quarta-feira, 5 de junho de 2013

Agridoce

*Agridoce significa algo que é amargo e doce!

Eu sei, a gente cansa mesmo. Eu sei, é ruim todo esse desgaste. Dá vontade de desistir à todo instante. É desesperador e a única coisa que você realmente quer é jogar tudo para o alto e deixar que se espatife no chão. Pegar o primeiro ônibus, trem ou balão e só sumir de onde se está, de toda a sua desordem e bagunça. Eu sei, mesmo e exatamente como é! E sei também que passa, que sempre passa. A gente explode, chuta o pau da barraca, manda tudo para os ares, se isola no quarto, chora uns três dias e volta. Porque não há mesmo o que fazer. Isso tudo passa. Mas sempre volta à acontecer também, não é a primeira vez, você sabe e sabe também que não será a última. Infelizmente! 

Temos uma mania feia de não desistir das coisas. A gente fica tentando até não poder mais, sempre. Tentando muitas vezes sozinha e quando para e se olha no espelho precisa se encarar e perguntar: porque? Qual o sentido disso? E a resposta parece tão simples. A solução é simples. Mas ninguém quer aceitar. Já chegamos naquela parte em que sabemos. Ninguém nos enganou, nem nos obrigou a estar ali. Sabemos que as coisas são como são porque são e talvez nunca mudem. E de fato, já nem tem tanta importância. A gente já se contenta com o básico, com o simples e possível. Talvez nem isso aconteça, mas insistimos, damos mais uma chance pro que o coração despedaçado e burro ainda quer. 

Não dá pra escolher a quem amar. A gente só ama. Ele pode ser um sonhador aventureiro e você uma certinha pé no chão e vocês vão descobrir que são completamente opostos um do outro e que ainda assim são muito parecidos. Pode ser que vocês tentem se concertar e que briguem em busca de paz. Pode ser que vocês não encontrem saída e desistam no meio do caminho. Mas também pode ser que vocês percebam a oportunidade única que têm nas mãos. Uma oportunidade de ser o ponto de equilíbrio um do outro. Ela de poder relaxar e se aventurar um pouco mais e ele de se fixar em algum lugar. Depende do quanto você a ama e do quanto é capaz de ceder e aceitar. Eu costumo tentar olhar as coisas pelo lado bom, independente do quanto essas mudanças de percurso me aborreçam, depois que passa a explosão eu geralmente procuro a luz no fim do túnel e tento de novo. E vou tentar até não poder mais mesmo. O risco é todo meu!

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