terça-feira, 8 de outubro de 2013

Chega!

Não quero me fazer de vítima de nenhuma situação aqui ou declamar o quanto "sou especial" por ter determinadas atitudes, mas aprendi a me colocar no lugar do outro. Doeu - afinal, todos os aprendizados, de algum jeito, marcam e transformam a gente - mas o ato de aprender em si, supera qualquer sentimento ruim e depois a gente nem lembra mais de que tamanho era aquela dor. Eu tenho aprendido a não ser egoísta e a compreender as pessoas, a respeitar que cada um tem um tempo pra refletir e fazer suas próprias analises e que, definitivamente, não cabe a nós julgar o que é bom ou mau para o outro, por melhores que sejam nossas intenções. Nós não sabemos nada sobre os outros. Aliás, mal sabemos sobre nós mesmos. Entretanto, isso tudo não significa que me tornei tão nobre a ponto de suportar todas as coisas calada, de não responder, de virar a face. Não! Independente do quão boas as pessoas possam ser, elas costumam nos ferir de vez em quando e, apesar de sermos capazes de compreender isso, não precisamos ser idiotas e insistir na dor.
Todos esses aprendizados doloridos me ensinaram a ser uma pessoa melhor, a tentar pelo menos, mas nenhum deles me tira a convicção e o senso de defesa e justiça. Ninguém precisa revidar, muito menos se vingar, mas todos nós temos o direito de nos proteger, fugir se for mais digno, responder a insistência do outro em nos ferir, mesmo que esse outro não saiba o que está fazendo. A gente pode avisar: nessa parte do meu coração não, aí ainda está doendo. A gente com certeza pode dizer: CHEGA! Assim mesmo em letras grandes, como um num berro.
Uma hora ou outra todas as pessoas que te fazem mal, mesmo sem intenção, vão alcançar essa compreensão e perceber que você já não quer mais ficar ali esperando, aceitando todos esses golpes. Mesmo que você se julgue muito forte a ponto de olhar, de conversar, de levar bofetadas e arranhões e continuar sorrindo, não faça mais isso. Não precisamos passar por isso, por essas humilhações. Dificilmente levantaremos e sairemos dos nossos buracos sozinhos, mas quem te derrubou não pode continuar te estendendo a mão. Você pode pensar que é arrogância, mas é só defesa. Quem já acabou com você duas vezes, não vai se importar de fazer isso uma terceira vez. Não por maldade, volta a dizer, mas só porque ficou fácil e é divertido.
A gente precisa entender como as coisas são, aceitar e admitir a realidade e se proteger se for conveniente. Eu me nego a cair no mesmo metro. Eu me nego a aceitar o sorriso malicioso do meu "inimigo" enquanto me seduz e se prepara pra me derrubar mais uma vez. Eu quero coisas concretas e reais na vida. Eu quero sempre, não só pela falta que faço, ou pela sensação de que se perdeu. Parece coisa de criança, molecagem, de quem faz as coisas sem pensar no intervalo, derruba os coleguinhas por brincadeira e depois os ajuda a levantar, pra amanhã passar uma rasteira de novo e fingir que é legal. 
Te dou o direito de ser você mesmo, sua liberdade e todas as coisas que eu te negava, mas me reservo o direito de não querer mais vê-lo, nem tê-lo por perto, nem saber nada sobre você. Que as pessoas não são iguais e não dão certo, que as pessoas se enganam e se esforçam pra ser quem não são, só pra agradar os outros, que as pessoas não conseguem ficar e fazer coisas básicas, é compreensível, mas que depois de tudo isso, mesmo indo embora, ainda voltam e ficam se fazendo presentes, eu não compreendo. Qual é?!

E, caso ainda não esteja claro, me reservo o direito de dizer, com toda a educação: FODA-SE!

♫ O que eu ganho e o que perco, ninguém precisa saber...

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