terça-feira, 9 de novembro de 2010

Peripécias desimportantes importantíssimas (Edição sem fórmula)

Viva a vida sem frescura. Só por viver! E só de pirraça deixe os problemas em casa quando for pra rua e na rua quando for pra casa. Viva porque tem que viver, porque é o melhor a fazer... Simplesmente porque é bom demais viver!

Drible os dias cinzas. Coloque risos nos muros das ruas vazias. Grite sem pensar. Exercite o não planejar. Não vem com mau humor logo cedo. Compartilhe o que for bom. Não desanime. Solte os cabelos. Se não conseguir fazer do tombo um passo de dança, improvise um golpe de artes marciais, um salto duplo. Há algo além do arriscar? Permita-se a dúvida pra variar! Feche os olhos e deixe o corpo ir, no ritmo...

Nunca esqueça da compreensão, de se colocar no lugar. Escreva um mantra (ou repita várias vezes a mesma frase: Não pire, não pire, não pire!) Cante no chuveiro. Espere pelo melhor e sonhe sempre, danem-se as decepções! Acredite. Permita-se. Sinta. Solte as mãos e as amarras. Empolgue-se. Vibre! Cale a boca pra não magoar. Peça desculpas, se desculpe. Fale a verdade. Aprenda!

Admire o belo e o bizarro. Perca uns minutos do dia com um abraço, uma brincadeira e ganhe o resto da vida de felicidade. Não se apegue ao difícil, ao estresse, às pressões e às tempestades em copo d'água. Agradeça. Não tema. Encare! Vá pra casa! Viva a vida sem frescura!

Tente, verdadeiramente. Não se arrependa! Não se preocupe tanto com o depois, com as probabilidades de erro. Quem se importa?! Deixa ser o que tiver que ser... Vá! Não se apresse, não se encha de preocupações descabidas, muito menos de compromissos, prazos e cobranças incumpríveis. Nunca é o que parece ser e, para o bem ou para o mal, não há nada que não termine um dia. No fim todas as regras se quebram, os planos escapam entre os dedos, a teoria e a prática não combinam, todas as experiências são válidas, mas nada é igual ao que já foi. O novo prevalece e nós, mutantes, sempre nos adaptamos.

Não acho que tenha uma explicação. Não acho que precisa ser explicado. São sentimentos, coisas que não podem ser evitadas, que nos levam a realizações inusitadas, para as quais se quer sabíamos que tínhamos coragem ou disposição. Eventualmente, o instinto dá o tom e temos a sensação de que somos capazes - sim! - somos capazes de muito mais do que prevíamos! Intenso, divertido, desafiador, por vezes aterrorizante e incrivelmente vivo!

Essa postagem foi escrita ao som de:
Lobão - Blá Blá Blá Eu Te Amo ♫ Não dá para controlar, não dá pra planejar...
Lulu Santos - Casa ♫ Era só fechar os olhos e deixar o corpo ir, no ritmo...
Leoni - Garotos ♫ Então são mãos e braços, beijos e abraços...

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