segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Multiplicidade

Nós somos muitos, somos tantos que não cabe numa conta
Somos todos únicos e tão diferentes
Ao mesmo tempo somos similares, tão iguais
Somos tantos que nossa individualidade e egoísmo nos torna ainda menores
Diante dessa massa singular, quem você pensa que é?

Não somos nada, nem ninguém!

Pensamos e nos enganamos com toda a ilusão tecnológica
Somos notados, notáveis indivíduos, felizes com um curtir virtual
Um comentário e a melodia sublime de mais uma mensagem
Todos separados em suas caixinhas de perfis autênticos
Indivíduos egocêntricos

Fora essa vida toda digitalizada, na realidade
Não somos nada, nem ninguém!

Porque essa gente que se junta na praça, na rua, na cultura plural do dia
Esses indivíduos singulares, desconhecidos e estranhos, são iguais
Querem as mesmas coisas, estão ali por um mesmo objetivo
E são muitos! Reais!

Sós, apenas mais um, pequenos e sem sentido
Pobres iludidos com a vaidade
Juntos, somos mais, múltiplos
Mas diante disso, ainda não somos nada, nem ninguém...

E o mundo é imenso!


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