É claro que temos medo!
Óbvio que pensamos na morte da bezerra
Sofremos por antecipação
Piramos na maionese e viajamos na batatinha.
Das coisas mais óbvias existentes
Malditos medos!
Insistimos em guardá-los em fundos falsos de baús velhos
Naquelas caixas de sapato empoiradas, jogadas as traças
Debaixo da cama junto com o bicho papão
No escuro do ármario
Em cima do forro ou do guarda-roupas
Em gavetas esquecidas
E, é por não enfrentá-los
Que volta e meia um ou outro escapa das sombras
Medos!
Aqueles de fazer chorar
Que reviram à casa
Que já foram enfrentados antes
Desconfiaças tolas
Que atormentam com negatividades
Geram inseguranças
Trazem dúvidas:
"O que é que eu estou fazendo aqui?!"
Então, covarde
Desce as escadas em disparada
Saí porta à fora sem olhar para trás
Foge, mais uma vez
Se esconde em pensamentos tortos e repete Borges:
"Para não cometer erros, evitamos também os acertos."
Se arrepende instantes depois
Cruza os braços diante de si
Adormece e chora...
Medos, paralizantes, exagerados, covardes!
Enfrente-os!
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