sábado, 21 de fevereiro de 2009

Uma questão de sobrevivência

Sou politicamente correta. Não perfeita, mas correta na medida do possível. Não gosto de animais, porém não os maltrato. Não fumo, mas não me importo que fumem. Não jogo lixo na rua e chamo a atenção dos colegas que fazem isso. Fecho a torneira na hora de escovar os dentes. Dou lugar para os mais velhos. Ajudo outros motoristas no trânsito... enfim. Não concordo com o preconceito racial. Tento aceitar a homosexualidade numa boa. Procuro olhar os dois lados antes de julgar alguém. Sou careta. Bebo socialmente . Sou contra jogos de azar e geralmente cumpro as leis e pago meus impostos em dia!

Entretanto, me deparei com algumas dúvidas e situações que me fizeram pensar: Quanto vale a sobrevivência? Até que ponto é sobreviver e em que lugar começa a luxúria? E a ética? Existe mesmo certo e errado? Aquela velha história de que roubar pão não é roubo. Roubar para sobreviver não é maldade. Matar em legítima defesa não é pecado. Quantos crimes podem ser cometidos se for pra gente ficar bem? Não tinha outra forma? Como julgar quem vende muamba porque precisa de grana para sustentar os filhos? Como explicar que é com o dinheiro do infeliz que vende pirataria de porta em porta pra pagar o aluguel que se financia o tráfico de drogas? Como explicar que a Dona Joana do Bar que incentiva jogos de azar é apenas uma laranja que ganha uma miséria pra complementar a renda da casa...

Não se trata de procurar justificativas. O que é certo é certo e o que é errado é errado, eu sei! Mas mesmo assim, o bom senso me faz pensar que alguns criminosos não tem escolha. Que atire a primeira pedra quem nunca cometeu um crimezinho.

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