terça-feira, 3 de novembro de 2009

Faca de dois gumes

Convenhamos:

Há beleza no exporádico! Assim como há naquilo que é raro ou eterno...
Continuo achando que o amor - independente de intensidade e tempo - ainda é e,sempre será, uma faca de dois gumes. Tem até uma canção do Teatro Mágico que diz: "Assim como veio, acabou..."
E então, o que vai ser? Se arrepender de ter feito ou de não ter feito?Aproveitar só uma noite ou esperar que a sorte lhe traga outra oportunidade? Odiar-se amanhã por ter experimentado e saber que acabaria ou odiar-se por não ter ido, não ter dito, não ter vivid0? A escolha é sua!

Você pode julgar e dizer que se apaixonar por uma noite apenas é errado. Pode soltar os cachorros e dizer que é impossível. Esbravejar aos quatro cantos que o amor, mesmo aquele à 1ª vista, não acontece assim. Que amor mesmo, pra valer, só depois de uns meses, anos, talvez nem isso... Eu mesma já pensei desse jeito e é bem provável que ainda julgue como idiota qualquer uma que passar na minha frente dizendo estar apaixonada pelo cara da balada que ligou no dia seguinte. Ou que reprima qualquer sentimento fofinho, meu ou dos outros, com a promoção da liberdade e da diversão!
Você pode considerar o amor de uma noite coisa de vagabundos, de cafagestes, de biscates, etc.

Mas diga lá: Vagabundos não podem amar?


O amor vagabundo é o mais encontrado hoje. Não se tratam só de calçadas. Ele está em todo canto... Alegrando, cortejando, vivendo e... indo embora! Seu prazo de validade é curtíssimo. Assim, pode ser que você o odeie mais que aos outros. Mas uma coisa é certa, mais vale um amor vagabundo do que nunca ter amado!

Aproveite o dia, a noite, o momento!

A questão é: Como não se apegar ao que te faz bem? Como não esperar continuidade? Como saborear só o amor vagabundo? Como não roer as unhas e as pontas dos dedos em esperas intermináveis? Como não encher os olhos dágua quando nos conformamos com o fim daquilo que se quer começou? Como se desprender de nossas projeções absurdas e nos tornarmos apenas amantes aventureiros que não se importam com o depois?

Não dá pra viver com medo do que vem pela frente. Infelizmente não há previsão exata de futuro. Não tem como adivinhar se é o cara certo ou errado, antes de tentar. Não dá pra jogar um sentimento fora antes de arriscar. É idiota, eu sei! Mas quem disse que o amor é racional?!

Aí voltamos à faca de dois gumes, pelo menos pra mim: De um lado medo da solidão e por isso o desejo de estar apaixonada, de outro o medo da burrice e o desprezo por qualquer tipo de sentimento.


Se há equílibrio, eu ainda não o encontrei...



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