quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Qual o preço da beleza?


Adoro as propagandas do Boticário. Essa mais recente, "Eu acredito na beleza", é fantástica (do meu ponto de vista, é claro). Pensar como seria se um toque, um cheiro ou uma cor realmente pudesse fazer a diferença, é muito bom! Mas, só nós, mulheres do meu Brasil - e alguns homens que pagam contas quilômétricas e cartões de crédito de suas esposas ou filhas - sabemos de verdade quanto custa a tal beleza.
Não estou falando da nossa beleza natural. Nem dos milagres que fazemos com uma blusa branca, um jeans velho e um acessório de brecho. Afinal, isso é o bonito de verdade. O resto, o capitalismo inventou e os publicitários disseram que era necessário para ser bonita de fato! E é justamente essa beleza, a inventada, que custa tão caro.
Poderia falar de valores em números reais, mas, pensando bem, não sou tão extravagante assim. Nunca coloquei silicone, nem botox, muito menos fiz lipo (quem dera). A beleza conquistada à sacríficios como, comer uma alface no almoço, resistir a uma torta de chocolate e o suor de 2 horas de caminhada, essa sim é cara. Talvez até seja compensadora mais tarde. Bem mais tarde. Mas até lá minha filha, ti prepara porque ainda vamos pagar muito mico em academia.
É um circo completo. Em menos de uma semana consegui ser vários animais circenses, da foca ao macaco sem pestanejar. Além de contemplar outros como eu, senão piores. Até acertar o passo e as coreografias a dança é horrível, a luta um desastre e a musculação, ai como pesa. Não, não tô arrependida, mas ah se vocês pudessem ver! Seria divertidíssimo assistir. O que posso dizer é que, financeiramente falando, a beleza custa caro. Mas nada como a reputação destruída em uma hora de macaquice numa sala. Ainda bem que os publicitários não disseram que jogo de cintura era necessário para ser bonita. Assim a gente usa à vontade, sem custo ou curso algum, pra se sair bem de situações como essa. Viva a beleza!

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