... sei lá! Tem dias que é mais difícil do que parece... É só isso.