quarta-feira, 15 de abril de 2009

Mais teorias à respeito do fim

Ou, Desligue e ligue de novo II

Em tempos de crise certas reflexões são extremamente necessárias. Tanto para o bem quanto para o mal. Por exemplo... Fui obrigada a ir ao HSBC de Ponta Grossa nos últimos dias; por fora é imponente e na parede interna central tem um letreiro dizendo: "Você está no maior banco do mundo". Fiquei em pé por mais de uma hora numa fila e pensei com meus botões "É estou no banco mais desorganizado do mundo". Ao meu lado tinha pelo menos mais duas filas e nenhuma orientação. Quando chegou a minha vez ouvi a moça do caixa comentar, "reduzem o pessoal e querem excelência no atendimento". Ela tem razão. Que ideia mais idiota! Estão mandando as pessoas embora por causa da crise pra reduzir gastos. Só que junto a elas os clientes também estão indo. Estão sendo mal atendidos e isso vai prejudicar ainda mais o sistema financeiro.

Por outro lado, essa questão de tecnologia, novas mídias e etc. é uma válvula de escape para economizar. Assustador, porém, econômico. Trocaram o trabalho de três pessoas por um programa de computador numa outra empresa. Não é incrível?! Mas e aí, se der uma pane no sistema? O que vai ser? Desligar e ligar de novo? Chamar uma pessoa para arrumar?

Como diria uma propaganda da Globo " Nada substitui o talento". Acredito que nós seres humanos somos capazes de qualquer coisa. Quando realmente queremos, transformamos água em vinho, fazemos das tripas coração e damos conta do recado. Isso máquina nenhuma pode fazer! Por isso, em tempos de crise, é importante lembrar que fazemos nossa própria sorte. Não importa se o período é bom ou ruim, devemos sempre fazer o nosso melhor, por nós mesmos! Sem dúvida seremos reconhecidos de alguma forma em algum momento e sobreviveremos. É exatamente aquilo de não temer o novo e se adaptar. Profissões antigas por exemplo, não precisam acabar, só precisam se atualizar. Isso depende de cada um!

Enfim. Foi a primeira vez que vi demissões "em massa", o clima estava horrível. Era como se um tornado tivesse passado e jogado tudo no chão. A responsabilidade de começar do zero é insuportavelmente pesada. Entretanto, olhei para os outros três sobreviventes e tive certeza de que ergueríamos aquela casa. Nunca vi pessoas tão determinadas, tão empolgadas com uma reconstrução. Ainda que feridas, estavam ali e estavam felizes em recomeçar. Senti um enorme orgulho de ter sobrevivido ao lado delas. Me senti capaz!




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